Na Bahia, correu aos quatros cantos que o deputado Geddel Vieira (PMDB-BA) seria indicado ministro do Governo Lula. Foi uma festa baiana. Até o jornal Correio da Bahia, de segunda maior circulação e de propriedade do grupo ACM, rival de Gedel, aplaudiu a iniciativa do presidente.
No Ceará, quando se soube do movimento político para emplacar o nome do Ciro Gomes como ministro, até a oposição enalteceu e abraçou a proposta presidencial. Ou seja: quando se trata de um nome local para ocupar um cargo ministerial de relevância, os opostos se atraem. Tudo pelo interesse do seu Estado, independente de credo, cor, partidarismo ou ideologia.
No eixo Rio/São Paulo/Rio Grande do Sul, não tem sido diferente. A própria imprensa sulista colabora. Foi assim quando o economista paulista José Serra assumiu a Ministério da Saúde. E não diferente quando o outro paulista Antônio Palocci, médico, assumiu o cargo de ministro da Fazenda. Os dois, de acordo com a grande imprensa, foram os dois melhores ministros do país, embora em cargos diferentes de suas formações acadêmicas.
Agora, um nome de um nordestino surge no cenário para ser ministro de Minas e Energia. Um jornalista, advogado, ex-deputado federal, ex-governador e senador da República por dois mandatos. Trata-se do senador Edison Lobão. Político experiente, experimentado e, sobretudo, conciliador. Sãos as suas características.
A imprensa do sul do país, quem sabe preconceituosa, mirou toda a sua artilharia contra a vontade do presidente Lula da Silva em ter em seus quadros um maranhense. Tentaram dizer que Lobão tinha desmatado ou jogado fogo numa área residencial Lago Norte. Não colou. Insatisfeitos, jogaram pesado contra o filho do senador e primeiro suplente Edinho Lobão.
A campanha tem o único objetivo: impedir que um nordestino, um maranhense, seja ministro da República. Para isso, contam com o auxílio de uma empresa especializada na desconstrução de imagens de políticos, quer pública ou sorrateiramente, ou ajuda proposital de parte da imprensa maranhense. Os mesmos veículos que por interesses ou outros divulgavam ser Lobão o melhor governador do Maranhão nas últimas décadas. Tudo conforme os ganhos da época.
O maranhense, técnico, Silas Rondeau foi ministro de Minas e Energia. O Maranhão, quer queiram ou não avançou. Tivemos, no período, quase 70% do nosso território iluminado. Com Lobão, político, teremos o estado todo iluminado. Além do mais, o Maranhão, rico por natureza, por sua vasta dimensão fluvial, pode ser perfeitamente uma fonte energética para dentro e fora, nas construções de termoelétricas e hidroelétricas que geram emprego e renda.
A classe política do Maranhão, incluindo o próprio governador Jackson Lago, deve, a exemplo de outros estados nordestinos, abraçar a indicação de Lobão. Aos empresários maranhenses, um manifesto em favor da indicação de um ministro maranhense, conhecido de todos, como fazem os setores empresariais de outros Estados do Nordeste.
Mas não é o que quer a imprensa sulista do país. Não é o que quer parte da imprensa maranhense. Não lhes convêm que um político trabalhador maranhense seja ministro de uma área de fundamental importância para o Brasil e para o Maranhão. Por isso, fazem coro com a imprensa discriminatória, com a imprensa que vislumbra sempre interesses territoriais e até financeiros.
Lobão foi governador do Maranhão e deixou sua marca registrada em centenas de obras espalhadas pelo estado. Como ministro de Minas e Energia, com certeza, vai trabalhar muito mais pelo Maranhão. É uma questão de raciocínio lógico. É o óbvio. O Jornal A Tarde deseja que Deus ilumine a gestão do novo ministro e lhe dê muita energia para ajudar o Maranhão a crescer!
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