Nos últimos três meses, aumentaram os acidentes de trabalho na capital. Os casos acontecem e, ao que parece, o Ministério Público do Trabalho não enxerga.
Credita-se, em princípio, ao alto volume de obras. Prédios residenciais e comerciais são construídos a cada dia. Mas é preciso evitar os acidentes.
O mais grave em tudo isso é que grandes construtoras como a Cyrella, por exemplo, apenas emprestam seus nomes às obras, terceirizando e segmentando as execuções dos serviços.
A Cipa (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) é obrigatória em construções que tiverem mais de 20 operários. Ocorre que a terceirização das empresas, cada qual com 10 ou no máxiomo 18 funcionários, impede a atuação da Cipa na obra.
O caso mais recente, onde um operário teve a cabeça achatada por uma viga na Ponta da Areia, mostra a falta de preocupação da Cyrella e a omissão do MP do Trabalho.
A principal terceirizada pela Cyrella é a Planiplan, que se apresenta como executadora do prédio Farol da Ilha, onde foi vítima o operário.
No caso específico, o elevador subiu, atingiu uma peça de escoramento metálica que estava mal armazenada, que caiu e atingiu em cheio o operário.
O trabalhador estava exatamente no local onde deveria ter uma bandeja de proteção, que deve ser colocada a cada pavimento construído para evitar acidentes. Além disso, ficou constatado que a vítima não usava o EPI (Equipamento de Proteção Individual).
A Cyrella soltou apenas uma nota dizendo que vai exigir resposta da Plainaplan e ficou por isso mesmo.
No caso recente do Cohafuma, aqueles prédios que estão sendo construídos próximos da escola Upaon Açu, faltava na laje o enquadramento do corpo para que levasse para cima da própria laje quem sofresse um acidente por um choque elétrico, por exemplo.
O operário sofreu o choque e caiu do décimo quinto andar. Não escapou. Então, falta fiscalização nas obras e equipamentos necessários para evitar os acidentes. Nada mais.
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