Geralmente no Maranhão costuma-se atribuir ao senador José Sarney tudo o que não presta ou quando não a sociedade em empresas rentáveis localizadas em nosso território.

Mas essa que a coluna vai contar agora é verdadeira. Foi o senador José Sarney que encubiu um deputado estadual, ex-funcionário federal e com vasta penetração no Ministério da Justiça e na Polícia Federal para barrar uma operação que iria levar para a cadeia, pelo menos, 8 deputados, 12 ex-deputados, três ex-prefeitos e um ex-diretor de administração da Assembléia Legislativa do Maranhão.

O dedo de Sarney II

O senador, segundo fonte segura de Brasília, havia telefonado ao então ministro da Justiça, Márcio Tomás Bastos, para que a Polícia federal investigasse com mais profundamente as denúncias de fraudes na folha da Assembléia Legislativa. Sarney, na verdade, tinha dois objetivos: ganhar tempo para retardar a operação que seria chamada de “Anta”, animal que vive comendo folha, prestes e ser deflagrada no Maranhão e, ao mesmo tempo, ganhar o apoio dos deputados envolvidos para a eleição da sua filha, Roseana Sarney ao Governo do Estado.

O dedo de Sarney III

Então, foi escalado um ex-presidente da AL para intermediar a questão junto ao superintende nacional da PF e saber com a turma da investigação em que grau estavam envolvidos os deputados, parentes de deputados e ex-prefeitos, além de um presidente de poder com a operação “Anta”. O parlamentar cumpriu a missão e a operação foi retardada.

O dedo de Sarney IV

O senador, realmente, conseguiu retardar a operação, até porque poderia comprometer a eleição, que dava como certa a vitória de Roseana. Porém, Sarney não logrou êxito quando pensou atrair para a campanha de sua filha ex-aliados envolvidos no esquema como Rubens Pereira, Camilo Figueiredo, Soliney Silva, Humberto Coutinho, Paulo Neto, Rigo Teles, Stênio Resende e Antônio Bacelar, (estes últimos dois fizeram campanha discreta para Roseana). O restante dos envolvidos já estava engajado na campanha, como Hélio Soares, Joaquim Haickel, Manoel Ribeiro, Jura Filho, Maura Jorge.

Dos envolvidos

Da legislatura passada, segundo fonte segura, apenas os deputados Tatá Milhomem e Helena Heluy não seriam pegos pela operação “Anta”. Boa parte já prestou depoimento, dentre eles cinco dos atuais deputados e duas as genitoras de deputados. A PF acha que o principal suspeito pela fraude na folha de pagamento é o ex-diretor de pessoal da Assembléia Legislativa, Batista.

Dos escândalos I

A descoberta inicial foi quando uma ex-empregada de uma deputada tentou se aposentar pelo INSS e descobriu que era ISO da AL, cargo com salário de R$ 5 mil, sem nunca ter pisado os pés no prédio da AL. Além desse caso, a PF também detectou que dois deputados tinham parentes falecidos, sendo que ambos, só os ossos, tiraram empréstimos na agência do Banco do Brasil no valor de R$ 85 mil e R$ 45 mil, respectivamente.

Dos escândalos II

A fraude consistia basicamente da nomeação de laranjas e cabos eleitorais que eram enganados pelos deputados para receber abono uma só vez da Assembléia, que, falsamente, o parlamentar tinha direito. De posse dos documentos dos incautos e da assinatura correspondente a nomeação do cargo, os deputados faziam as nomeações que eram entregue ao Batista. Este, – comentam – que sabia da fraude e aproveitava para fazer enxertos.

Operação “Taturana”

Como publicado na edição do dia 7 deste, depois de confirmar a informação com uma fonte da própria Polícia Federal, a operação “Taturana”, que investiga a fraude na restituição do Imposto de Renda de cinco estados nordestinos, chegará também ao Maranhão. “Não há previsão de tempo, mas é certeza desembarcamos no seu Maranhão”, garantiu a fonte. Ela garantiu que a fraude na IR da Assembléia Legislativa maranhense é de R$ 10 milhões.


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