A disputa nesta eleição de 2018, com a presença de Roseana Sarney no páreo, mostra de cara larga diferença daquela derrota sofrida por ela em 2006. Além de não conseguir ultrapassar Flávio Dino nas pesquisas, inclusive nas encomendadas pelo grupo dela, lhe falta apoio da ampla maioria dos prefeitos, vereadores, deputados federais e estaduais, além, é claro, da estrutura de campanha.

O cenário de 2006 era extremamente favorável à ex-governadora Roseana Sarney, conforme atestavam todas as pesquisas. Por isso, havia motivação nas classes política e empresarial para apoiá-la.

O seu concorrente Jackson Lago, mesmo com o apoio irrestrito do Palácio dos Leões, na época habitado por José Reinaldo Tavares, dava sinais de que iria perder a eleição no primeiro turno.

Com a maestria de que conhece os caminhos das pedras e sabe o momento dos leões rugirem, Tavares conseguiu levar seu candidato ao segundo turno, embora não tenha logrado êxito na candidatura de João Castelo ao Senado Federal. Epitácio Cafeteira, com o apoio do grupo Sarney, acabou se elegendo.

No segundo turno, Roseana foi derretendo e Jackson Lago crescendo, graças a habilidade do governador da época. Para quem chegou à frente no primeiro turno com mais de 100 mil votos e acabar perdendo no segundo, foi uma derrota amarga.

Agora, o cenário é mais complicado para a ex-governadora. Ela vai disputar com o próprio governador, que já leva várias vantagens: o poder de governo nas mãos, apoio da ampla maioria das classe política e empresarial e de parcela expressiva do eleitorado.

Além disso, Dino tem a seu favor a intromissão do ex-presidente José Sarney que assume como se fosse ele próprio o candidato para ajudar a filha, o que poderá resultar numa grande merda. Sarney não se convence que sua forma de fazer política ficou ultrapassada.

Conspira ainda contra a ex-governadora o apoio do impopular e odiado presidente da República, Michel Temer. Na hora da propaganda eleitoral, quando colarem as duas imagens, a repulsa será fatal.

Portanto, Roseana Sarney vai para uma disputa pela segunda vez sem a força do governo estadual, ou da máquina como dizem alguns, em situação menos confortável que foi a do primeiro turno em 2016.

O titular do blog, jornalista Luis Cardoso, arrisca até apostar que, em caso do deputado Eduardo Braide não entrar na disputa, Flávio Dino ganha no primeiro turno. Anotem!


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