O deputado estadual Raimundo Cutrim terá seu nome homologado na convenção do DEM, no domingo, na Batuque Brasil.
Os dois grupos que disputarão amanhã a convenção municipal de São Luís anunciam a vitória. Cada qual a sua maneira.
É complicada a situação do PDT local. O partido, antes unido em torno de Jackson Lago, vive o dilema da sobrevivência. A pluraridade é salutar dentro de qualquer agremiação partidária, desde que respeitada sempre a vontade da maioria.
Os sete partidos que apóiam o pré-candidato a prefeito de São Luís, o ex-secretário de governo Clodomir Paz, afirmam que não vão acompanhar o PDT caso o grupo do deputado federal Julião Amim saia vitorioso da convenção de amanhã.
Os segmentos evangélicos agrupados hoje na AME (associação Maranhense dos Evangélicos) deixou claro ontem que se Clodomir Paz não sair vencedor da convenção do PDT, a ser realizada amanhã, pulam do barco do PDT e podem apoiar a candidatura de João Castelo.
Os evangélicos escolheram Clodomir como pré-candidato após reuniões com o prefeito Tadeu Palácio e com o secretário da SMTT, Canindé Barros. Como forma de prestigia-los, a banda do PDT que apóia Paz deu a vaga de vice para o pastor Fábio Leite, representantes no acordo pela igreja Assembléia de Deus.
A decisão de não apoiar outro candidato do PDT que não seja Clodomir Paz foi tomada depois que as lideranças evangélicas tomaram conhecimento de que o governador Jackson Lago estaria inclinado a apoiar o nome de Moacir Feitosa na convenção do PDT.
O recado foi inicialmente enviado ao prefeito Tadeu Palácio, com quem o grupo dos crentes tem mais afinidade. O prefeito, segundo informações seguras, teria lavado as mãos.
Liderados pelo pastor Fernando Coutinho, coordenador das Assembléia de Deus, os evangélicos estiveram reunidos com o ex-dirigente da Emap, João Castelo, no último sábado.
Deram a entender que caso Moacir Feitosa seja o vitorioso na convenção do PDT, o destino natural é seguir a candidatura do tucano. Eles consideram Feitosa ateu.
O prefeito Tadeu Palácio não ficou nada satisfeito com a decisão do governador Jackson Lago de apoiar o nome do ex-secretário de Educação, Moacir Feitosa na convenção do PDT que escolherá quem será o candidato a prefeito da capital pelo partido. Ontem, o presidente do Diretório Municipal do PDT, Júlio França, confirmou a inclinação do governador pelo nome de Feitosa, inclusive que alguns secretários estaduais estariam trabalhando em favor de Moacir Feitosa. Procurado pelo Jornal A Tarde, o ex-secretário de Educação negou que o governador estivesse participando de sua campanha, mas admitiu que Lago resistiu a tentativa de tirar seu nome da disputa.
Não causou nenhuma surpresa a rejeição pela Comissão de Constituição e Justiça da Assembléia Legislativa ao pedido de autorização para que o Superior Tribunal de Justiça dê prosseguimento a ação penal contra o governador Jackson Lago, supostamente acusado de participação no esquema “Navalha”.
As acusações que pesam contra Lago são atribuídas a terceiros, via conversa telefônica. Algumas dessas pessoas chegaram a citar o nome do senador José Sarney, que sequer foi incomodado pela operação da PF.
Quem conhece o passado e a história de vida de Jackson Lago não acredita nas denúncias e muito menos no seu envolvimento com a corrupção praticada pelo dono da Guatama, Zuleiro Veras.
Hoje, dois deputados da bancada de oposição diziam que talvez nem compareçam para votar, em plenário, no parecer da CCJ sobre a questão. Certos de que o governador é sério e honesto.