O silêncio das ruas
Manifestantes favoráveis a permanência do mandato do governador Jackson Lago, saíram hoje às ruas de São Luís, em carreatas. Poderia – se houvesse um governo presente, uma passeata.
O que houve, na verdade, foi um desfile de carrões. Organizada pelo ex-presidente da Caema, Rubem Brito, a carreata parecia mais um cortejo fúnebre.
Se o governo do Doutor Jackson Lago fosse presente, atuante e voltado, por menor parte de que lhe cabia decidir, a quem foi decisivo a sua vitoriosa eleição – São Luís – a coisa teria sido diferente.
Jackson Lago, antes mesmo de sair consagrado nas urnas pelo primeiro mandato de prefeito da capital, despontara como líder numa campanha para deputado federal.
Eleito três vezes prefeito da cidade, ainda assim, tinha popularidade e aprovação da maioria do eleitorado de São Luís. Tanto que a cidade “Patrimônio da Humanidade” lhe deu 70% dos votos para a sua vitória como candidato a governador.
Assumiu o governo e, ao que parece, esqueceu da sua maior base eleitoral. Os professores da rede estadual de ensino de São Luís entraram em greve. O restante no interior aderiu ao movimento.
Os policiais civis cruzaram os braços na capital. O movimento se estendeu ao interior. Os defensores públicos entraram em greve na cidade. Logo ganharam o apoio dos que militam na Defensoria dos Municípios.
A omissão da Prefeitura de São Luís fez deixar a cidade em estado de caos. De abandono completo.
O que fez o governador Jackson Lago? Entregou R$ 11 milhões aos cofres da Prefeitura da capital para equacionar o problema, sem a menor fiscalização, sem nenhum acompanhamento.
O governador nomeou para a direção da Caema, o engenheiro Rubem Brito, a quem só chamava de preguiçoso e displicente.
As ruas da capital foram brindadas com esgotos estourados de toda espécie. Um problema a ser e nunca foi solucionado pelo Governo do Estado.
Não causou surpresa, portanto, a apatia da população da capital, ao processo de cassação do mandato do governador.
Nenhuma voz dos moradores de São Luís se uniu ao MST, no agrupamento forçado e equivocadamente classificado de “Balaiada”.
As ruas, praças e avenidas ficaram caladas. Ninguém se entusiasmou a engrossar o movimento.
Jackson Lago, só então, percebeu que estava só. Refém da sua própria solidão.
Talvez, arrependido de deixar de lado quem lhe deu um mandato de governador do Maranhão.
E assim, com carretas, balaiadas e outras frustradas manifestações, possamos hoje entender a valorização de importantes aliados.
As ruas estão silenciosas, as praças já não gritam mais, as avenidas estão reduzidas ao mero papel de assistentes de uma causa anunciada.
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Na realidade, Jackson nunca gostou de São Luís. E provou isso agora quando eleito governador. Nas festas da capital, tipo São João e Carnaval ele viaja para Fortaleza e não prestigi nosss brincadeiras. Conclusão mais dois anos e estará tudo acabad, teremos que brincar em outros locais. Quando assumiu o governo um dos primeiros atos dele foi pela criação do aeroporto no Piaui, que beneficiou a Parnaiba, mas prejudicou São Luís, pois os turistas deixam de passar por São Luís para irem a Barreirinhas. Ele vive trabalhando por Imperatriz, mas nada fez por São Luis nesse mesmo tempo.Deixou a Lagoa da Jansen acabar esquecendo que é um patrimonio de São Luís. A segurança da capital esta acabada, temos medo de sair à rua, e ele ainda deixa que os seus puxas ameaçem queimar o Palácio do Governo, o Convento das Merces, ameacem com depredação da cidde uma decisão desfavorável da justiça. Esse patrimonio é nosso, não pertence a Sarney, a Jackson, a Castelo nem a qualuer outro polito e sim ao povo do Marnhão e principalmente ao povo de São Luís. Já chega. Dr. Jackson, como governante voce daria um excelente médico. Por favor, ao sair saia com dignidade, não ofenda mais nossa cidade nem o nosso povo.
Quando leio esse comentario cheio de angustia da Maria Antonia, fico pensando em quantas pessoas estão pensando dessa forma. Tudo poderia ser diferente, Cardoso, se o governador tivesse, como voce mesmo diz, valorizado seus verdadeiros companheiros. Aqueles que mais queriam ajudar do que ser ajudados. Mas, o que se viu foi, na sua maioria, falsos companheiros que apenas queriam se dar bem, sem se preocuparem com os problemas que são naturais em qualquer administração.
Assisti em dois locais diferentes a passagem da carreata em apoio ao mandato do Governador e tive a certeza que começou a reação a esta falta de vergonha que assola o Maranhão.
Podem dizer que foi a turma do Jackson que fez a carreata, então o Governador tem apoio de muita gente que não concorda com este absurdo jurídico, tinha mais de 300 carros que passaram pelo meu bairro Anjo da Guarda e a nossa comunidade recebeu muito bem a todos que passavam, quando em épocas passadas se viu um governo que esta caindo tendo tanto apoio estadual e nacional.
As decisões populares estão mudando, o voto é nosso.
Quando era duas horas da tarde estava com a minha família na litorânea e assisti novamente a carreata passar, era muito carro, me parece que tinha era aumentado e os freqüentadores dos bares faziam comentários sobre a maldade do Sarney com o nosso povo.
Fico admirado com a coragem dos que tem enfrentado esta família, não gosto desta política por causa da maldade e do ódio que isto gera.
Na volta para casa compramos a revista Carta Capital, já leste?
Mais uma revista nacional detonando o Sarney, as coisas estão mudando. Ninguém tem mais medo do Sarney.