A razão de Tavares I

    O ex-governador José Reinaldo Tavares insiste em prevê o ressurgimento do poder de mando dos Sarney no Maranhão. Acha que na operação estarão envolvidas pessoas que estão no grupo do governador Jackson Lago.

    Para alguns analistas, Tavares anda vendo chifres em cabeça de cavalo. Para outros mais atentos, o ex-governante pode ter razão. 

    A Razão de Tavares II

    Zé Reinaldo acredita que o grupo Sarney esteja mirando neste momento na direção da presidência da Assembléia Legislativa. E chega até a desconfiar de quem faz acordos com a bancada Roseanista na AL.

    Só falta dizer que o líder do governo, deputado Edivaldo Holanda, anda flertando com o grupo de Sarney. 

    A razão de Tavares III

    Por último, alguns deputados ligados ao ex-governador andam espalhando que o presidente da Emap, João Castelo, estaria costurando acordos com o grupo Sarney para sair candidato a prefeito de São Luís.

    Como assim? Simples: Castelo sabe que, mesmo sem estrutura nenhuma, tem passaporte garantido para o segundo turno. A partir daí a disputa será entre ele e o candidato do prefeito Tadeu Palácio, que terá o apoio do governador Jackson Lago na segunda eleição. 

    A razão de Tavares IV

    Ora, sabendo que não terá o apoio de Tadeu e muito menos de Jackson Lago no primeiro e nem no segundo turno, Castelo só se arriscaria a entrar na disputa com a certeza de outros apoios. E teve, segundo os Reinaldistas.

    Não será um apoio explicito de Roseana, mas a entrada firme dos deputados, vereadores e líderes ligados ao grupo na eleição de Castelo no segundo turno. Se confirmado, José Reinaldo Tavares terá toda a razão.

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    Bancada calada I

    Se depender da bancada dos deputados federais do Maranhão, a Prefeitura de São Luís não conseguirá nunca acelerar projetos que estão dormindo nas gavetas de ministérios e bancos estatais, como BNDES e Caixa Econômica Federal.

    Todos os projetos foram analisados e boa parte carece de vontade política para a liberação. 

    Bancada calada II

    É bem provável que agora com a aproximação do período eleitoral alguns deputados mais afoitos queiram cobrar do prefeito Tadeu Palácio a falta de obras essenciais para a cidade.

    Porém, nunca é tarde lembrar a falta de esforços da bancada federal para alocar recursos que deveriam ser aplicados em São Luís.

    da calada III

    No BNDES, por exemplo, existe projeto da Prefeitura de São Luis para melhorar as vias urbanas e, consequentemente, desafogar o trânsito, no valor de quase R$ 100 milhões.

    Não custava ou não custa nada aos deputados, em conjunto, cobrar a liberação dos recursos, principalmente os que sempre tiveram expressiva votações na capital.

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    Zé Reinaldo x Tadeu I

    A amizade que unia o então governador José Reinaldo Tavares e o prefeito Tadeu Palácio, ficou claro, não é mais a mesma. Os laços que aproximavam os dois na luta contra o grupo Sarney, pelo visto, jamais serão os mesmos.
    Resumo da ópera: Tadeu e Zé Reinaldo estão rompidos, ainda que em silêncio. Há muito os dois não conversam e quando podem deixam às claras as mágoas.

    Zé Reinaldo x Tadeu II

    Na última declaração sobre a sua sucessão, o prefeito foi enfático ao afirmar que o candidato a ser escolhido, homem ou mulher, sairá da sua equipe. Tadeu lembrou que durante a administração do ex-governador São Luís nunca recebeu um tostão para execução de obras em parceria.
    Zé Reinaldo, portanto, está descartado do apoio do prefeito. E, por tabela, o também sonhador João Castelo.

    Zé Reinaldo x Tadeu III

    A reação do ex-governador foi imediata. Inicialmente espalhou que os convênios com a Prefeitura de São Luís, durante sua gestão, não foram firmados porque o município tinha (e ainda tem) pendência com o Estado.
    O débito da prefeitura com a Caema é bastante alto, ultrapassando a casa dos R$ 20 milhões.

    Zé Reinaldo x Tadeu IV

    O sobrinho do ex-governador Zé Reinaldo, deputado Marcelo Tavares, confirmou ao Jornal A Tarde que faltou diálogo por parte da prefeitura para resolver a pendência. “Bastava fazer o parcelamento da dívida, não a anistia completa como foi pretendida”, explicou o parlamentar.

