Há uns 18 anos, ainda no governo de Epitácio Cafeteira a cidade de São Luís tinha aproximadamente 850 mil habitantes. Se hoje não temos o tão esperado 1 milhão de cabeças, conforme os números do IBGE, mostra que em termos populacionais quase não crescemos.

Naquela época, freqüentador de alguns bares do bairro do João Paulo, não havia tamanha violência, a onda de assaltos, os bárbaros homicídios, as cruéis brigas entre gangues e a facilidade que tem o bandido de andar armado.

Tínhamos nós boêmios e não boêmios certa segurança quando avistávamos vez por outra a presença dos antigos camburões e, principalmente, pela permanência dos plantões na delegacia do bairro

Hoje, embora afastado da comunidade, sempre ouço dos amigos de infância que o João Paulo é uma bairro sem lei, que oferece tristes espetáculos de rivalidades sangrentas entre grupos de jovens (gangues), com quase três a quatro homicídios por semana, e o que é muito pior: a delegacia fechada no período da noite, nos sábados, domingos e feriados. Ou seja: sem os plantões.

Sei que o contingente policial de São Luís ainda é pequeno, mas não custa lembrar que naquela época tínhamos 850 mil habitantes e quase 600 policiais civis lotados na capital. Isto, sem falar que a Polícia Militar não se envolvia porque não lhe era dado o direito de polícia preventiva. A presença dos policiais civis, quer passando nas viaturas ou fazendo as revistas, era mais constante.

A porta da delegacia sempre aberta nos parecia um freio às ações dos bandidos. As respostas dos policiais eram mais rápidas. A disputa saudável e precisa entre os investigadores na descoberta de crimes era acompanhada pelas comunidades, pela população. Hoje, salvo engano, a figura do investigador sumiu. O policial civil, agora com um tal de Serviço Velado da PM, deixou de cumprir sua função constitucional, que é a de investigar, de polícia judiciária. O Serviço Velado da PM, de forma inconstitucional, investiga casos já mastigados, basta acompanhar com atenção.

Portanto, é preciso colocar nas ruas a Polícia Civil. Fazer do policial um investigador e deixar que a PM cumpra apenas o seu papel de policia preventiva. Necessário se faz que todas as delegacias estejam 24h abertas e não apenas três plantões, sendo um na Cidade Operária, outro no Cohatrac e o terceiro na Beira-Mar, como acontecia hoje. A volta dos plantões em todas as delegacias, com pelo menos duas viaturas, três PMs e quatro civis, traria, pelo menos, a sensação de segurança aos moradores de cada bairro, até porque seria mais fácil a comunicação. Vale lembrar que temos hoje na capital mais de mil policiais civis para pouco menos de 50 distritos policiais e mais de 4 mil militares. Pense nisso, dona Eurídice Vidigal!


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