O jornalista Marco Deça, um dos melhores analistas da política local, anda feito aquele personagem de uma novela global, interpretado pelo ator Francisco Couco, que viveu o personagem “Montana”. Nome da novela: “Andando nas Nuvens”. Não acredita em nenhum momento que a corte, ou alta corte, da justiça deste país tome decisões políticas em lugar da afirmação jurídica.

Ora, não é e nem será a primeira vez que assitiremos a resultados políticos em lugar da confirmação das leis. No Maranhão, nem se fala. Fiz previsão em meu blogue (longe de ser Mãe Dinhá) que Castelo deve sair vitorioso por uma placar de 4×2 no julgamento do pleno do TRE na questão que lhe envolve em uma dívida na justiça eleitoral.

Compreendo a inquietude do Marcos Deça. Mas não posso perdoar sua rara inocência. Diz em seu blogue que não podemos desconfiar do julgamento jurídico da TRE. Também, concordo. Mas não sou tolo o suficiente para deixar de acreditar no que passa pela cabeça de nossos magistrados. Vamos, então, clarear as dúvidas de Marco Deça.

Três promotores do Ministério Público Eleitoral do Maranhão deferiram a candidatura de João Castelo. Marcos Deça, se concordou ou não, nada disse. Alegaram razões legais para suas conclusões. Mais uma vez ninguém falou nada. Exceto o advogado da coligação do candidato Clodomir Paz, Daniel Leite, que representa muito bem o seu papel.

O juiz eleitoral Lucas Neto fez coro à decisão dos promotores. Deferiu a candidatura de Castelo. Outra vez, ninguém ousou contestar juridicamente Neto, exceto o advogado Daniel Leite. Então, se temos desconfiança da corte do TRE, por que não foram usados, na época. argumentos para combater os dois primeiros resultados? Marcos Deça, de quem sou adimirador, com a palavra.

Estava em casa assistindo ao pronunciamento do senador Pedro Simon (rara exceção neste país) falando sobre o entendimento político. Dizia o senador gaúcho que, após o impedimento por questões de saúde do presidente Trancredo Neves para assumir o comando do Brasil, a cúpula do seu PMDB reuniu e chegou a conclusão de que o sucessor natural e legal era o então presidente da Câmara Federal, Ulisses Guimarães (como reza a linha sucessória presidencial) para assumir a Presidência da República.

Simon levou a decisão das bancadas do PMDB na Câmara Federal e do Senado para Ulisses Guimarães, com o argumento de que José Sarney não poderia ser o presidente do país porque Tancredo Neves não havia assumido o cargo. Portanto, o senador maranhense não era o vice de direito. Segundo Pedro Simon, em seu relato na tribuna do Senado Federal, Ulisses Guimarães ergueu seus olhos azuis para o alto e falou: “Caro Simon, já consultei o general Leônidas Caldas (apontado por Tancredo como futuro ministro do Exército), que é um dos melhores especialistas em legislação eleitoral deste país, e ele  garantiu que a vaga é do Sarney”; Não precisa falar sobre o resultado. Entendeu, Marcos Deça?             


ÚLTIMAS NOTÍCIAS

O deputado Zé Inácio (PT) repercutiu, na sessão desta terça-feira (26), as prisões dos irmãos Domingos ...
Descubra por que a Melbet Brasil se destaca como a escolha preferida dos apostadores, oferecendo segurança, ...
Com planejamento meticuloso, a Prefeitura de Paço do Lumiar, na gestão de Paula Azevedo (PCdoB), está ...
Uma jovem conhecida por Luiza Macedo de Araújo, 23 anos, veio a óbito no local. Ela ...
A solidariedade e a fraternidade sempre estiveram presentes na gestão de Fábio Gentil, haja vista que ...
Rede Brasil News O primeiro emprego é uma experiência crucial na vida de adolescentes e jovens ...

Acompanhe o Blog do Luis Cardoso também pelo Twitter™ e pelo Facebook.