    Zé Reinaldo x Tadeu V

    Durante entrevista concedida ao jornalista Luis Cardoso, Zé Reinaldo explicou a questão. Disse que por muito tempo reservou R$ 10 milhões para aplicar em São Luís. Que não foi possível aplicá-los na capital por causa da pendência da prefeitura com a Caema.
    Lamentou não puder fazer mais por causa da intransigência do prefeito Tadeu Palácio.

    Zé Reinaldo x Tadeu VI

    Ontem, no plenário da Assembléia Legislativa, três deputados ligados ao ex-governador informavam que além dos R$ 10 milhões, o governador havia planejado asfaltar 400 ruas de São Luís.
    Não foi possível, segundo os deputados, porque o prefeito da capital não teria realizado projeto identificando os locais que seriam contemplados.
    E mais: que até a construção de casas populares, em parceria entre Estado e Município, foi inviabilizada por falta de interesse do prefeito Tadeu Palácio. Com a palavra, o prefeito da capital.

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    Candidato dos Sarney

    “Pelo que tenho observado, o candidato do sistema e do empresário Fernando Sarney ao cargo de prefeito de São Luís, é o secretário Clodomir Paz”. Assim avaliou o deputado Max Barros, político de maior acesso junto família Sarney.

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    Entrevista de Zé Reinaldo

    Causou a maior repercussão no meio político a entrevista do ex-governador José Reinaldo ao Jornal A Tarde. Alguns deputados acharam corretas as advertências feitas pelo ex-governantes sobre a futura Mesa Diretora da Assembléia Legislativa. Outros entenderam que Tavares foi precipitado e demais tendencioso.

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    Chico e Fernandes

    O presidente regional do PSL, ex-vereador Francisco Carvalho, recebeu em sua casa, no sábado, o deputado federal e pré-candidato a prefeito de São Luís pelo PTB, Pedro Fernandes, que sugeriu a formação de aliança entre os dois partidos. Embora o PSL tenha candidato, nada de errado no gesto dos dois políticos.

    O que não ficou claro foi o fato da divulgação partir do próprio Carvalho. Como diria o saudoso Tancredo Neves: “Entendi perfeitamente a vossa mensagem”.

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    Candidato

    O secretário-adjunto de Educação do Estado, José Inácio, tem seu nome lembrado para voltar a ser prefeito da cidade de Codó. Em reuniões recentes, diversas lideranças políticas, comunitárias e empresariais daquela cidade preparam o lançamento da pré-candidatura de Inácio.

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    Trânsito I

    O deputado Gastão Vieira, lançado pré-candidato ao cargo de prefeito de São Luís, pelo PMDB, mirou no trânsito da cidade para atingir o prefeito Tadeu Palácio e, consequentemente, o secretário da SMTT, Canindé Barros.

    Ontem, Gastão ocupou maior parte do programa de Roberto Fernandes, Mirante AM, para mostrar o que considera falhas no trânsito da capital e apontou soluções.

    Trânsito II

    O parlamentar do PMDB esqueceu apenas de informar aos ouvintes que problemas urbanos se atacam com recursos, principalmente os relacionados ao trânsito. Sabe Gastão Vieira que São Luís inchou e o número de carros lançados vendidos diariamente transbordam ruas e avenidas da capital. O problema só será resolvido com a abertura de novas vias, construções de viadutos e anéis viários. O que exige volume alto de recursos.

    Trânsito III

    O deputado Gastão Vieira, que jogou pra platéia, esqueceu, porém, de informar que, embora no quarto mandato de deputado federal, nunca elaborou uma emenda para resolver o que acha do caótico trânsito de São Luís.

    Aliás, jamais ocupou a tribuna da Câmara Federal para discutir a situação do trânsito das capitais, notadamente as do Nordeste. Ou ele pensa que o assunto é para ser discutido somente pelos vereadores ou candidatos na época de eleições?

