Prefeita prevê a morte de seis mil pessoas em Itinga do Maranhão

    prefeita Luzivete Botelho prefere investir nos serviços funeráriosprefeita Luzivete Botelho prefere investir nos serviços funerários

    E o festival de contratos vultuosos na prefeitura de Itinga do Maranhão parece não ter fim. Não bastasse os contratos das gráficas, aluguel de carros, fornecimento de material de limpeza e combustíveis, todos denunciados aqui no blog do Luís Cardoso, agora o que vem chamando atenção é um contrato milionário de serviços funerários com a empresa A.F. de Macena Moares no valor de R$ 365.000,00.

    Odorico Paraguaçu era um político que superfaturou a construção de um cemitério pomposo.Odorico Paraguaçu era um político que superfaturou a construção de um cemitério pomposo.

    Tal qual a famosa cidade de Sucupira, da novela O Bem Amado, eis que a prefeita Luzivete Botelho, nossa “Odorico Paraguaçu”, investe pesado nas homenagens fúnebres de seus conterrâneos. A diferença está que na novela, os investimentos fabulosos foram aplicados na construção do cemitério da cidade. Enquanto a prefeita prefere investir nos cerimoniais, que a julgar pelos valores pagos, são bem pomposos, dignos de grandes artistas.

    Ora, fazendo-se os cálculos: Considerando-se o serviço funerário tradicional ao custo de R$ 600,00, os R$ 365 mil reais contratados são suficientes para garantir o sepultamento de mais de seis mil pessoas. Das duas uma: ou as cerimônias fúnebres são de altíssimo padrão ou a prefeita está se preparando para uma catástrofe onde morrerão mais de seis mil moradores na cidade. Isso contando que todos eles necessitarão dos serviços da prefeitura.

    Realmente, em Itinga do Maranhão as pessoas morrem em grande estilo. Confira abaixo o extrato do contrato divulgado no dia 11/04/2012 Diário Oficial do Maranhão.

    EXTRATO DO CONTRATO.

    CONTRATO: 003/2012 – SECRETARIA AÇÀO SOCIAL.

    CONTRATANTE: PREFEITURA MUNICIPAL DE ITINGA DO MARANHÃO.,

    CONTRATADO: A. F. DE MACENA MORAES.

    OBJETO: CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS FÚNEBRES.

    PRAZO: INÍCIO: 28/02/2012 TÉRMINO: 31/12/2012

    VALOR: R$ 365.000,00 (trezentos e sessenta e cinco mil reais) REGÊNCIA:

    LEI Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993 E SUAS ALTERAÇÕES

    04.122.0052.0-054 3.3.90.30 3.3.90.39 3.3.90.32

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    MPF condena ex-prefeito de São Raimundo das Mangabeiras por improbidade

    MPF/MA

    O Ministério Público Federal no Maranhão (MPF/MA) conseguiu na Justiça Federal a condenação do ex-prefeito de São Raimundo de Mangabeiras, José Francisco Coelho, por omissão na prestação de contas de recursos repassados ao município pelo Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), em 2000.

    A sentença é decorrente de uma ação de improbidade administrativa, movida pelo MPF, que pedia a condenação do ex-prefeito. Mesmo quando notificado, José Francisco Coelho não se apresentou à Justiça para prestar esclarecimentos sobre a prestação de contas das verbas repassadas ao município.

    O FNDE repassou ao município a quantia de R$ 35.900,00, que deveriam ter sido aplicados para prestar assistência financeira, em caráter suplementar, às escolas públicas da educação básica.

    Dessa forma, a Justiça Federal determinou a suspensão dos direitos políticos do ex-prefeito, ficando, este, inelegível por cinco anos, além de ficar proibido de receber incentivos fiscais ou benefícios, diretos e indiretos, por três anos. A Justiça determina, ainda, que o ex-prefeito pague multa civil, correspondente ao valor da sua remuneração durante o período como prefeito, e que ele arque com os custos do processo.

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    Gardênia Castelo pede instalação de Unidade de Segurança na Vila Luizão

    Agência Assembleia

    deputada Gardênia Castelo (PSDB). Foto: Agência Assembleiadeputada Gardênia Castelo (PSDB). Foto: Agência Assembleia

    A deputada Gardênia Castelo (PSDB) solicitou, por meio de indicação junto à Comissão de Segurança da Casa, que o Secretario de Segurança do Estado, Aluizio Mendes, tome providências no sentido de acelerar a construção e a instalação da Unidade de Segurança Comunitária – USC, que está programada para o bairro Vila Luizão, segundo declarações do próprio secretário, em recente solenidade pública.

