Nome de Braide aumenta a certeza do segundo turno

    O Palácio dos Leões tem mais uma preocupação à vista com a sucessão estadual de 2018. Trata-se do nome do deputado Eduardo Braide (foto abaixo) que vem crescendo muito na preferência do eleitor maranhense, notadamente entre os jovens e os que não querem a volta de Roseana. Braide surgiu como fenômeno na eleição de São Luís, em 2016, e quase supera as duas máquinas (estadual e municipal) e o candidato eleito Edivaldo Holanda. Com ele na disputa, a certeza do segundo turno.

    Bom tribuno, equilibrado, o parlamentar é considerado hoje destaque na Assembleia Legislativa, ao ponto de atrapalhar o governo e deixar tonta a bancada governista, além de argumentos firmes e propostas coerentes.

    Hoje, com selo de exclusividade, o jornalista Marco Deça fala de uma pesquisa, da qual os principais pré-candidatos ao governo têm conhecimento, em que Braide já supera Flávio Dino em várias cidades e é apontado em primeiro lugar em São Luís (reveja aqui).

    Ora, era natural que ostentasse o primeiro lugar na capital. Veio de uma disputa acirrada e o fato da cidade passar por um momento de dificuldade aumentam as chances do deputado. Além disso, ele é o único novo na disputa, caso entre de verdade.

    Braide já mostrou que tem preparo e chances sim de ganhar a eleição. Nas pesquisas feitas até hoje para governador, o número de eleitores indecisos é bem maior que os que já têm candidatos.

    O eleitor maranhense aguarda uma terceira via. Na verdade, já cansou de Sarney e não aguenta mais Flávio Dino pelo decepção que ele se mostrou ser como político e como ser humano.

    Muito analistas mais afoitos poderão alegar que eleição para governador se ganha com grupos, mas não poderão esquecer que Flávio Dino não tinha grupos fortes na política do Maranhão e venceu pela vontade popular. Quando o povo quer, não tem jeito, como dizia minha amada avó.

    Entrando agora na disputa, Braide não tem nada a perder. Vai estadualizar seu nome, fortalece seu projeto de ser prefeito da capital em 2020 e fica ainda como o único candidato melhor avaliado para 2022.

    Vamos aguardar!

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    Luis Fernando ou Edivaldo Holanda Júnior na lista para vice de Flávio Dino

    O governador do Maranhão não repetirá mais a mesma chapa no seu projeto de reeleição. Por dois óbvios motivos: Carlos Brandão, atual vice, não tem musculatura eleitoral e seu partido, o PSDB, estará em palanque diferente em 2018. Como opções viáveis restam apenas os nomes dos prefeitos Edivaldo Holanda (São Luís) e Luis Fernando (Ribamar). 

    Flávio Dino gostaria de escolher um nome de um empresário forte ou de um intelectual renomado, mas a capacidade eleitoral das duas figuras não pesa. Ele também imagina trazer alguém da região Tocantina, mas os nomes de lá estão fracos.

    Então os prefeitos acima citados passaram a ser cogitados. Ambos estão vindo de vitória no último pleito, um mais folgado e outro um pouco mais apertado.

    Tanto Luis Fernando quanto Edivaldo Holanda Júnior são oriundos do grupo Sarney, mas rompidos com o antigo poder dominante. Holanda há mais tempo, Fernando desde 2014.

    A dupla é conhecida em todo o Maranhão. Fernando por ter sido aprovado como um dos melhores prefeitos do Nordeste e Holanda por ter sido reeleito numa capital sem histórico de reeleição, exceto quando reconduziu Jackson Lago.

    Há entre os dinistas mais históricos certa rejeição ao nome do prefeito de Ribamar por ele ter sido adversário do governador por um período na eleição de 2014, mas nada custa recordar que a base de apoio de Flávio Dino na Assembleia Legislativa foi roseanista, além de um monte de prefeitos.

