E os prefeitos?
Estão cobertos de razão a OAB, O TJ, O MP, assim como as entidades representativas do Judiciário em cobrar a apuração de denúncias de comportamento ilícito de membros da Justiça do Maranhão. É preciso passar o Judiciário a limpo. As denúncias de vendas de sentenças e de favorecimento são tão antigas quanto antigas são as leis, assim como o seu não cumprimento.
Agora, se existe o corrompido é porque ainda dão folha ao corruptor. Mais recentemente o ex-prefeito de Coêlho Neto, Magno Bacelar, exigiu de volta de um juiz o dinheiro dado para ser favorecido em uma questão na Justiça. No plenário da Assembléia Legislativa o comentário que rola é sobre juízes que teriam recebido dinheiro para beneficiar este ou aquele candidato.
Se alguns membros do Judiciário estão sendo execrados, se as diversas entidades cobram rigorosas apurações de desvio de conduta, é hora também de acochar o corruptor. Não se concebe mais que prefeitos usem recursos públicos para prováveis compras de sentenças, verbas do contribuinte para ter ao seu lado delegados, policiais civis e militares.
Não é demais lembrar que prefeitos eleitos no interior, em menos de dois meses, ostentam carrões importados, mudam para mansões e compram apartamentos luxuosos na orla marítima. Isto sem contar com o crescimento súbito e exagerado do patrimônio de prefeitos da capital, após deixar o mandato. Jackson Lago, ao que parece, tem sido a exceção.
A boa Justiça precisa alcançar esses mandatários e obrigá-los a devolver o dinheiro do povo, além de pagar na cadeia pelo desvio dos recursos. É hora de fazer uma grande campanha (detesto a palavra cruzada) para evitar que o dinheiro do FPM, do Fundeb e outros repasses constitucionais sejam jogados no ralo da corrupção, na lama da roubalheira.
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