    Para a deputada tucana, o pleito se justifica pelo fato daquela comunidade integrar uma microrregião que abrange mais de 18 bairros periféricos, onde vive uma população superior a 150 mil habitantes, não havendo, em tão expressivo espaço sócio-geográfico, qualquer núcleo de segurança permanente que possua o efetivo humano e o aparato tecnológico como os existentes em tais unidades de segurança.

    “Hoje, essa microrregião é atendida de forma muito precária, em função de demandas pontuais, pelo 8º Batalhão da Polícia Militar, que se localiza no bairro do Calhau, em distancias que variam de 7 a 16 quilômetros das referidas comunidades.

    Os bairros que serão beneficiados, além da Vila Luizão são: Alonso Costa, Brisa do Mar, Parque Araçagi, Bom Jardim, Santa Rosa, Vila Litorânea, Divineia, Turu Velho, Vivendas do Turu, Planalto Turu I, II e III, Habitacional Turu, Olho Dágua, Recanto do Olho D’água e Chácara Brasil.

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    Índios Guajajaras interditam BR-226

    índios Guajajaras. Foto: Blog de Olho em Grajaúíndios Guajajaras. Foto: Blog de Olho em Grajaú

    Armados com arcos e flecas e pintados para a guerra, os índios Guajajaras interditaram agora a pouco, parte da BR-226, na altura da aldeia Coquinho, entre as cidades de Grajaú e Barra do Corda.

    Na manhã desta segunda-feira(16) eles lotaram a Câmara de Vereadores de Grajaú para reivindicar a instalação de um posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na Br-226, na aldeia Coquinho.

    A solicitação já é antiga, assim como os problemas enfrentados pelos indígenas que alegam uma série de crimes ocorridos na área da reserva por pessoas estranhas à tribo.

    Eles também solicitaram a mudança dos coordenadores da FUNAI (Fundação Nacional do Índio) e o cadastramento dos não índios que moram e se infiltram nas Aldeias, para diminuir o índice de violência e criminalidade.

    Depois da reunião na Câmara Municipal, os Guajajaras interditaram parte da B-226.  O presidente da Câmara de Vereadores solicitou a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as denúncias feitas pelos índios Guajajaras na região.

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    Atenção Guerreiro Júnior! tem empresário do PI que só recebe no TJMA

    Blog do Luís Pablo:

    Genro da prefeita, Jefferson SampaioGenro da prefeita, Jefferson Sampaio
    O Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão (TJMA) mantém até hoje na sua folha de pagamento o empresário Jefferson Alves Sampaio Ferreira Júnior, arrendatário de um posto de combustível localizado em Teresina, no Piauí, que abastece os carros da prefeitura do município de Timon.

    Genro da prefeita Socorro Waquim e do deputado federal Sétimo Waquim, Jefferson Sampaio é assessor do gabinete da desembargadora Maria das Graças de Castro Duarte Mendes, sob a matricula 000139428, em São Luís. A magistrada é amiga pessoal do casal Waquim.

    O empresário, funcionário “fantasma” do Tribunal de Justiça-MA, não reside em São Luís e nem bate o ponto no TJ, como deveria ser. Ao contrário, ele é encontrado todos os dias no posto de combustível de onde é arrendatário. Continue lendo aqui e veja o nome do fantasma na relação do TJMA…

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    Esquema de contratações na Prefeitura de Itinga do Maranhão beneficia construtora

    O escândalo das contratações irregulares denunciados aqui no blog na última sexta-feira (13), já vem ocorrendo há muito tempo na cidade de Itinga do Maranhão. Além de uma gráfica contratada para fornecer material de limpeza, como publicado na matéria Gráfica fornece material de limpeza em Itinga do Maranhão, existem outras irregularidades “gritantes”na gestão da prefeita Luzivete Botelho.

    Em 2010, a prefeita contratou a Solida Serviços E Construções Ltda para locação de dois veículos, sendo uma Pickup Cabine Simples e um caminhão. Pelo aluguel a empresa emitiu nota fiscal e recibo no valor de R$ 7.178,00, pagos pela Prefeitura Municipal de Itinga do Maranhão. Mas o cheque liberado estava no valor de R$ 22.570,00 (valor três vezes maior do que o declarado). Note que no recibo abaixo, o cheque do Banco do Brasil de n° 850676, C/C: 26481-4 citado no recibo de pagamento como quitação da nota, difere e muito do valor decarado.