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    Zé Reinaldo diz que Sarney quer a AL para afastar Jackson

    Em entrevista exclusiva concedida ao Jornal A Tarde, o ex-governador José Reinaldo Tavares é firme na convicção de que o grupo Sarney estaria planejando voltar ao comando do Estado através da Assembléia Legislativa, ajudando a eleger o próximo presidente que tenha laços com ele para desestabilizar o governo Jackson Lago. “Eles têm um meio de comunicação muito forte e podem criar escândalos de grandes proporções e com isso aprovarem uma licença para defesa do governador”, acredita. Tavares critica a forma precipitada como vem sendo colocada a sucessão do deputado João Evangelista e condena os candidatos que estão fazendo acordos com a bancada ligada ao senador Sarney.

    Para o ex-governador, se a escolha do próximo presidente recaísse sobre seu sobrinho, deputado Marcelo Tavares, “daria tranqüilidade ao governador”. Sobre a sucessão municipal em São Luís, José Reinaldo admite ser candidato a prefeito, desde que tenha o apoio dos partidos da Frente, mas destaca que seu projeto mesmo é ser senador da República. Abaixo a entrevista na íntegra.

    A Tarde – Governador, o senhor tem manifestado, através de artigos que o senhor escreve todas as terças, no Jornal Pequeno, sua preocupação com o ressurgimento da oligarquia Sarney pela via da Assembléia Legislativa. Que motivo lhe leva a ter esse temor?

    José Reinaldo – Eu conheço profundamente o Sarney. Ele sabe que não vencerá, jamais, uma eleição majoritária aqui no Maranhão. O desgaste que ele tem hoje; se você faz uma pesquisa, você olha imediatamente que o assunto principal, para o povo do Maranhão, é vê-los longe. Ele sabe que não vence mais. A única forma que ele tem é um golpe com aparência legal. E isso ele só poderá fazer se tiver uma instituição sobre o seu poder. Então, ele trabalha em duas frentes: uma, um processo totalmente viciado, feito com as mesmas pessoas que a Veja denunciou, numa operação muito semelhante a do Maranhão, em Goiás. Montando um processo para tentar desestabilizar o governador. A outra é através de um golpe, como eles sempre tentaram fazer, até que eu tive o apoio da AL. Eles têm um meio de comunicação muito forte. Eles podem criar um escândalo de grandes proporções e com isso aprovarem na Assembléia Legislativa uma licença para defesa do governador.

    A Tarde – O que seria um impeachment, mais na frente?

    José Reinaldo – Com certeza. Depois de o governador sair de licença, ele não volta mais. Sarney sabe disso. E ele vai tentar jogar todas as fichas. Agora, eu não acredito que ele vai conseguir, pois nós estaremos vigilantes, mas ele vai tentar.

    A Tarde – O Governo do Estado tem hoje, na AL, 28 dos 42 deputados, o que representa uma maioria folgada. Essa articulação, então, envolveria gente da própria base aliada do governo?

    José Reinaldo – Eu não sei. O que estou falando é por que eu conheço o Sarney. Eu sei que ele vai fazer isso. E sei também que eles sabem seduzir, de forma que, se você conversa com muita gente que está aí desgostoso, é porque foram seduzidos por promessas mirabolantes. Porque essa proximidade, esse poder todo com o governo Lula, dar certa credibilidade para quem não conhece profundamente a maneira como ele (Sarney) atua; de que ele poderá indicar a pessoa para cargos, para resolver problemas e tudo mais. Eu sei que ele vai tentar.  Se já não está tentando, mas é evidente que vai tentar, pois não tem outra forma e o Sarney é movido pelo poder. Você está vendo agora mesmo a ameaça que ele está fazendo de sair de licença, porque ele não está sendo atendido numa pretensão de colocar mais uma pessoa como que ele sempre colocou, do sistema elétrico brasileiro. Ele vai tentar seduzir alguém aqui, e essas pessoas têm que saber que cair no canto da sereia do Sarney é ir exatamente contra a opinião pública do Maranhão. A pessoa pode se queimar politicamente pra sempre, aqui no Maranhão, se cair no canto da sereia do Sarney.

    A Tarde – No seu artigo, o senhor é bem explicito, quando fala nesta questão da Assembléia Legislativa, no seu temor, que Sarney volte ao comando através do Legislativo. Hoje um dos fortes candidatos à presidência da AL é o líder do governo, que por sinal fez campanha com a senhora Roseana Sarney. É daí que surge sua desconfiança?

