Ameaças ao Jornal A Tarde
Ameaças por telefone e informações de que quatro homens estavam armados a caminho para quebrar o Jornal A Tarde, causaram o maior alvoroço na redação do matutino.
Do Jornal o Extra, por onde passou o grupo para saber do endereço do A Tarde, veio a confirmação de que era melhor evacuar para evitar que profissionais fossem atingidos mortalmente.
Por telefone, outras ameaças. Tudo por conta de uma matéria publicada na edição de ontem, com exclusividade, dando conta de que um ex-militar bombeiro e dois amigos foram presos em flagrante pela equipe do Serviço de Inteligência por clonagem de cartões de bancos, na segunda-feira. No dia seguinte todos estavam soltos.
Fui alcançado por telefone para saber do episódio. Pediu à repórter de polícia, Carmem Rebouças e ao fotografo, Gilson, calma. Ambos já estavam duas ruas depois.
Liguei a um capitão amigo, o celular desligado. “Os caras estão na porta, batendo com força!”, gritava o editor, jornalista Rubem Gusmão, no canto da rua.
Carmem se deslocou para a Secretaria de Segurança Pública e foi atendida pela Coronel Inalda, que imediatamente providenciou duas rádio patrulhas para o local. Os homens haviam se retirado.
O registro de ocorrência foi feito na Delegacia do Vinhais junto a delegada Edilúcia, no 4º DP.
Amanhã, pela manhã, na condição de proprietário do Jornal A Tarde estarei comunicando pessoalmente o fato ao secretário de Segurança Pública, Raimundo Cutrim, para que sejam adotada providências que possam garantir a tranquilidade dos profissionais que trabalham no matutino.
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Que absurdo, a que ponto a segurança das pessoas chegou, segundo informações os maltrapilhas foram presos e no dia seguinte soltos e ainda andam aterrorizando,ou seja, tão soltos e já andam agindo novamente. A que ponto a nossa segurança pode chegar!
Espero que seja feito uma investigação qualificada para que sejam punidos todos os elementos. A informação publicada no jornal a tarde com certeza repercutiu e tenho esperanças que a justiça seja feira.
MEU CARO CARDOSO,
VOCÊ, O RUBEM GUSMÃO E TODOS OS QUE FAZEM JORNALISMO NESTE PAÍS JAMAIS PODERIAM PASSAR POR UMA SITUAÇÃO DESSAS. CREIO QUE AS INSTITUIÇÕES DESTE ESTADO JÁ DEVEM TER TOMADO AS PROVIDÊNCIAS NO SENTIDO DE QUE ESTE ATO SEJA COIBIDO E QUE OS REPONSÁVEIS POR TAMANHA FALTA DE RESPEITO AO BOM EXERCÍCIO DO JORNALISMO. NÃO OBSTANTE, EMPRESTO A MINHA SOLIDARIEDADE, MEU COMPANHEIRISMO E FICAREI ATENTO AO DESENRROLAR DESTA BRUTALIDADE. POR ACASO NÃO TIVERAM ELE UM SURTO DO AI-5? PENSO QUE JORNAL ´NOTICIA FATOS SEM OLHAR PARA A CARA, SÓ QUANDO É NECESSÁRIO FOGRAFÁ-LA. QUEM VENDE PEIXE É PEIXEIRO E ASSIM SUCESSIVAMENTE.
NILSON ERICEIRA
JORNALISTA
Reposta
Caro Nilson Ericeira
Nós do A Tarde agredecemos sua solidariedade e o estímulo a não nos deixar intimidar.
Hoje, pela manhã, um dos componentes do grupo que nos ameaçou estsve na redação para dizer que houve um mal entendido. Então, tá!
Pediu direito de resposta e desculpas pelo o ocorrido. De qualquer forma estaremos atentos.
Fugindo do assunto, gostaríamos de reafirmar nossa posição contra o fim da obrigatoriedade do diploma de jornalista. Cedemos espaços apenas para comentaristas que não possuem o diploma.
Mas na nossa redação só aceitamos repórteres, editores e redatores que tenham saído da universidade, até porque estão tecnicamente mais preparados, a exemplo dos grandes jornais de países como a Alemanha e Estados Unidos, onde o diploma para jornalistas não é obrigatório e as redações só comportam os formados.