Na contramão do forte discurso pregado pelo governador Jackson Lago contra a privatização de empresas maranhenses como o Banco do Estado do Maranhão e a Cemar, o presidente da Emap, João Castelo anunciou que consta dos seus planos a venda de quase a metade da companhia que administra o porto para investidores privados. Ele alega que o objetivo é atrair recursos para melhorar e ampliar a infra-estrutura portuária, descartando futuros investimentos do governo federal no desenvolvimento do Porto do Itaqui.

Para concretizar sua política de privatização ou de suposta parceria, João Castelo aposta inicialmente na transformação da Emap em sociedade anônima para atrair recursos. O segundo plano (e fatal), será a abertura de capital, inclusive aos investidores estrangeiros.

 O presidente da Emap, que pretende ser candidato a prefeito de São Luís, justifica a gula por recursos externos para ampliar a estrutura portuária. Diz que o Itaqui tem apenas sete berços de atracação, sendo que dois deles estão em fase de reforma, mas que serão necessários 34 cais até 2040, quando Castelo terá 102 anos, se vivo for até lá.

O dirigente da Emap defende a captação de recursos, pela via da venda de parte do porto e dos prováveis ou incertos investimentos que poderão ser feitos pelos futuros sócios, da ordem de R$ 2,5 bilhões para preparar a infra-estrutura portuária. Soma que chega a 35% do orçamento geral do Estado do Maranhão, previsto para o ano corrente.

O pensamento de João Castelo é revolucionário, inclusive para os nossos tempos. Enquanto a maioria dos portos públicos brasileiros, quando fez parcerias com a iniciativa privada, fez transações apenas usando os terminais ou outros serviços por meio de licitações, A depender da iniciativa de Castelo, a Emap terá novos sócios privados, podendo vender até 49% da parte que lhe cabe.

A idéia de vender para a iniciativa privada quase a metade do Porto do Itaqui surpreendeu partindo de quem pretender administrar São Luís, um dos maiores conjuntos arquitetônicos históricos do Mundo. Leva qualquer cidadão consciente a imaginar que, se eleito, o prefeito poderá vender o nosso Patrimônio Cultural da Humanidade com a alegação de que a cidade precisa se modernizar.                                                                                     


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