    José Reinaldo – Não. Não é nada pessoal. É porque não tem cabimento uma discussão deste assunto, neste momento. A eleição é só em fevereiro de 2009. O presidente está aí. Um presidente valoroso, leal, amigo de todos. Isso é um desrespeito à figura do João Evangelista. Isso está fora do contexto, está fora da hora. Eu acho que a ambição de todo mundo é legítima, não se pode é fazer acordo com o Sarney, e eu não estou acusando ninguém disso. O Sarney vai tentar seduzir alguém, e quem cair nisso está liquidado.

    A Tarde – Alguns deputados da AL, e inclusive alguns setores da imprensa, têm colocado que o senhor estaria tentando influenciar o governador na escolha do seu sobrinho, deputado Marcelo Tavares à presidência daquela Casa. Isso tem fundamento?

    José Reinaldo – O Marcelo Tavares é um grande deputado, de confiança. Seria uma tranqüilidade para o governador, mas isso é problema do governador. Ele é quem deve escolher o candidato dele. Eu só acho que ele tem que colocar alguém com esse perfil. Se for Marcelo ou se for outro, pra mim é indiferente, embora ele seja meu sobrinho. Eu não misturo essas coisas, mas não deixo de reconhecer nele (Marcelo Tavares) um grande candidato. De qualquer forma, é cedo demais para se discutir isso. O João Evangelista está aí. Um grande líder político do nosso lado. Uma pessoa que merece todo nosso respeito. É amigo do governador, é meu amigo, já mostrou lealdade também por diversas vezes, de forma que isso não tem cabimento. Quem deve decidi isso é a Assembléia, junto ao governador, não sou eu, não sou.

    A Tarde – Há uma articulação, patrocinada pelo deputado federal Ribamar Alves, que é o presidente do seu partido, o PSB, envolvendo nomes expoentes do cenário nacional para trabalhar no convencimento do governador e do prefeito Tadeu Palácio, para que o seu nome seja lançamento a prefeito de São Luís pela Frente de Libertação. O senhor Aceitaria esse convite?

    José Reinaldo – A minha experiência é baseada na realidade que eu vivi, e essa realidade é que houve um trabalho imenso para fazer a Frente de Libertação do Maranhão, porque os políticos aqui eles brigavam um contra os outros, tendo rivalidades pessoais enormes, que eram colocados em qualquer tentativa de união. Nós conseguimos unir esse grupo, e isso nos levou à vitória, mostrando à população, que sempre ficou atemorizada pelo poder do Sarney, principalmente a parte política, que a união estava feita e aquilo causou impacto na opinião pública, dando-nos credibilidade. Não serei eu, portanto, que iria partir para uma candidatura de prefeito, independente na Frente. Eu já disse isso, inclusive em artigo, que só serei candidato se for da Frente, mesmo porque esse não é o meu projeto.

    A Tarde – O seu projeto é ser Senador.

    José Reinaldo – Sim. O meu projeto é o Senado. Nós temos condições de fazer dois senadores. O local onde o Maranhão tem carência de apoio político é o Senado. Hoje nós não temos nenhum senador, pois os projetos do Maranhão são todos engavetados. O Maranhão é tratado como um estado que não existe, e dominado pelo Sarney, que se apresenta como dono de três senadores do Maranhão e três do Amapá. Nós temos que acabar com isso, de forma que esse é nosso projeto. Um projeto coerente para o futuro do Maranhão. Agora, se houver a Frente, se o Tadeu e o Jackson tiverem interesse, e se todos os demais políticos de unirem, em torno de um nome, e se, por um acaso, esse nome for o meu, eu aceitaria. Porque, desta forma, seria um chamamento da classe política. Eu não tenho esse projeto pessoal, eu tenho é uma responsabilidade com o futuro do Estado.

    A Tarde – Governador, o senhor ainda se acha perseguido pela Família Sarney?

    José Reinaldo – Se eu me acho?! – Basta olhar o jornal deles. Eles não cessam nunca. O Sarney tem um ódio mortal, porque eu tive a coragem de enfrentá-lo. Até então, ele nunca havia perdido no Maranhão. E com isso toda a classe política era amedrontada; os empresários eram amedrontados. Quando, como governador, eu mudei a agenda de investimento do Estado, e apostei no IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), isso o contrariou muito, e aí veio o rompimento. É claro que o rompimento não foi fácil. Eu sei do sacrifício que eu passei. Eu sei o que é governar, durante quatro anos, debaixo de críticas, mas não críticas normais, de governo, e sim de insultos, de calúnias, de difamações, pra chegar a uma destruição pessoal minha e da minha família. Eu não tenho dúvidas do sentimento do Sarney para comigo, e nem estou preocupado com isso. O Maranhão é maior que qualquer tentativa de intimidação, e a mim isso não cola.