    As chances dos dois são reais diante da dificuldade que o governador terá na escolha do seu companheiro de chapa, considerando que a reeleição não será tão fácil quando foi a eleição de 2014.

    Naquele período, Dino representava o novo, a renovação, a mudança. Por isso, venceu no primeiro turno sem o apoio da classe política. Agora, já experimentado, terá que buscar apoios até mesmo os com os quais não sentaria jamais.

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    Ferry Boat: Maura Jorge reduziu preço da passagem; Flávio Dino aumentou…

    Ex-deputada presidiu comissão da Assembleia que levou à redução da passagem; anos depois, o comunista penaliza mais uma vez a população com aumentos, o que tem virado praxe em seu governo

    AÇÕES COMPROVADAS
    Maura Jorge tem o que mostrar como política

    O recente aumento das passagens de ferry boat, imposto pelo governador Flávio Dino (PCdoB), evidência, mais uma vez, a diferença entre o comunista e seus adversários na forma de tratar o maranhense.

    Enquanto Flávio Dino entende que a melhor forma de conduzir o Maranhão é, mais uma vez, penalizando o consumidor, aumentando o valor das passagens de ferry boat, Maura Jorge, ainda deputada, presidiu em 2007, a comissão de Obras, Serviços Públicos e Habitação, realizando audiência em Pinheiro para discutir justamente o valor desse serviço de transporte, considerado abusivo pelos usuários.

    O esforço de Maura Jorge enquanto presidente da comissão resultou na redução de 28% no valor das passagens do ferry boat no Maranhão.

    Tudo devidamente registrado nos anais da Assembleia Legislativa e nos impressos da época.

    Enquanto Maura Jorge conquistou a redução dos tributos em benefício do consumidor, Flávio Dino segue aumentando impostos e penalizando o maranhense.

    Evidenciando a diferença entre Flávio Dino e seus adversários.

    Simples assim…

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    Irmão procurador condena o caixa 2 e diz que é diferente de Flávio Dino

    O subprocurador Geral da República, Nicolao Dino, voltou a condenar as práticas de caixa 2 em campanhas eleitoras por considerar a antessala da corrupção. Ele afirmou que “somos pessoas diferentes e com identidades diferentes”, ao se referir ao irmão governador Flávio Dino.

    Confira abaixo a entrevista concedida ao jornal Folha de São Paulo:

    Caixa dois em eleição é antessala da corrupção, diz procurador eleitoral

    Pedro Ladeira/Folhapress
    O vice-procurador-geral eleitoral, Nicolao Dino, concede entrevista à Folha em seu gabinete
    O vice-procurador-geral eleitoral, Nicolao Dino, concede entrevista à Folha em seu gabinete
    LETÍCIA CASADO
    DE BRASÍLIA
    fOLHA.COM

    Vice-procurador-geral eleitoral, Nicolao Dino, afirma que o “caixa dois é a antessala da corrução”.

    Para ele, a legislação brasileira dificulta a investigação desse tipo, sendo necessária uma mudança. Dino defende a proposta contida no projeto das dez medidas contra a corrupção, que tramita no Congresso.

    À Folha, ele disse ainda que o caixa dois provoca uma série de consequências para a sociedade, que vão do não pagamento de tributos à facilitação da lavagem de dinheiro. Em uma campanha eleitoral, afirma, favorece o abuso de poder econômico, dando vantagens no processo de “cooptação ilegal” de eleitores.

    Dino é um dos candidatos à sucessão do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em setembro.

    *

    Folha – Chama atenção a quantidade de suspeitas de pagamento via caixa dois no processo eleitoral. O que isso representa?

    Nicolao Dino – O caixa dois é utilizado por empresas e pessoas para movimentar recursos sem a devida contabilização. Em uma empresa, por exemplo, é dinheiro que não fica registrado na contabilidade oficial da pessoa jurídica e, portanto, não está submetido a mecanismos de auditoria e nem à carga tributária.

