Sucessão na Assembléia
Não é do estilo de Jackson Lago interferir em processo sucessório nas casas legislativas. A única vez em que se envolveu, quando prefeito de São Luís, perdeu no plenário da Câmara Municipal. Numa outra eleição da Mesa Diretora da Câmara de Vereadores, a pedido da então governadora Roseana Sarney, encarregou seu vice Tadeu Palácio para eleger Ivan Sarney. Palácio e Roseana, na verdade, arregaçaramas as mangas, montaram no rolo compressor e Ivan Sarney foi eleito.
Jackson Lago não pretende participar ativamente da escolha do sucessor de João Evangelista, mas deseja que o próximo presidente da AL seja um deputado de sua confiança e integrante do seu grupo político. Três deputados estão habilitados: Edivaldo Holanda, Pavão Filho e Marcelo Tavares. O primeiro tem o apoio do PSDB, do PDT histórico, do prefreito eleito João Castelo, da maioria dos prefeitos eleitos e reeleitos, e é líder do governo na AL. O segundo agrada ao governador pela forma como dirigiu os trabalhos legislativos na ausência de Evangelista, tem a curta administração aprovada em plenário e a simpatia da bancada de oposição, que tem 14 deputados. Encontra, porém, um obstáculo enorme: precisa que seja aprovada emenda que flexibiliza a eleição para que os atuais membros da Mesa possam concorrer a outros cargos. O terceiro é sobrinho de José Reinaldo Tavares, tem o apoio declarado do presidente Evangelista, do candidato derrotado Flávio Dino, mas tem limitações no plenário.
As articulações começaram após a eleição do segundo turno na capital. Ganhará aquele que tiver a simpatia do governador, o apoio das pessoas mais influentes no Palácio dos Leões e a simpatia dos colegas deputados. E provável até que candidaturas impostas de cima para baixo não tenham êxito.
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