O deputado federal Flávio Dino (PCdoB) entrou com a terceira ação para cassar o mandato do prefeito eleito em São Luís, João Castelo. Busca, pela via judicial, aquilo que não lhe foi dado nas urnas: a vitória nas eleições do primeiro e segundo turnos na capital.

Nas duas primeiras ações argumenta o abuso de poder, a compra de votos por parte de seu oponente. Reclamações que não se afinam com a realidade. João Castelo (PSDB)  saiu do primeiro turno vitorioso, embora não tenha liquidado a fatura no momento inicial da disputa.

Ainda no primeiro turno, alguns veículos de comunicação do Sistema Mirante, que apoiaram explicitamente a candidatura de Flávio Dino, noticiaram a paralisação da estrutura de João Castelo, como carros de som, abastecimento de combustível, e a falta de pagamentos de pessoas ou empresas que trabalharam na campanha, resultantes da falta de recursos. O comunista Dino sequer defendeu os operários.

No segundo turno, a maioria dos candidatos do primeiro turno que pontuaram nas pesquisas, declarou apoio ao candidato João Castelo. A campanha do tucano aumentou o número de apoios, mas de longe se equiparou ao volume de campanha do comunista. Só de Caxias, por exemplo, carros de sons foram transportados para a campanha de Flávio Dino, além de Tuntun e outras cidades. Os “militantes” de Dino surpreendentemente se avolumavam nas ruas, praças e avenidas. Boa parte com cara a aspecto de interioranos. Daí a falsa impressão da virada.

Até o governo Lula, quer na televisão pedindo votos para Flávio Dino, o que por sí só já representaria um abuso de poder, ou na presença da ministra Dilma Rousseff, em comício na capital, ao contrário do que tenta propagar o deputado federal, evidenciava a tentativa de desequilíbrio do pleito. O povo de São Luís, independente, rebelde por boas causas, deu a resposta na urnas.     

Acusa, no caso específico da terceira ação, quatro jornais diários da cidade de impedir a realização do seu sonho. Cita, entre eles, o nosso Jornal A Tarde. Alude que o nosso matutino atrapalhou sua vitória, beneficiando a Castelo e denegrindo a sua campanha. Quanta “ingenuidade!” Ou melhor: quanta “esperteza!”

O Jornal A Tarde, que tem apenas 18 meses, nunca foi citado pela justiça pelo seu comportamento, assim como nunca foi reprovado pelos seus leitores, que aumentam a cada dia. Passamos todo o processo eleitoral ao largo de tais citações, embora ao longo do período do pleito municipal de 2008 sofressémos ameaças de processos, exatamente pela turma de Flávio Dino.

E quais eram as tais tentativas? Em uma delas porque fomos o primeiro a publicar a “audiência” secreta entre Dino e Roseana. Publicamos apenas o inconformismo do então candidato Raimundo Cutrim, roseanista roxo, que se achou preterido no grupo porque a senadora havia se decidido pelo candidato comunista. Tanto que, na passagem para o segundo turno, os roseanistas optaram pelo apoio a Flávio Dino.

Numa outra tentativa de proceso porque citavámos o candidato como “comunista”. Não é o deputado e até quando foi candidato a prefeito do partido comunista? Hoje, somente hoje, cometemos o erro. Dino, na verdade, nunca foi comunista. Se assim não nos parece, tem a feição e o sentimento dos oportunistas.

Ao renunciar a toga de juiz federal, onde exercia o cargo com brilhantismo, para dar evasão ao seu lado oportunista, saiu candidato a deputado federal pelo Maranhão. E foi eleito pela esquema dos convênios eleitoreiros implantados pelo governador José Reinaldo Tavares. Ou seja: entrou pelas portas dos fundos da política maranhense. Poderia, sim, como bom brasileiro, continuar com a sua contribuição para um justiça séria e cega aos esquemas.

A nós do Jornal A Tarde cabe tão somente lamentar que o político Flávio Dino queira nos usar como trampolim para a realização de seus sonhos. Repudiar sua argumentação pelo fracassado desejo de obter mais um presente: o de governar a nossa São Luís. O Flávio, com a nova ação no TSE, mostra-nos que é, na verdade, um Dino(ssaauro) a ser extinto da política local.        

Por fim, aqui achamos, após consultas na redação, enviar ao Flávio Dino três perguntas que podem melhor lhe remeter ao tempo da campanha mais recente:

   1 – Teria se feito de cego aos apoios claros e abertos dos veículos do Sistema Mirante de Comunicação à sua campanha?    

   2 – Por que não processou o Jornal A Tarde no curso da campanha, do primeiro ao segundo turno?

  3 – O que lhe move a achar que tem direito de ser prefeito eleito se o eleitor de São Luís rejeitou seu nome para dirigir seus destinos?

   Caso não lhe seja possível dirimir as dúvidas da nossa redação, concluiremos que o deputado federal se nos apresenta como um Dino é o Gênio da política maranhense. Ou nos faz lembrar o historiador romano Flávius, o Arrianus, que descreveu as primeiras vitórias e previsíveis derrotas de Alexandre, o Grande.   

    


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