Por Luis Cardoso

Cheguei hoje ao UDI Hospital por volta das 10h, passei pela recepção, peguei uma senha e, minutos depois, estava sendo atendido pelo ortopedista. Um problema decorrente de um acidente com quadriciclo na cidade de Barreirinhas, no último domingo.

Ontem, dia 19, não pude comparecer ao hospital porque tive uma audiência no juizado criminal na cidade de São José de Ribamar, respondendo a um processo que move contra mim o ex-comandante da Polícia Militar do Maranhão, coronel Franklin Pacheco.

Mas hoje, 20, estou aqui no UDI Hospital sentindo na pele o sofrimento dos que necessitam ser atendidos como usuários de planos de saúde, Embora, a exemplo de muitos, pago religiosamente as prestações do Unihosp.

Após passar por uma radiografia, o médico achou por bem que eu fosse submetido a uma tomografia computadorizada. Ele desconfia que uma ou algumas costelas estejam fraturadas.

Só Deus e eu sabemos a dor que sinto no momento. Mal posso levantar, andar e sentar. Quando respiro doe e nem o sorriso é capaz de abafar a dor.

A atendente teve de ligar para a UniHosp e saber se meu plano de saúde, que eu pago em dia, podia autorizar os meus procedimentos, e me deu um prazo de 10 minutos, enquanto o plano de saúde faz uma auditoria para saber se realmente eu preciso da tomografia computadorizada, para identificar se minhas costelas estão ou não avariadas.

Enquanto isto, a dor aumenta, e a fome também.

São 13h35min. Passados 30 minutos, voltei à atendente, e ela informa que a auditoria ainda está sendo realizada. Então, eu chego à conclusão que o meu plano de saúde não confia nos médicos do UDI Hospital. Ora, se o médico pede que eu passe por uma tomografia computadorizada, porque a UniHosp tem de saber de lá, da sua sede, distante à quilômetros daqui do hospital, se eu devo ou não ser submetido aos procedimentos?

O certo é que continuo aqui, na sala de espera, aguardando o irresponsável do meu plano de saúde fazer a tal auditoria. E olha que esse famigerado plano não espera nenhum minuto para não liberar um atendimento médico se uma prestação estiver atrasada.

Alguns anos fui usuário da UniHosp, mas por aporrinhações, acabei me desligando. Voltei para enfrentar novos sofrimentos. Será se sou sadomasoquista?

O UniHosp é um plano de propriedade do sr. Elie Georges Hachem, ex-sócio de Alessandro Martins, na Euromar, quando a dupla iniciou vários golpes contra o fisco estadual, levando uma série de cliente ao prejuízo.

A UniHosp é o mesmo plano de saúde contratado pela Caema, por valores acima de R$ 23 milhões, para atender os funcionários daquela empresa. E até os servidores da Caema se assustam quando sabem das cifras do contrato.

A Unihosp pertence ao empresário Elie Georges Hachem, amigo pessoal do secretário de Estado da Saúde, Ricardo Murad.

E precisa dizer mais alguma coisa?

ATUALIZAÇÃO

Fui informado agora que, ontem, um usuário, há 12 anos no UniHosp teve um procedimento médico rejeitado, porque a auditoria do plano de saúde achou desnecessário o atendimento.

Essa é pra senhora, promotora Lítia Cavalcante.


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