    A Solida Serviços e Construções Ltda é apenas uma construtora e não dispõe de veículos para locação. Ela continua a ser beneficiada com contratos de locação de veículos. No Diário Oficial do Estado de 11/04/2012 consta o extrato do contrato no valor de quase R$ 1 milhão para locação de veículos. Como divulgado aqui no Blog na matéria Prefeitura de Itinga do MA aluga carros de construtora por quase R$ 1 milhão.

    A prefeita Luzivete Botelho precisa explicar o que está acontecendo na prefeitura de Itinga do Maranhão. A população está sendo prejudicada com o favorecimento de empresas que não estão capacitadas para executar os serviços. O Ministério Público também precisa fiscalizar a situação dos contratos da cidade.

    São empresas contratadas que além de superfaturar serviços, estão inclusive impossibilitas de contratar com a administração municipal. Como é o caso da Gráfica e Editora Brasil que está negativada junto à Receita Federal.

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    Castelo ganha apoio de evangélicos

    Solenidade de posse do pastor Nauber Braga como novo titular da SemopSolenidade de posse do pastor Nauber Braga como novo titular da Semop

    O prefeito de São Luís, João Castelo, é o pré-candidato que mais tem agregado apoio dos evangélicos ao seu projeto de reeleição. Na disputa, ao que tudo indica, teremos na capital três evangélicos para prefeito: Tadeu Palácio, Elizane Gama e Edivaldo Holanda Júnior.

    Na busca pelos votos da nação evangélica, o atual prefeito da capital tem sido mais abençoado do que seu concorrentes. Ele vem ganhando apoio de boa parte dos pastores da Universal do Reino de Deus e teria sacramentado a ajuda que terá da principal ala da Assembleia Legislativa coordenado pelo pastor Coutinho em desfavor da deputada Eliziane Gama.

    Além disso, Castelo tem convencido setores importantes da Igreja Batista, antes celeiro do evangélico Edivaldo Holanda Júnior. Neste caso existem outras explicações que estão atrapalhando a caminhada do filho do ex-deputado Edivaldo Holanda: o seu PTC.

    O partido é um ninho de cobras. Uma panelinha que não permite candidatos a vereador que tenha chances de se eleger, exceto um pequeno grupo composto de cinco pré-candidatos. 

    Foi essa turma que tramou para que dois importantes pré-candidatos ficassem amarrados na duplicidade de filiações partidárias, embora o partido tenha sido notificado pelo TRE e TSE sobre o problema. O pastor Nauber Braga, antes aliado de Júnior, foi uma das vítimas.

    Castelo  empossou, na sexta-feira (13), em ato realizado no Palácio La Ravardière,  Braga como titular da Secretaria Municipal Extraordinária de Orçamento Participativo (Semop), em substituição a Pavão Filho, que é pré-candidato a vereador na capital. 

    “É uma grande satisfação termos o pastor Nauber Braga como secretário do município. Ele é uma pessoa da nossa confiança que nos ajudará, com sua competência e experiência, a fazer uma gestão que vise o bem da nossa população e o que for melhor para a cidade”, disse Castelo no ato da posse.

    Da solenidade, que contou com a presença da comunidade evangélica, também estiveram presentes o deputado federal Lourival Mendes (PTdoB), a deputada estadual Gardênia Castelo (PSDB), o vereador Ivaldo Rodrigues (PDT) e  o suplente de vereador João Batista Matos (PPS), diversos secretários municipais,  auxiliares do governo,  além de familiares e amigos do pastor.

    “Vamos cumprir nosso papel de realizar as discussões junto a comunidade e, a partir das demandas colhidas, buscar atendê-las conforme os recursos no orçamento público municipal”, garantiu Nauber Braga.

    A comunidade evangélica foi representada na solenidade pelo presidente das Igrejas Batista Vida no Maranhão, pastor Rivelino Sousa; o representante da Igreja do Evangelho Quadrangular, pastor Valdemir Gomes; o vice-presidente da Associação Batista Metropolitana, pastor Jânio Monteiro; a diretora executiva da Juventude Batista do Maranhão, Claudia Castro; o coordenador de evangelismo e missões da Convenção Batista Maranhense, Pastor Jorge França; o ex-presidente da Ordem dos Pastores Batistas do Maranhão, pastor Raimundo Nonato Cunha, entre outras lideranças evangélicas.

