A incoerência do prefeito Eduardo Braide em não ouvir os afetados com as alterações no trânsito
Por Alex Ferreira Borralho
A empáfia de nenhum prefeito poderá ser superior ao necessário reconhecimento de que quem mais conhece as necessidades enfrentadas diariamente em uma cidade é o povo. Portanto, o gestor prudente sempre escuta a população visando tomar conhecimento dos principais problemas existentes e logo após, junto com o aparato administrativo, busca soluções eficazes para atingir o maior objetivo de uma sociedade, que é o bem comum.
A essencial comunicação dos moradores de uma cidade com o prefeito, não poderá ficar adstrita a arranjos fantasiosos propalados nas redes sociais do chefe do Executivo, com divulgação de vídeos de interação com pessoas escolhidas para aparecer e gerar a atmosfera de satisfação. Eduardo Braide é mestre nesta arte e quem acha que a colocação é exagerada, apenas consulte os canais de divulgação de suas ações como prefeito de São Luís. Lá ele faz tudo certo e recebe muitos elogios!
Para Eduardo Braide, a qualidade dos serviços públicos e a forma como eles são prestados deve ser tarefa circunscrita a ele próprio e aos seus subordinados, mesmo sabendo que tais ações vão impactar diariamente a vida de inúmeros ludovicenses, ou seja, ele faz do jeito que quer e a população tem que aceitar e se comportar, se adaptando de forma impositiva a nova realidade.
Sob esse contexto e para externar só 3 (três) fatos, registro que no dia 23.09.2023, Braide deu início às obras de remoção da rotatória do Comando Geral da Polícia Militar, no bairro Calhau, ocasião em que externou que “todas as intervenções do programa acontecem de forma rápida, sem causar muitos transtornos à população, e tudo isso é feito com recursos do Município de São Luís, mostrando nossa responsabilidade financeira com o dinheiro público. Esse trabalho está acontecendo em diversos pontos e veremos cada vez mais obras e benefícios chegando para todos os cidadãos da nossa cidade”. Percebam que sequer existe menção a qualquer manifestação de que cidadãos (moradores e pessoas que utilizam tais vias), foram ouvidos para que essas alterações fossem feitas.
Idêntica situação ocorreu em relação aos moradores da Cohab e do Renascença II, mantidos no silêncio por Braide, sendo todos “acordados” pelas desordens geradas pelas modificações implantadas nas ruas dos citados bairros pelo mencionado prefeito, lesionando de forma significativa a qualidade de vida das pessoas.
Nesse cenário, cabe a Eduardo entender que a mobilidade urbana, independente do tamanho do município, está diretamente relacionada à qualidade de vida da comunidade, com implementações de acessos a deslocamentos seguro, rápido e sem transtornos, estando disciplinada em lei.
Mas para que tais objetivos sejam atingidos é vital o diálogo entre a população e o operador público, visando a materialização de construções de ideias surgidas consensualmente para aplicações nas cidades.
Em geral, Braide se preocupa em realizar obras para sair bem na foto, principalmente em ano de eleições municipais, se situando a margem da necessária observância de que decisões não podem ser tomadas da Prefeitura para a comunidade, devendo ser o inverso (escutar o povo e decidir).
É esse o estilo que pauta as condutas de Eduardo, com atos corrosivos relacionados agregação política e social. E está errado? Não! Braide, como prefeito de São Luís sempre conseguiu o que quer e vai ser reeleito. Aí vem o espanto: “passei a não entender mais nada”. É só perguntar ao eleitor da capital do estado do Maranhão. Credo! Blá, blá, blá, blá blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá blá…
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