Foram ações rápidas. As maquininhas de aumentar os preços trabalharam na calada da noite, enquanto o empresário Ilson Mateus dormia o sono profundo dos deuses. Mateus vive sob o signo da impunidade antes, durante e depois da construção do seu império, que o colocou como um dos homens mais ricos do Nordeste, dono de uma fortuna avaliada em mais de R$ 10 bilhões.
Quem foi tomar café hoje em qualquer uma das lojas do imperador chorou quando ouviu das moças do caixa os novos valores dos produtos. Pior mesmo foi quem arriscou achando que ainda era possível almoçar com R$ 30. Saiu de lá com a barriga roncando de fome. Um prato médio não custa menos que R$ 50, sem água ou refrigerante.
Quem até ontem comprava um bolo por R$ 12, hoje teve que desembolsar R$ 18. Tudo sofreu aumento e aumentou em mais de 30% o valor de todos os produtos nas prateleiras do homem mais rico e poderoso do Maranhão.
Mateus ficou conhecido pela Secretaria de Fazenda Estadual como o maior sonegador de impostos no Maranhão. Cresceu muito rápido, sem que fosse impedido de cometer os ilícitos. Alguns governos realizaram operações que não resultaram em nada.
De Roseana a Flávio Dino, todos nada fizeram. Ao contrário, até chegaram a reduzir as alíquotas de impostos que só beneficiaram o empresário e quebraram outros atacadistas e varejistas.
O comércio do Seu Mateus é hoje fornecedor de cestas básicas para o poder público estadual e quem mais ganha vendendo consignado para os servidores estaduais. Uma grande jogada!