Ninguém pode tirar o título de grande vitorioso de Flávio Dino na eleição municipal de São Luís. É a primeira vez que disputa o pleito para o cargo de prefeito da capital, enquanto Castelo é testado pela quarta vez consecutiva. Além do mais, o candidato tucano já governou o Maranhão, fez inúmeras obras em São Luís e sempre saiu eleito deputado federal com os votos do eleitor da capital.

Flávio Dino exerce pela primeira vez o mandato de deputado e com surpreendente desenvoltura. Foi eleito pela imprensa nacional o quarto parlamentar mais atuante na Câmara Federal. Já foi presidente da Associação Nacional dos Juízes Federais e é respeitado no campo jurídico do país.

Quando lançou sua candidatura, era pouco conhecido em São Luís, mas rapidamente ganhou a simpatia de parcela significativa do eleitorado da nossa cidade . Passou para o segundo turno, deixando na fileira candidatos conhecidos e com estrutura muito maior que a dele. Teve a ajuda do presidente Lula, de ministros e de diversos segmentos sociais da ilha. Não foram esses apoios que alavancaram a candidatura de Dino. Suas perfomance deve ser creditada, principalmente, ao seu discurso e ao fato de encarnar o novo.

Não alcançou mais pontos porque cometeu uma série de pecados durante a campanha, notadamente no segundo turno. A começar pelos encostos, pelas alianças que mais se assemelham a uma cerca velha: cai e derruba os outros, como Roseana Sarney, Tadeu Palácio, Gastão Vieira e outras. Nenhuma, nada lhe acrescentou eleitoralmente. Depois, quis tornar a disputa como se fosse a luta da esquerda contra a direita. Pecou e feio. São Luís não tem tradição de esquerda. A capital se manifesta contra os poderosos, os governos de plantão (veja o caso de Jackson Lago, que foi obrigado a não participar da eleição), e especialmente rejeita a família Sarney. E não podemos esquecer que na segunda eleição de Roseana, a então governadora, acamada, venceu em São Luís o seu concorrente, Epitácio Cafeteira, que  nunca foi esquerda e é sempre protegido pelo eleitor da capital.  

Depois, o comando de campanha do candidato se equivocou. Criou um Flávio Dino populista, eleitoreiro, irreconhecível. Flávio Dino assumiu uma postura que não lhe pertence. Fez promessas descabidas e ilusórias. O eleitor, que se jogou na onda vermelha, brecou. Muitos se frustaram. Outros, permanecem decepcionados.

Mas Flávio Dino é um vitorioso. Um campeão de urnas na capital. Pavimentou, quem sabe, caminhos para um futuro bem próximo. Ou até mesmo para os próximos quatro anos na capital. Desde já tem a certeza de que pode renovar seu mandato de deputado federal só com os votos de São Luís. Dino, portanto, foi quem mais lucrou com a eleição municipal. E disso ele tem consciência.       


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