    A nação evangélica comporta um rebanho bastante disputado em todas as eleições. Só aqui na capital estima-se que mais de 70 mil eleitores, que ajudam a decidir qualquer eleição.

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    Washington é o candidato do PT à prefeitura de São Luís

    Washington Oliveira (PT)Washington Oliveira (PT). Foto: O Imparcial

    Definido o candidato do Partido dos Trabalhadores (PT) que vai disputar as eleições municipais de São Luís. Trata-se do vice-Governador Washington Oliveira que venceu o deputado estadual Bira do Pindaré na votação deste domingo (15) por 123 a 97.

    Washington Oliveira vai enfrentar o candidato à reeleição, o atual prefeito João Castelo e mais outros pré-candidatos, nas eleições de outubro deste ano.

    Oliveira acha que se tiver o apoio do Palácio dos Leões e da base  de partidos aliados, deve chegar no segundo turno.

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    De Bacabal para Brasília: Dadá se revela o maior araponga do Brasil

    O ex-agente do serviço secreto da Aeronáutica está por trás dos mais recentes escândalos da República. Saiba quem o contratou, quais são seus operadores na polícia e no Ministério Público e como funciona o esquema do araponga

    Por ISTOÉ

    Assista ao vídeo que reúne os principais trechos dos diálogos mantidos pelo araponga Dadá:

    ESPIÃO Antes de virar araponga particular, Dadá prestou serviços

    à ditadura: foi infiltrado no MST e monitorou políticos

    Em meio aos efeitos devastadores da Operação Monte Carlo, que prendeu o bicheiro Carlinhos Cachoeira, arrastou para a lama o senador Demóstenes Torres e lança suspeita sobre dois governos estaduais e a empreiteira Delta, líder em contratos públicos, um personagem saiu da sombra: o espião Idalberto Matias de Araújo.

    Conhecido como Dadá, ele tem 51 anos, é ex-sargento da Aeronáutica e está preso em uma unidade militar do Distrito Federal. Dadá é apontado pela Polícia Federal como o principal articulador de uma ampla rede de gravações clandestinas que vem assombrando Brasília há pelo menos uma década. Documentos e gravações telefônicas já analisados por delegados que estão à frente da Operação Monte Carlo indicam que as ações de Dadá extrapolam em muito os limites do esquema montado por Cachoeira e não têm coloração partidária ou ideológica. ISTOÉ obteve, com exclusividade, documentos sigilosos sobre o araponga e conversou com amigos dele, ex-colegas de farda e do submundo da espionagem.

    Em seu histórico de serviços oficiais prestados ao Estado durante três décadas, Dadá acumulou prestígio invejável dentro da comunidade de informações e fez amigos, muitos amigos, entre políticos, empresários, policiais, promotores e procuradores.

    Quando deixou de trabalhar para o Estado, Dadá se valeu dos antigos relacionamentos para fins particulares e se tornou o araponga que mais atemoriza os poderosos de plantão. De acordo com a Polícia Federal, Dadá montou o maior esquema de espionagem da história recente do País. Trabalhando na sombra, ele serviu e ajudou a derrubar políticos influentes, como o ex-ministro José Dirceu, por exemplo. Teve participação ativa na gravação que revelou um esquema de corrupção e loteamento político nos Correios que levou ao escândalo do Mensalão e influiu na celebração de contratos públicos em diversos setores.

    Para manter em funcionamento um esquema que é capaz de gravar conversas telefônicas, eletrônicas ou pessoais, que acessa dados sigilosos da Receita Federal e dos mais variados órgãos de inteligência do governo federal e dos governos estaduais, Dadá tem a sua disposição uma equipe de colaboradores infiltrados em diversos órgãos.

