Proprietários querem ficar milionários às custas de indenizações

Lamentável o que está ocorrendo na área do Porto São Luís, no povoado Cajueiro, perto da Vila Maranhão. Tudo por causa de cinco famílias de posseiros que insistem em continuar no terreno do empreendimento à espera de indenizações mais gordas. Eles são posseiros, não aceitam sair, rejeitam a avaliação dos imóveis feita pelo Governo do Estado e estão exigindo valores fora da realidade, sendo que não comprovam a realização de benfeitorias nas terras que justifiquem o preço irreal exigido.
Estes mesmos posseiros tiveram reuniões com a empresa contratada pelo Porto para uma melhor interlocução. Estava tudo fluindo bem, até o momento que, de maneira radical e intransigente, foram orientados para permanecerem no local, mesmo prejudicando o projeto e postos de trabalho.
Tem proprietário pedindo R$ 5 milhões pelo imóvel, que mesmo levando-se em conta questões sentimentais e ambientais, não chegaria a R$ 400 mil.
Com isso, mais uma vez a obra do Porto São Luís está paralisada. Ou seja, o projeto de US$ 500 milhões que deve gerar mais de 3 mil empregos diretos e 10.000 indiretos em seu pico de obras se tornou vítima de aproveitadores que querem ficar milionários às custas de indenizações.
O resultado da interrupção é a desmobilização dos canteiros, com várias demissões, algumas de pessoas que moram no próprio povoado do Cajueiro, que tinham conseguido uma colocação nas obras do Porto.Moradores reclamam
Esta situação vem causando revolta na própria comunidade, entre os moradores que não concordam com a atitude dos aproveitadores.
“Por causa de cinco casas que não aceitam receber a indenização e insistem em ficar só para tentar pegar mais dinheiro a gente vai ser prejudicado. Aqui não tem emprego e quando a gente consegue, perto de casa, tem esse problema. É pra revoltar”, reclama uma moradora da comunidade do Cajueiro que não quer seu nome divulgado.
Com a interrupção da obra do Porto, o irmão dela foi demitido em dezembro e agora ela teme pelo emprego do marido.
Segundo informações colhidas nas redes sociais do Porto São Luís, mais de 100 moradores do Cajueiro estavam trabalhando nas obras do empreendimento em dezembro, com a perspectiva de mais contratações com as próximas mobilizações e frentes de trabalho.
Como um projeto de tal envergadura fica à mercê dessas ocorrências? Se a queda de braço com essas cinco famílias não for resolvida, é provável que o projeto vire só mais um sonho não realizado de desenvolvimento socioeconômico do Maranhão e de centenas de trabalhadores que começavam a ver no projeto do Porto São Luís uma oportunidade de trabalho digno para sustentar suas famílias.

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