Dizia minha saudosa avó que uma andorinha só não faz verão. Concordo em parte. Mas duas acho que sim.
No plenário da Assembléia Legislativa, duas andorinhas têm incendiado o clima.
Falo dos deputados Marcelo Tavares e Edivaldo Holanda, que são os únicos da bancada de oposição a denunciarem o que consideram descaso e mazelas do novo governo.
E como têm dado trabalho. Não aos deputados aliados da governadora Roseana Sarney, que entram surdos, ficam calados e vão embora mudos do plenário, mas ao governo e seu conjunto administrativo.
A última de Marcelo Tavares, presidente da Assembléia Legislativa, que tem feito oposição responsável e construtiva, foi no fígado do governo.
Tavares disse que Roseana Sarney não recebeu um governo quebrado, com as finanças combalidas, como fez acreditar nas primeiras semanas da sua administração.
O presidente da AL explicou que prova da saúde financeira da máquina é a governadora anunciar programas arrojados nas áreas de saúde, educação e infra estrutura, com recursos próprios.
Sinal de que as finanças estavam equilibradas graças as ações dos governos José Reinaldo Tavares e Jackson Lago, que ainda torraram montanhas de dinheiro em convênios eleitoreiros.
Diante do silêncio dos deputados aliados, aceitação, para ser mais real, o secretário de Planejamento, Gastão Vieira, tenta inverter a conclusão lógica de Marcelo Tavares, com argumentos pífios.
Ora, se a máquina fora encontrada emperrada, as finanças combalidadas, rombo e corrupção de toda ordem, de onde o novo governo está tirando tanto dinheiro para execução de obras?
A não ser que Roseana tenha conseguido triplicar em três meses as receitas próprias e deixado de pagar todos os credores, prestadores e fornecedores de serviços. Exceto alguns mais conhecidos. Ainda assim, seria impossível. Só muita magia.