Em um cenário de queda nos índices de popularidade do governador Flávio Dino, em recentes levantamentos realizados pelos próprios aliados do governo, a oposição segue no caminho inverso. Embora em número reduzido, os deputados César Pires (PV), Wellington do Curso (PSDB) e Adriano (PV) têm se consolidado como porta-vozes de uma parcela crescente da população insatisfeita com a atual gestão, inclusive aqueles que acreditaram nas promessas de campanha esquecidas ao longo dos últimos cinco anos.

Os parlamentares de oposição hoje representam cerca de 47% dos maranhenses que reprovam o governo Flávio Dino. E aos seus gabinetes chegam insatisfações das mais diversas áreas: desde as denúncias relativas à administração estadual – como as que revelaram o rombo da Previdência estadual – até a revolta com a precariedade das estradas, o fechamento de serviços de saúde e o aumento de impostos. Mazelas que agora começam a ser expostas também pela imprensa nacional.

Com esse respaldo popular, a oposição tem tido competência para cumprir o papel de porta-voz de milhares de maranhenses insatisfeitos. Não resta dúvida que a maioria absoluta da Assembleia – 39 deputados contra 3 – tem sido aplaudida pelos governistas, mas é péssima para a democracia. Por conta dessa maioria, já sabendo dos resultados antecipados, os aliados do governo sequer têm a preocupação de se preparar para qualificar o debate, diminuído a importância do Poder Legislativo. Mas apesar de toda a resistência governista, a oposição tem exercido com firmeza a prerrogativa de fiscalizar os atos do Executivo, cobrando correção e transparência na aplicação dos recursos públicos.

Ao longo da história política do Maranhão, fortes líderes governistas, muitos submissos e outros apaniguados, julgando-se intocáveis, acabaram sendo rejeitados nas urnas e encerraram suas carreiras por não avaliarem o nível de insatisfação popular com a total submissão aos governantes. Mas na atual conjuntura política, econômica e social do estado, o governo Flávio Dino tem um contraponto na Assembleia Legislativa, na Câmara Federal e no Senado: uma bancada oposicionista que terá seu peso na disputa eleitoral de 2022.


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