Por Alex Ferreira Borralho

Sem maiores delongas, viram David (campeão do BBB24) fazendo uma live no município de Canoas no Rio Grande do Sul?

Souberam da Janja Lula (primeira-dama do Brasil) rivalizando com o Whindersson Nunes (influenciador), para saber quem tinha salvo o cavalo apelidado nas redes sociais de “Caramelo”, que estava ilhado em cima do telhado de uma casa? Acompanharam a entrevista de Lula (presidente do país), registrando que foi dormir “inquieto” pensando no cavalo em cima da casa? Tomaram conhecimento de que alguns prefeitos implementaram decretos de calamidade pública em cidades gaúchas, mesmo estas não sendo atingidas pelas enchentes, passando todos a serem investigados pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul?

Até a data e o horário de finalização desse artigo (10.05.2024, às 16h), 116 pessoas haviam morrido, 143 seguiam desaparecidas, 756 estavam feridas, 69 mil estavam em abrigos montados para socorrer vítimas que
não tem para onde ir, 439 municípios tinham sido atingidos (dos 497 que existem), 163 mil pontos estavam sem energia, 385 mil imóveis não tinham água e o Rio Grande do Sul era tomado por forte frente fria e pela volta das chuvas, não servindo tal tragédia para evitar atos desprezíveis, indignos e infames de algumas pessoas que tiram proveito de tudo isso para conseguir maior exposição midiática, além de vantagens patrimoniais, sexuais, administrativas e políticas. É repugnante e nojento!
Há de se exigir o mínimo de respeito pela dor do próximo e não atos que evidenciam desumanidade.
Tragédias não devem constituir oportunidades para uma pessoa se dar bem. Dever ser um momento de demonstração de solidariedade, empatia, respeito ao ser humano, com união de esforços em prol do bem de todos.
Como conviver com saques a casas e lojas alagadas? Como aceitar que abusos sexuais sejam praticados contra crianças em abrigos improvisados? Como digerir que no meio de tanto sofrimento, tentem tirar proveito político já pensando nas próximas eleições? O que pensar de multas sendo aplicadas pela Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT), para motoristas de caminhão que transportavam donativos para ajuda humanitária emergencial no Rio Grande do Sul (não foi fake news)? Que país é esse? Que tipo de gente faz isso?

Existe sem dúvida alguma, uma predominância de ausência de caráter e de atos ultrajantes que visam tirar proveito desta catástrofe.
A tragédia por que passa o povo gaúcho exige comoção e união de bons propósitos, com esforços voltados para salvar vidas, acolher e abrigar as pessoas e os animais, devendo o Estado se fazer presente de forma sensível, simplificada e prática para socorrer os atingidos (vítimas), isso através da articulação entre os três poderes da República.
Nesse momento, é imensa a responsabilidade social que temos diante de todos nós e tem que prevalecer o que de melhor possuímos em nossa alma.
Mas não precisamos de holofotes? Sim, precisamos daqueles necessários para iluminar os ambientes que não possuem iluminação. Precisamos de solidariedade? Sim, mas sem partidarismos! E a autopromoção de nossos valores, também deve ser esquecida? Não, mas deve ser apenas a necessária para irrigar a luz que deve brotar de nossos corações em benefício de prestar ajuda a quem precisa.
Que Deus através de seu imenso cobertor, possa aquecer o coração dos nossos irmãos Gaúchos, além de nos dar sabedoria para dissipar a lama, a dor, a aflição, o medo e o sofrimento de nossos semelhantes.


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