CCJ promove debate sobre maioridade penal
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) debate nesta terça-feira (24) Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos (PEC 171/93 e 38 apensadas). O tema voltou a ser debatido no colegiado e, para dar mais profundidade à discussão, os deputados aprovaram dois requerimentos para a realização de uma audiência pública.
Um dos requerimentos, do deputado Alessandro Molon (PT-RJ), propõe ouvir representantes de diversas entidades da sociedade civil. O segundo, dos deputados Esperidião Amin (PP-SC), Maria do Rosário (PT-RS) e Décio Lima (PT-SC), determina que a audiência deverá contar também com a participação de dois constitucionalistas, com opiniões a favor e contra a matéria.
Relatório
Na reunião da quarta-feira passada (18), o deputado Luiz Couto (PT-PB) chegou a ler seu relatório contrário à admissibilidade do texto, mas um pedido de vista conjunto impediu a análise da matéria. No mesmo dia, o tema foi discutido durante a comissão geral no Plenário da Câmara.
A expectativa do presidente da CCJ, deputado Artur Lira (PP-AL) é que, após a audiência pública sobre a PEC da Maioridade Penal, a admissibilidade da proposta possa começar a ser discutida na comissão. Ele estima que a votação deve ocorrer no início de abril.
Nesta terça-feira, serão realizadas duas mesas redondas, com os seguintes convidados:
1ª Mesa
– os advogados constitucionalistas Fabrício Juliano Mendes Ribeiro e André Ramos Tavares.
2ª Mesa
– o presidente do Conselho Federal da OAB, Marcus Vinícius Furtado Coêlho;
– a subprocuradora-geral da República, da Associação Nacional dos Procuradores da República, Raquel Dodge;
– o presidente da Associação dos Magistrados do Brasil, João Ricardo dos Santos Costa; e
– a presidente da Associação Nacional dos Defensores Públicos, Patrícia Ketterman.
O debate será realizado às 14h30, no plenário 1.
ÚLTIMAS NOTÍCIAS
Os debatedores deveriam ter sido vítimas de algum atentado praticado por cidadãos com 16 anos pra poderes oferecer manifestações próximas da realidade presente nos meios urbanos das principais cidades brasileiras. Falar sem ter vivido essa experiência é falar em tese que nenhuma contribuição traz à discussão.