    Em meio aos efeitos devastadores da Operação Monte Carlo, que prendeu o bicheiro Carlinhos Cachoeira, arrastou para a lama o senador Demóstenes Torres e lança suspeita sobre dois governos estaduais e a empreiteira Delta, líder em contratos públicos, um personagem saiu da sombra: o espião Idalberto Matias de Araújo. Conhecido como Dadá, ele tem 51 anos, é ex-sargento da Aeronáutica e está preso em uma unidade militar do Distrito Federal. Dadá é apontado pela Polícia Federal como o principal articulador de uma ampla rede de gravações clandestinas que vem assombrando Brasília há pelo menos uma década. Documentos e gravações telefônicas já analisados por delegados que estão à frente da Operação Monte Carlo indicam que as ações de Dadá extrapolam em muito os limites do esquema montado por Cachoeira e não têm coloração partidária ou ideológica. ISTOÉ obteve, com exclusividade, documentos sigilosos sobre o araponga e conversou com amigos dele, ex-colegas de farda e do submundo da espionagem. Em seu histórico de serviços oficiais prestados ao Estado durante três décadas, Dadá acumulou prestígio invejável dentro da comunidade de informações e fez amigos, muitos amigos, entre políticos, empresários, policiais, promotores e procuradores. Quando deixou de trabalhar para o Estado, Dadá se valeu dos antigos relacionamentos para fins particulares e se tornou o araponga que mais atemoriza os poderosos de plantão. De acordo com a Polícia Federal, Dadá montou o maior esquema de espionagem da história recente do País. Trabalhando na sombra, ele serviu e ajudou a derrubar políticos influentes, como o ex-ministro José Dirceu, por exemplo. Teve participação ativa na gravação que revelou um esquema de corrupção e loteamento político nos Correios que levou ao escândalo do Mensalão e influiu na celebração de contratos públicos em diversos setores.
    Para manter em funcionamento um esquema que é capaz de gravar conversas telefônicas, eletrônicas ou pessoais, que acessa dados sigilosos da Receita Federal e dos mais variados órgãos de inteligência do governo federal e dos governos estaduais, Dadá tem a sua disposição uma equipe de colaboradores infiltrados em diversos órgãos. São agentes públicos que criminosamente vazam ao araponga informações sigilosas sobre pessoas e empresas e que também recebem de Dadá colaboração clandestina para investigações em curso. Um dos principais operadores do espião, segundo a PF, é o chefe do setor de Inteligência do Ministério Público do Distrito Federal, Wilton Queiroz. Gravações obtidas por ISTOÉ (leia quadro abaixo) mostram que Queiroz repassa ao espião dados confidenciais sobre inquéritos e processos que tramitam pelo MP. Com essas informações, Dadá pode prevenir seus clientes sobre futuras ações da Justiça. Em troca, o espião faz grampos clandestinos solicitados pelo promotor. Se as conversas interceptadas interessarem ao Ministério Público, posteriormente é obtida uma autorização judicial para a realização de gravações oficiais. Caso não interessem, o próprio Dadá tenta repassá-las a outros clientes. A PF já sabe que, além de Queiroz, há um outro promotor de Brasília que atua em parceria com o araponga: Libânio Alves Rodrigues, também mencionado nas gravações obtidas por ISTOÉ.

    EMPREGADORES O bicheiro Carlinhos Cachoeira (acima) e o senador Demóstenes Torres contrataram Dadá para monitorar inimigos políticos e interceder em contratos públicos

    Assim como os promotores, de acordo com as investigações da Operação Monte Carlo, o espião conta com parceiros na Corregedoria da Polícia de Goiás, nos serviços reservados das Polícias Civil e Militar de Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Na esfera federal, agentes da comunidade de informações do Exército, da Aeronáutica e da Marinha ajudam Dadá na elaboração de dossiês, e agentes da Abin contribuem para que o araponga obtenha dados bancários e fiscais de pessoas físicas e jurídicas. Na rede de operadores do esquema Dadá (leia quadro na pág. 46) também figuram delegados da própria Polícia Federal, já investigados pela Corregedoria.
    Maranhanse de Bacabal, Dadá chegou a Brasília junto com os fundadores da capital no início da década de 1960. Sem estudos, buscou na Aeronáutica um meio de sobrevivência. Serviu cerca de seis anos como taifeiro e foi trabalhar na 2ª Seção, o setor de informações da FAB. “Dadá não sabia cozinhar. Não tinha futuro como taifeiro”, ironiza um colega. Em plena ditadura, da 2ª Seção ele foi para o temido Centro de Informações de Segurança da Aeronáutica (Cisa), agência integrante do SNI, o aparato repressivo criado pelos militares. Sem formação para o trabalho interno, de análise, Dadá tornou-se agente de campo. Fez curso de operações no Cefarh, antiga Esni (Escola Nacional de Informações), e passou a atuar na coleta de dados na Seção de Busca da Divisão de Operações. Sua missão inicial era colher dados sobre pessoas que os militares chamavam de subversivos. Foi dessa maneira que começou a construir relações com a Polícia Federal e as PMs de vários Estados.

