Somente ontem, após regressar de curta viagem, assisti ao vídeo sobre o episódio que envolveu o deputado Pavão Filho, um guarda de trânsito e o IPVA, veiculado insistentemente pela TV Mirante. Não sei se o deputado fosse da bancada Roseanista se o tratamento seria o mesmo.  

Confesso que fiquei assustado porque já presenciei (estava no carro) uma cena idêntica, mas com desfecho menos circense. Um amigo meu mandou quitar o IPVA e o tal documento, por conta da greve dos correios, não chegou à sua casa. No domingo (eu estava presente) foi barrado em uma blitz na avenida dos Holandeses.

O guarda olhou o IPVA e achou que estava atrasado. Meu amigo disse que tinha como comprovar que o documento estava em dia. O guarda pediu que ele provasse, sob pena de retenção do veículo. E mais: se ofereceu para ir ao local onde estava o recibo de quitação, uns 2 km do local da blitz. O acerto foi consumado ali mesmo, não sem antes o amigo deixar sua CNH em poder de um sargento.

Ao chegar em casa, o amigo pegou o recibo de quitação e entregou ao guarda de trânsito. Voltamos todos para o local da blitz e tudo deu certo. Desculpas de ambas as partes. O militar estava correto, mas não precisou fazer espetáculos para mostrar que estava agindo legal.

Preferiu o caminho da orientação, ao invés de repressão, do ato abusivo. Sei que a maioria vai discordar de minha opinião, até porque tem quem defenda que a maioria sempre tem razão. Não concordo. Acho que a maioria sempre é burra.

É muito fácil hoje execrar a imagem de um político, tanto faz quem seja ele. O deputado Pavão Filho deveria usar o documento do IPVA para evitar a situação de constrangimento que lhe foi imposta. Ao militar caberia, não por ter tratado com um representante do povo, o mínimo de preparo para lidar com situação como essa acima citada. O mesmo tratamento não ocorreu no sábado quando um tenente da PM teve seu carro parado e, segundo fui informado, estava embriagado e foi rapidamente liberado. A PM usa de dois pesos e duas medidas?  O corporativismo ainda prevalece na PM?             

Não tenho procuração para defender o deputado Pavão Filho, mas ao longo dos meus 28 anos no jornalismo político não conheço prática no parlamentar que manche sua imagem, assim como desconheço atos arbitrários ou indecentes que lhe incomode a vida, quer como pai de família, cidadão ou político. Pavão voltou ao local da Blitz, após ter a carteira apreendida, e mostrou que o IPVA estava pago. Faltou ao militar – repito – o preparado para lidar com a situação no trânsito. Amanhã, Deuz queira que não aconteça, seremos todos nós as próximas vítimas.


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