    A Tarde – Durante esses cincos anos, que o senhor governou o Maranhão, o que não foi possível ser feito e o senhor gostaria de fazê-lo?

    José Reinaldo – O principal nós fizemos, que foi mudar a agenda de investimento do Estado, dando credibilidade a uma outra vertente de crescimento para o Maranhão, privilegiando as camadas menos favorecidas. O resultado está aí, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia de Estatística) todo dia publica os índices do Maranhão crescendo, mesmo debaixo do bombardeio, sem nenhum apoio do presidente Lula, porque o Sarney é o maior empecilho ao desenvolvimento do Maranhão, pois não deixa o Presidente fazer nada aqui. O principal nós fizemos, agora tem que ter continuidade. O Maranhão sendo administrado com seriedade, resolvendo os problemas de educação e de pobreza, vai atrair um grande número de empresários pra cá, pois temos condições excepcionais para isso.

    A Tarde – Pra encerrar, qual a avaliação que o senhor faz do primeiro ano de governo Jackson Lago?

    José Reinaldo – A meu ver o governador Jackson Lago está indo muito bem. Ele teve alguns percalços, como o equívoco no tratamento com os professores, que deixou seqüelas no governo, mas que hoje foi superado muito bem, pois o governador tem um passado de vitórias na educação. Isso aconteceu no primeiro ano, porque há um ajustamento de governo, mas hoje ele está conseguindo colocar um Maranhão numa agenda muito boa. Eu tenho certeza que o governador vai fazer um avanço sob meu governo, que já foi neste sentido. Eu acredito muito no governo Jackson.

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    Enrolado I

    O presidente da Câmara Municipal de Rosário, vereador Bako, está sendo denunciado ao Ministério Público Estadual por contratação irregular de pessoas sem o devido concurso público e aumento dos salários dos vereadores acima do estabelecido.

    Bako é dirigido politicamente pelo ex-prefeito de Bacabeira, Reinaldo Calvet.

    Enrolado II

    Outra suspeita a ser averiguada pelo Ministério Público diz respeito ao aluguel de carros. Há que garanta que os recursos para a contratação de veículos não estejam sendo declarados para a Receita Federal. E tem mais bombas.

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    Prestígio

    O deputado Pavão Filho, presidente em exercício da Assembléia Legislativa, reuniu toda a bancada governista em encontro com Jackson Lago. Três ausentes por motivos de saúde e quatro que estavam fora do Maranhão.

    A presença maciça da bancada foi clara demonstração de prestígio e de apoio dos deputados para com o presidente Pavão Filho.

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    Nos Leões

    O governador Jackson Lago recebe, logo mais, às 18h a bancada governista da Assembléia Legislativa. Dentre outros assuntos, será discutida a forma como o Palácio dos Leões vai liberar as emendas parlamentares.

    O encontro foi acertado pelo presidente em exercício da AL, deputado Pavão Filho. Hoje pela manhã estava sendo articulado no Palácio Henrique de La Rocque plano para esvaziar o encontro.

    Disseram para alguns deputados que o governador Jackson Lago não estará na reunião, que teria apenas a presença do secretário Aziz Santos.

    As articulações dão o tom de como se processa, neste momento, a briga pela presidência da Assembléia Legislativa. E olha que ainda faltam 11 meses para a escolha do próximo presidente.

    Setores influentes do governo jogam agora para desestabilizar a gestão interina do deputado Pavão Filho. Com único objetivo: inviabilizar seu nome para a disputa. É jogo bruto e sujo. Há muito não se assistia confronto desse nível dentro da base do governo.

    Faz-nos lembrar a baixíssima disputa pela presidência da Câmara municipal de São Luís, quando vereadores eram seqüestrados e até ameaçados de tornar público escândalo entre ao pares.

    Ao governador Jackson Lago cabe, com urgência, acalmar os ânimos da sua própria base de sustentação para não ter que mais tarde sair recolhendo cacos que não se juntarão jamais.

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