O governador do Maranhão, além de perder o controle de sua sucessão, tem receio de não indicar como seu candidato o vice, Carlos Brandão, e entrar na disputa para o Senado Federal sem o apoio da máquina. 

O medo que tem hoje Flávio Dino, passou de longe por ex-governadores que deixaram o cargo e se lançaram senador sem o apoio do poder público por exercer a liderança política no estado.

João Castelo se desincompatibilizou do cargo, não sem antes exigir que seu substituto fosse o segundo vice-presidente da Assembleia Legislativa, Ivar Saldanha, seu amigo de longas datas. Ocorre que o presidente daquele período era Alberico Ferreira, tio de Sarney. O acordo foi cumprido e Castelo, sem o apoio da família Sarney, se elegeu tranquilamente e o tio Alberico foi para o TCE. Castelo ainda conseguiu colocar o vice na chapa de Luiz Rocha, seu primeiro João Rodolfo.

Quatro ano depois, Luiz Rocha ficou com medo de passar a faixa para seu vice, não se eleger senador e ainda por cima olhar Castelo voltando ao cargo de governador. Rocha ficou até o final do mandato por causa do desgaste profundou que seu governo enfrentava.

Cafeteira foi eleito contra Castelo e no final rompeu com José Sarney por um simples motivo: o ex-presidente da República desejava voltar ao Maranhão para ser senador, a única vaga disputada naquele ano.

Cafeteira fincou o pé e disse que a vaga era dele. Consultou as bases e todos assumiram o compromisso com ele. Contratou pesquisas e todas foram favoráveis ao seu nome, mesmo sendo o carcará João Alberto o seu vice governador. Cafeteira não temeu e saiu candidato, vencendo com folga.

Sarney, se precisou conquistar uma vaga de senador, teve que se mudar para o Amapá, onde acabou eleito. A história no Maranhão, ao que parece, se repete. Flávio Dino quer sair, mas terá que apoiar o seu vice, Então, o governador de plantão vive um enorme dilema. Olha todos os dias o enfraquecimento de sua gestão.

Para que se tenha ideia, tomemos como exemplo os três últimos resultados das pesquisas Escutec para senador. Em novembro de 2020 ele liderava com 67%, veio março e Dino caiu para 51%, chegou julho e ele caiu para 50% e agora em outubro atingiu apenas 44%. E já olhando o seu inimigo, o senador Roberto Rocha pelo retrovisor com 23%.

É bem provável que hoje já tenha menos de 40% por causa do desgaste do seu governo.


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