    Mantida em segredo até agora, uma das primeiras missões do araponga a serviço do Estado foi monitorar o advogado e ex-deputado federal Luiz Eduardo Greenhalgh. Em 1980, o petista fundou em São Paulo o Comitê Brasileiro de Solidariedade aos Povos da América Latina (CBS), grupo de direitos humanos que fazia denúncias de tortura durante a ditadura e crítica aberta à doutrina de Segurança Nacional que ainda predominava no Brasil. Dadá integrou a equipe que seguia os passos do advogado, registrava seus encontros com membros de partidos até então clandestinos e grupos de esquerda de outros países, como Cuba e Nicarágua. Depois, Dadá foi escalado para espionar os chamados movimentos sociais. Foi ele o responsável pelas primeiras infiltrações no Movimento dos Sem-Terra (MST), por exemplo.

    PATRIMÔNIO Os rendimentos de Dadá se multiplicaram nos últimos três anos. O apartamento em Brasília é avaliado em R$ 800 mil

    Com a redemocratização do País, o sargento continuou a atuar nos bastidores, mas ainda a serviço do Estado, e não de clientes particulares. Colaborou com a PF em ações contra o narcotráfico em Roraima e no Rio de Janeiro, especificamente na operação contra o traficante carioca Ernaldo Pinto de Medeiros, o Uê. Ali, Dadá ajudou a descobrir um esquema de desvio de armas envolvendo oficiais da própria FAB.
    De volta a Brasília, e com a comunidade de informações em declínio, Dadá mergulhou no submundo da espionagem clandestina. Ao contrário de boa parte dos antigos arapongas do regime militar que viraram detetives particulares e passaram a bisbilhotar a vida alheia em busca de casos de adultério, Dadá colocou seus conhecimentos e seus contatos a serviço de empresários e políticos. Em Goiás, no primeiro governo do tucano Marconi Perillo (1999-2002), o bicheiro Carlinhos Cachoeira implantou o jogo do bicho eletrônico e passou a administrar a loteria estadual. Para manter a jogatina, porém, ele precisava do apoio da polícia e acabou se aproximando de policiais civis amigos de Dadá. A ligação foi automática. Cachoeira contratou o espião e o aproximou do PM Jairo Martins, vulgo Índio, que passou a ser um colaborador habitual – como no caso da gravação do diretor dos Correios Maurício Marinho, episódio que levou à eclosão do escândalo do Mensalão.
    Os esquemas montados por Dadá começaram a despertar a atenção da Polícia Federal durante a Operação Satiagraha. Quando o delegado e atual deputado Protógenes Queiroz (PCdoB – SP) começou a investigar o banqueiro Daniel Dantas, pediu ajuda a Dadá para recrutar freelancers, como o ex-agente do SNI Francisco Ambrósio, e até servidores da Abin. O problema é que o recrutamento e o consequente compartilhamento de dados sigilosos com agentes de fora da PF acabaram sendo um tiro no pé. A Satiagraha, deflagrada em 2008 com ampla cobertura midiática, virou um escândalo. As provas foram anuladas e Dadá e Protógenes tiveram suas carreiras abreviadas. O delegado se elegeu deputado. Dadá ficou queimado como agente da Aeronáutica e foi obrigado a se aposentar, com rendimento de R$ 4 mil mensais. Mergulhou de vez na clandestinidade e passou a operar como empregado de Carlinhos Cachoeira. A partir daí a vida do espião mudou.

    INVESTIGAÇÃO Sarney (à esq.) e Marco Maia articulam a instalação de uma CPI no Congresso e querem ouvir o araponga

