Senado derruba medidas cautelares contra Aécio Neves
Renato Costa/Folhapress | ||
O senador Aécio Neves (PSDB-MG), que foi alvo de medidas cautelares impostas pelo Supremo |
Em votação apertada, o Senado decidiu por 44 votos a 26 revogar as medidas cautelares impostas pelo STF (Supremo Tribunal Federal) a Aécio Neves (PSDB-MG).
O tucano estava afastado das atividades parlamentares e proibido de deixar sua residência à noite desde o fim de setembro. Gravado por Joesley Batista, da JBS, pedindo R$ 2 milhões, o senador foi denunciado sob acusação de obstrução de Justiça e corrupção passiva.
No total, 71 senadores apareceram para deliberar sobre o caso. Eram necessários 41 votos para a manutenção ou reversão das medidas.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
Como votaram os senadores |
O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), abriu a sessão pouco depois das 17h, e afirmou que a votação seria repetida caso não atingisse o número mínimo de votos.
O entendimento não existiu na votação que manteve preso o senador Delcídio do Amaral (ex-PT-MS), em 2015. Naquele caso, a maioria era necessária apenas para derrubar a decisão do STF, não para mantê-la —se o placar fosse de 40 a 29 pela prisão, por exemplo, seria mantida a decisão.
ADIAMENTO
A deliberação já havia sido adiada duas vezes. Às vésperas, houve prolongado debate sobre nova postergação, uma vez que preocupava os senadores governistas o possível baixo quorum da sessão, já que havia a perspectiva de muitas faltas.
No entanto, apesar do cenário apertado, os tucanos decidiram não pedir novo adiamento por avaliar que o desgaste de Aécio aumenta entre seus pares à medida que o tempo passa. Com a incerteza do placar, o tucano chegou a enviar carta para os colegas, pedindo o apoio e apelando ao corporativismo da Casa, já que muitos dos senadores também estão em investigação.
O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), voltou a Brasília nesta terça apenas para votar. Ele passou as últimas duas semanas em São Paulo tratando uma diverticulite.
Além dele, o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO), que diz ter sofrido um acidente de mula e a princípio não viria, apareceu para votar, em uma cadeira de rodas. Ele votou para manter Aécio afastado.
O líder do PSDB no Senado, Paulo Bauer (SC), que passou mal e teve de ser internado, chegou a tempo de decidir a favor de Aécio.
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As mulas do Brasil, os eleitores, agradecem aos senadores que mais uma vez mostraram a força que tem os parceiros no típico abraço de afogados, que 2018 traga novas mulas (com respeito ao cidadão que não compactua com as malandragens do congresso) para ajudar a manter essa gente onde elas gostam de estar.
Quando chegar as eleições o povo abestado vota nesses senadores, bando de fdp que não fazem nada em prol do Brasil.
CORPORATIVISMO!
Parabéns aos senadores maranhense que votaram a favor de Aécio.
Agora sei pra serve um senador! Madito volto que dei nesse infeliz Roberto Rocha
Mais em 2018 ele vem querendo ser governador vai vê o prestígio dele.
Nada de surpreendente nessa votação, ou seja, todos farinha do mesmo saco, aqui no Brasil tudo entre eles termina em pizza. Tá difícil as nossas opções, somos sempre ludibriados, trocando 06 por meia dúzia, infelizmente. O melhor é votamos nulo.
Parabéns ao Senado, pois, o povo tem que entender que os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário são independentes e harmônicos entre si, isso a gente aprende desde o antigo primário e mais, no dia da Eleição o politico não coloca arma na cabeça do eleitor, portanto, se o eleitor não votar naquele politico, ele não volta para o parlamento e, agora eu indago: como farei para tirar do cargo um juiz, um desembargador ou ministro que fica sentado um longo tempo em cima do processo e prejudicando o jurisdicionado? esses julgadores também deveriam ser eleitos pelo voto direto e com mandato por tempo determinado.
concordo com o Mandela. Eleiçao pra juiz e pra desembargador. Quem prrcisa da justiça nao pode esperar ad eternum por uma decisao.
Isso é uma vergonha! Pior foi que os três Senadores do Maranhão, votaram a favor de Aécio Neves. Foram eles: João Alberto, Roberto Rocha e Lobão,todos obedeceram Sarney, que é aliado de Temer! E agora Luis Cardoso? O que VC me diz?
Já falei sobre isso, mas não custa repetir. Não gosto do Aécio e o tenho como um malandro safado que está fazendo o mesmo jogo de Eduardo Cunha pra se segurar no poder. É, portanto, indigno do cargo. Ponto. Dito isto, precisamos nos ater ao fato específico. Não dá pra tratar desse assunto com base em considerações comuns a porta de boteco. 1) qualquer decisão que implique afastamento de parlamentar das suas funções não pode se dar à revelia da casa legislativa, em respeito ao princípio da separação dos poderes; 2) a decisão da turma do STF (da maioria, pois não houve uninimidade), que afastou Aécio e lhe aplicou medidas cautelares foi de natureza penal, e a hipótese constitucional de perda do mandato é, apenas e tão somente, a de condenação com trânsito em julgado, o que não é o caso. Assim, por mais que não gostemos de Aécio, não se pode partir pro tudo ou nada, ferindo a legalidade e achando que tá tudo resolvido. A máxima que diz que os fins justificam os meios é pra safados.
João Alberto Sousa , (Senador) detestava bandido, sempre justiceiro. Engavetou processo de Aécio, e votou a favor do maior senador bandido que este País conhece. Senador João Alberto, tive o privilégio, até de almoçar com você, no Palácio quando foi governador, mas, depois dessas atitudes, a favor de Aécio, meu voto o senhor não ganhará nunca +. Que vergonha, para o povo maranhense!
Não, gente, não é isso. Defender o Aécio não é defender bandido. É preciso deixar de ser passional e aprender a enxergar além da bolha. A defesa precisava ser feita, não ao Aécio, mas à LEGALIDADE e à instituição Senado. Vou repetir: Aécio é safado e não merece o cargo que ocupa, mas não é por isso que vamos atropelar a legalidade pensando que estamos fazendo justiça. Não, em estados democráticos não funciona assim. É preciso aprender a compreender o papel do Estado e das instituições, e nesse prisma, devemos respeitar o princípio do devido processo legal. Não dá pra sermos justos agindo passionalmente. A Constituição diz que ele não poderia ser afastado sem que o Senado fosse consultado. Assim, fez-se justiça – não a Aécio, mas ao fortalecimento do direito e da legalidade.