Primo favoreceu de forma ilegal seu candidato a prefeito em Buriticupu
Apurações também constataram que houve contratações sem concurso no período vedado pela legislação.
O Ministério Público Eleitoral ajuizou, em 6 de outubro, Representação por Conduta Vedada, contra o atual prefeito de Buriticupu, Antonio Marcos de Oliveira, o ‘Primo’ (PDT), por favorecimento indevido ao vereador e candidato a prefeito do município pela coligação “Para continuar avançando muito mais”, José Mansueto de Oliveira, aliado do atual administrador do município, também acionado.

O titular da Promotoria Eleitoral da 95ª Zona, Gustavo de Oliveira Bueno, apurou que o prefeito demitiu muitos servidores municipais por motivos exclusivamente políticos.
Chamou a atenção do representante do MPE o fato de que todos que foram prejudicados com demissões ou transferência injustificadas não apoiarem o candidato aliado ao prefeito e sim a oposição à atual gestão municipal.
Decreto eleitoreiro. Segundo Bueno, uma prova de que o prefeito Primo usou seu cargo para dar vantagem política a Mansueto foi a publicação do Decreto nº 12/2012, que alterou o horário de atendimento das secretarias e dos departamentos da administração municipal para somente meio turno, no período de 6 de julho e 5 de outubro deste ano.
“A medida teve claro propósito eleitoreiro, conferindo vantagem aos servidores municipais, em troca de apoio político a Mansueto. O objetivo principal foi liberar servidores municipais do trabalho para a campanha do candidato do governo”, afirma o promotor eleitoral no documento.
Contratações ilegais. As apurações também constataram que vários servidores que aparecem na folha de pagamento do município nos meses de julho e agosto não aparecem nos pagamentos dos meses anteriores, demonstrando que houve contratações sem concurso no período vedado pela legislação.
Outro fato verificado foi a inexistência de lei municipal aprovada pela Câmara de Vereadores tratando da contratação de servidores para os quadros do município.
Além destas práticas, vários servidores municipais denunciaram que sofreram coação ilegal por não apoiarem Mansueto. Quando não era feita pelo candidato da oposição, essa coação é exercida pessoalmente pelo próprio prefeito.
Exemplo disso foi a declaração do prefeito na Rádio Buriti, veiculada no município, em que afirma: “Posso demitir e vou demitir todos os 15 (referência ao partido da oposição. Aonde (sic) tiver (sic) vão estar na rua”
Pedidos. Na manifestação do MPE, o promotor eleitoral Gustavo de Oliveira Bueno requereu a cassação do registro da candidatura de Mansueto e o encaminhamento pelo Banco do Brasil da folha de pagamento dos servidores do município de janeiro a outubro este ano,
Também pediu que a Justiça determinasse a aplicação de multa de cinco a cem mil UFIRs, correspondentes aos valores de R$ 11.376 a R$ 227.520, respectivamente.
As multas são previstas pelo artigo 73 da Lei nº 9.504, de 30 de setembro de 1997, mais conhecida como a Lei das Eleições.
As informações são do MPMA.
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Prezado Luís Cardoso,
Moro a 2 anos no Maranhão e cada vez me surpreendo mais com este estado. Nestas eleições, conversando com muitos maranhenses, o que me deixou mais impressionado foi a amplitude do crime da compra de voto. Grande parte dos prefeitos e vereadores maranhenses são eleitos com base nesta prática, roubam o dinheiro da prefeitura durante 4 anos, e depois são reeleitos com a tal compra de votos. Com o Maranhão a anos-luz de atraso com relação a outros estados do Brasil, só mesmo muita Polícia Federal, Tribunal de Contas, Justiça Eleitoral e blogueiros independentes no lombo dos bandidos. Não posso nem mesmo chamar estas pessoas de políticos. Políticos são necessários, são os representantes da população, são nossos escolhidos para administrar nossas cidades e estados. Já o comprador de voto é apenas um estelionatário que tem que ir para cadeia. Peço-lhe, portanto, que faça denúncias e forneça ao público cada vez mais informação, e espero que os ladrões de dinheiro público não te matem como fizeram com o Décio Sá.
Engraçado ninguem publica que a esposa do vereador Ely Jose, Deusirene foi presa em Buriticupu pela policia federal tentando votar com o titulo da filha que esta no Bolivia, e ainda com mais de R$ 8.000,00 de oito mil reais na bolsa.
Boto fé no Prefeito Primo