    Casado com a enfermeira Maria de Lourdes Chagas e pai de dois filhos, manteve por anos uma vida simples, instalado num apartamento funcional da Asa Norte, bairro de classe média de Brasília. Com hábitos espartanos e sem hobbies, Dadá tinha uma Variant II, 1972, de cor azul, que ele chamava de “Mafalda”, por vezes abandonada sem combustível nas entrequadras de Brasília. Mafalda foi substituída por um Corsa 2003, sem ar-condicionado. Nos últimos três anos, porém, Dadá passou a circular de Passat alemão. Comprou um Grand Vitara Suzuki e uma motocicleta. Em janeiro de 2010, segundo a PF, comprou à vista um apartamento avaliado em R$ 800 mil, mas cujo valor registrado em cartório foi de apenas R$ 340 mil. O aumento patrimonial não foi declarado ao Fisco. As mudanças afetaram o jeito de ser do espião. Além de ostentar roupas de grife, o sargento adotou um tom esnobe. “O Dadá de hoje está irreconhecível. Parece ter assimilado os trejeitos e práticas do chefe dele, o Carlinhos Cachoeira”, diz um agente federal amigo do araponga. No mesmo ano de 2010, Dadá voltou às manchetes no caso do grupo de espionagem contratado pelo PT para montar um dossiê contra o candidato tucano José Serra.
    Pelo que se depreende da análise de diálogos e relatórios ainda inéditos da Operação Monte Carlo, obtidos por ISTOÉ, Dadá não mudou apenas seu estilo de vida. O ex-espião da FAB assumiu o papel de operador de Carlinhos Cachoeira e da empreiteira Delta. No governo de Goiás, coube a ele a indicação para diversos cargos do segundo escalão. Mais recentemente, ensaiava passos como empresário e sindicalista. Segundo a PF, Dadá é sócio oculto da Agência Plá junto a Marcelo Lopes, o Marcelão, ex-assessor da Casa Militar do Distrito Federal, e Cláudio Monteiro, ex-chefe de gabinete do governador Agnelo Queiroz. Além de expandir os negócios da Plá para Mato Grosso e Rio de Janeiro, Dadá, Marcelão e Monteiro teriam um projeto político independente de Cachoeira, mas que se beneficiaria dos contratos da Delta na área de limpeza urbana. Por isso, Dadá fundou em abril de 2011 a Associação Comunitária dos Trabalhadores em Limpeza Urbana do DF e Entorno. A ideia era evitar pressões sindicais contra a Delta e também mobilizar a massa de trabalhadores para eleger Monteiro deputado distrital, pelo PT.
    Relatório reservado da PF ao qual ISTOÉ teve acesso com exclusividade mostra que, na busca e apreensão realizada no apartamento de Dadá, foram encontrados documentos “pertinentes à possível prática de espionagem”. Foram apreendidas mídias eletrônicas, pesquisas de bancos de dados privativos dos órgãos de segurança pública (Infoseg) e relatórios de interceptação de linhas telefônicas de investigações do Núcleo de Combate a Organizações Criminosas (NCOC) do Ministério Público em conjunto com a PF. Os acessos ilegais ao Infoseg tiveram como alvo o deputado federal Fernando Francischini (PSDB/PR), cujos e-mails também foram monitorados. O primeiro acesso foi feito em 25 de outubro de 2011, pelo agente da PF Paulo Áureo Gomes Murta, o Murtinha, amigo de Dadá. Outros dois acessos ao cadastro de Francischini foram efetuados pelos sargentos da PM Leonel Martins e Itaelson Rodrigues, lotados na Casa Militar do Distrito Federal por indicação de Dadá e comando do coronel Rogério Leão. Na época, o deputado vinha questionando possíveis desvios de recursos públicos ocorridos no Ministério dos Esportes e na Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Os telefonemas e e-mails de Francischini também foram acessados pelo agente da PF Joaquim Gomes Thomé Neto, que mora no Rio de Janeiro. Em depoimento sigiloso à Polícia Federal, obtido pela reportagem de ISTOÉ, Thomé admite que foi contratado por Dadá para fazer o trabalho sujo por R$ 3 mil mensais. Esses e outros dados levaram a PF a abrir uma investigação paralela à Monte Carlo para apurar todos os tentáculos do araponga. No Congresso, os presidentes da Câmara e do Senado, Marco Maia (PT-RS) e José Sarney (PMDB-AP), finalizam a instalação de uma CPI. Para deputados e senadores que irão trabalhar na investigação o primeiro desafio será fazer Dadá quebrar o silêncio.

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    Justiça Federal determina ao Governo do Estado que divulgue condições das praias de São Luís e Ribamar

    Por decisão da 8ª Vara da Justiça Federal, o Governo do Estado do Maranhão tem quinze dias para adotar as providências necessárias para assegurar ampla publicidade das condições de balneabilidade das praias de São Luís e de São José de Ribamar.

    De acordo com a decisão, o Governo do Estado deverá disponibilizar as informações em pelo menos dois jornais de circulação estadual; sinalizar os  locais avaliados, especificando, de modo visível, as condições de banho; fixar placas nos principais pontos das vias públicas de acesso às praias com alerta sobre as áreas impróprias para o banho; além de providenciar, em trinta dias, a interdição dos trechos de praia em que foi verificado lançamento direto de esgoto. 

