Análise: provocado por Dino, Bolsonaro desiste de “rasgar dinheiro”
Depois de impor condições para receber dinheiro do G7, presidente escuta governadores e retira exigência de pedido de desculpas de Macron
Em raro gesto de recuo, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) aparentemente voltou atrás na decisão de condicionar a um pedido de desculpas do presidente da França, Emmanuel Macron, o recebimento de US$ 20 milhões do G7 para proteção da Amazônia. A mudança de postura do capitão foi anunciada pelo porta-voz Otávio Rêgo Barros no início da noite desta terça-feira (27/08/2019).
Pela manhã, durante reunião com os governadores da região Amazônica, Bolsonaro ouviu uma recomendação óbvia do maranhense Flávio Dino (PCdoB). “Não podemos rasgar dinheiro. Isso não é sensato”, afirmou o comunista, referindo-se a verbas estrangeiras para o Fundo Amazônia, também questionadas pelo presidente do Brasil.
No contexto do encontro, as palavras de Dino soaram como uma provocação. Em seguidas indiretas, o governador do Maranhão falou em “moderação” e “diálogo”, referindo-se ao confronto verbal com Macron. No mesmo sentido, reclamou de “extremismo” e da “retórica” na pendenga internacional.
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