Tadeu Palácio perdeu o “time” da sua sucessão e foi obrigado a rever toda a estratégia e sacrificar seu verdadeiro candidato, Canindé Barros. Até no início de abril, a oito deputados e a 10 vereadores, Tadeu garantia que Canindé era seu preferido. A política é dinâmica, dirão os jornalistas defensores do nome de Clodomir Paz. E dela muitos não aprendem as lições, direi eu, que não sou Clodô, ou melhor, Pazista.
O plano B de Tadeu foi confirmado depois de sentir o avanço do nome de João Castelo em todas as pesquisas e do crescimento da simpatia do governador Jackson Lago pelo dirigente do Porto do Itaqui. Zé Reinaldo Tavares, Vidigal e Aderson Lago, figuras importantes na vitória da Frente de Libertação do Maranhão, estão mais do que declarados em favor da candidatura de João Castelo, sem contar com boa parte da cúpula do PDT.
Tadeu, que não poderia perder mais tempo, se apressou em lançar o nome do secretário Clodomir Paz, pedetista com cara de Sarney. Uma forma, amadora por sinal, de emparedar o governador Jackson Lago. Afinal, Paz é do PDT e coordenou duas campanhas de Jackson Lago, a última vitoriosa.
Clodomir Paz é fiel ao PDT e vai prosseguir a administração do partido em São Luís, diz o manifesto dos vereadores do PDT, agora pazistas. Ele, na montagem do governo de Jackson Lago, teve seu nome cotado para dirigir a Casa Civil, mas foi colocado de escanteio em favor de Aderson Lago. A decisão, assumida pelo governador, foi embasada nos pedidos das principais lideranças da Frente de Libertação. Paz esperneou. Chegou, inclusive, a ameaçar abandonar o grupo, mas se recolheu ao seu tamanho. Agora, seus aliados e seu principal mentor acreditam que Jackson Lago tem uma dívida de honra com ele. A fatura é a Prefeitura de São Luís.