A deputada Eliziane Gama teve uma ideia brilhante que é a realização de audiência pública para debater a realidade do trabalho do “jornalista no Estado Democrático de Direito” e apontar soluções, no dia 28, na Assembleia Legislativa.

A audiência, ao que parece, é motivada pelo brutal assassinato do jornalista Décio Sá, vítima da pistolagem no Maranhão e, pelos nomes dos explanadores, atrair a atenção da imprensa nacional para a realidade da profissão.

Conforme publicado hoje no blog do Marcos Deça (veja) estarão nomes como Celso Augusto Schröder – presidente da Federação Nacional dos Jornalsitas; Marcelo Moreira – presidente da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo; Benoit Hevieu – representante no Brasil da ONG “Repórteres Sem Fronteiras” e Francisco Gonçalves da Conceição – Diretor do programa de Pós-Graduação em Comunciação Social da Ufma.

Até aqui tudo bem, tudo bacana, apesar das diferenças públicas entre o último e o jornalista executado. Porém, incluir neste debate o nome de sérgio Macêdo, secretário de Comunicação Social do Estado, conhecido perseguidor de jornalistas por onde passou como chefe, é um acinte à categoria.

Eliziane Gama deve ter olhado nos cofres da Secom a cobertura financeira do evento, como pagamento de passagens, hospedagens e, quem sabe, até cachês. Uma vergonha!

Depois, a deputada inclui na relação a secretária de Direitos Humanos do Estado do Maranhão, Luiza Oliveira, esposa do presidente da Ordam do Advogados do Maranhão, Mário Macieira, parente da governadora Roseana Sarney. Quer mais?

Até hoje não se tem conhecimento de nenhum gesto de indignação de Luiza Oliveira, na condição de secretária de Direitos Humanos, sobre o crual assassinato do jornalista Décio Sá. Exceto aquele gesto discriminatório e imbecil do presidente da Comissão de Direitos da OAB-MA, Pedrosa, sobre o blogueiro vitimado e pela categoria. Será que Luiza pensa da mesma forma.

Logo ela, que exalava ódio por Décio Sá pelo fato do jornalista informar da perseguição ao então superintendente do Procon, Felipe Camarão (demitido por Luiza), órgão subordinado à Secretaria dos Direitos Humanos.

O que terão os dois para dizer durante a audiência? Que jornalistas devem ser capachos e não incomodar a ninguém? Que ao jornalista não é dado o direito de informar, principalmente quando a notícia desagrade a setores dóceis ou virulentos? Que o jornalista terá o dever, enquanto vivo for, de ser o serviçal do serviçal? Uma pena, sem cor e sem tinta!


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