    Na decisão, o juiz argumenta que o estado atual de contaminação das praias, apontado pela prova documental que instrui o pedido do Ministério Público Federal “representa elevado grau de risco à saúde pública, em razão da possibilidade de contato direto das pessoas com águas impróprias para banho”.

    Por fim, ficou estabelecida multa no valor de trinta mil reais por dia em caso de descumprimento da decisão pelo Governo do Maranhão, representado pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis.

    Com informações da Seção de Comunicação Social da Justiça Federal, em 13/04/2012

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    Sarney seguirá internado em UTI de hospital em SP até amanhã

    Folha.com

    O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), permanece internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, após ser submetido a um cateterismo a uma angioplastia com a colocação de stent na madrugada deste domingo (15).

    Segundo boletim médico divulgado no início da tarde deste domingo, ele seguirá na UTI até amanhã.

    De acordo com o hospital, o estado de saúde do presidente do Senado é estável. A equipe médica que assiste o senador José Sarney é coordenada pelo cardiologista Roberto Kalil Filho, o mesmo médico do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

    EXAMES

    José Sarney deu entrada no final da tarde deste sábado (14) no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, para a realização de exames de rotina.

    Segundo nota divulgada pelo hospital, os exames estavam agendados para a semana que vem, mas foram antecipados porque o senador se sentiu mal na noite de sexta (13).

    Após passar pelas primeiras avaliações (ecocardiograma e eletrocardiograma), os médicos detectaram alterações compatíveis com o quadro de insuficiência coronária.

    O presidente do Senado José SarneyO presidente do Senado José Sarney

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    É PRA VALER ESSE PLANO ESTADUAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS ?

     Por Gomes Pedro

    A proposta, necessária e oportuna, embora muito tarde a ser implantada no Maranhão pelo que já se vê acontecendo de positivo em muitas cidades de estados brasileiros, tomou um certo impulso durante a realização do Seminário/Audiência Pública acontecido em 14/abril na Alema, que mesmo em cumprimento de um agendamento legal preestabelecido, deixou evidente situações incompreensíveis e questionáveis a exemplo da não apresentação durante o evento, do imprescindível Estudo de Regionalização sobre a Integração e Associação da Gestão dos Resíduos Sólidos com fundamento no Plano Diretor Estratégico dos 217 municípios deste estado, cobrado pela Frente Comunitária da Baixada e Litoral Ocidental do Maranhão, somando com outros questionamentos e informes feitos pelas representações municipais, Sociedade Civil e Movimentos Sociais ali presente.

    A própria Universidade UEMA, deixou claro o histórico desinteresse da pasta estadual do Meio Ambiente e Recursos Naturais, quanto os seus Estudos de Campo tratando da regionalização estadual dos Resíduos Sólidos, além de um outro destaque focalizando os maus sucedidos Consórcios Municipais da Gestão de Resíduos Sólidos em cidades deste estado.

    O representante da prefeitura de São Luis por mais que tentasse não conseguiu demonstrar que o Lixão da Ribeira localizado em terras rurais e funcionando fora de padrões técnicos e sem fiscalização, alem de sua capacidade de operação, ainda segundo ele é um Aterro Sanitário(sic).

    Entretanto, a verdade é que a soberana opinião publica há bastante tempo clama e clama pela urgente Solução necessária para conter a gravíssima realidade socioambiental e hídrica causada pelo desinteresse publico quanto os Resíduos Sólidos existentes de forma acumulativa nos 217 municípios maranhenses, EXIGINDO de publico e na forma da Lei que o Ministério Publico estadual e Ministério Público Federal neste estado, alegando a questionável demora na solução do problema, que em caráter de urgência urgentíssima esteja concluso o Plano estadual e que seja providenciado o início e conclusão do Plano de cada município maranhense, mesmo sob o entendimento de que apesar de inadimplentes, sejam as prefeituras obrigadas a incluir nas suas Políticas Públicas a questão dos Resíduos Sólidos, na pratica, operacional e funcionalmente muito mais viável que através do sistema de “consorciamento”.

    A quem de fato interessa, a não inclusão nas Políticas Públicas das prefeituras dos 217 municípios deste estado, as tecnicamente possíveis Soluções Econômicas e Sanitárias vindas dos Resíduos Sólidos? (movimento democrata livre de são luis e movimentos sociais* [email protected])

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