    Transpondo para o âmbito eleitoral, o caixa dois nada mais é que o recurso que ingressa em um partido ou determinada campanha e não é devidamente contabilizado para fins de quantificação das despesas. Ou seja, é um recurso camuflado que pode ser gasto à revelia de quaisquer mecanismos de controle.

    O caixa dois favorece em muito o abuso de poder econômico e as práticas de corrupção eleitoral. E pode escamotear uma relação de troca de favores. É destinação a uma campanha mas, na realidade, se trata de uma retribuição por favor já feito ou a ser feito.

    Quais as consequências para o pleito?

    Hipertrofria dos gastos de campanha, abuso de poder econômico, troca de favores, e, sobretudo, mecânica viciada em que as partes atuam sob perspectiva monetária não visível aos órgãos de controle.

    O caixa dois serve para driblar os gastos de campanha e quitar despesa fora do declarado para a Justiça Eleitoral. Isso é uma prática nociva, desigual. Quem consegue arrecadar mais ilicitamente tende a ter vantagem no processo de cooptação ilegal de eleitores.

    O que a Lava Jato tem demonstrado, e as investigações eleitorais também, é que as despesas de campanha no Brasil são extremamente elevadas. Por que as campanhas têm de ser milionárias? Até há pouco tempo era pior, havia “showmício”, o comício embalado por apresentação artística para incentivar a participação das pessoas. Isso custa muito dinheiro. O marketing político também tem contribuído para a elevação dos gastos de campanha. Tudo isso acaba por afastar a campanha eleitoral daquilo que deve ser: um debate de ideias.

    É possível reduzir os custos?

    O debate hoje pode se estabelecer de maneira rápida e eficiente, sem grandes dispêndios, nas redes sociais, por exemplo. Eu defendo enfaticamente a limitação de gastos de campanha, o estabelecimento de tetos de despesas nas campanhas eleitorais, tal como consta na [proposta de] reforma eleitoral que se encontra na Câmara.

    Caixa dois é crime difícil de investigar e de provar?

    É. Requer evidências muito específicas, que agora no processo eleitoral têm sido observadas em alguns casos. Por exemplo, o estabelecimento de um setor que incumbiu de gerenciar e destinar dinheiro por caixa dois, o setor de operações estruturadas da Odebrecht. De forma geral, existe dificuldade na demonstração do caixa dois. Felizmente, as investigações em curso no âmbito eleitoral têm conseguido demonstrar muita coisa nessa seara.

    Como provar entrega de dinheiro vivo?

    Tudo depende do caso concreto. Há situações em que foi possível detectar a movimentação de recursos de caixa dois mediante flagrantes, como a distribuição de recursos em igreja evangélica. Temos no artigo 350 do Código Eleitoral a falsidade ideológica —uma omissão na prestação de contas quanto aos recursos que não foram contabilizados. A dificuldade pode ser contornada mediante modernos mecanismos como a colaboração premiada.

    É possível fortalecer a investigação desse crime?

    A previsão legal do crime de caixa dois ainda não é suficiente. Só haverá crime se o candidato, ao prestar contas, omitir o valor não contabilizado. Há no pacote das dez medidas anticorrupção uma referência mais explícita quanto à simples movimentação dos recursos não contabilizados: manter, movimentar ou utilizar qualquer recurso ou valor paralelamente à contabilidade exigida pela legislação, independe de prestar contas. Com penas de dois a cinco anos, incorrendo às mesmas penas os gestores de partidos políticos ou comitês e coligações.

    Se a defesa de um político alega que ele usou o dinheiro para o partido, e não em benefício próprio, isso é plausível?

    É a lei que considera isso como justificativa implausível. Está no Código Eleitoral desde 1965. A corrupção e o caixa dois são zonas muito fronteiriças. O caixa dois é a antessala da corrupção. Não há como relativizar a irregularidade do caixa dois porque pode ser fruto de tráfico, de contrabando ou de dinheiro encaminhado ao exterior de forma irregular, sem ter sido submetido à Receita. O simples fato de não ter a possibilidade de auditar [o dinheiro] já é em si algo perigoso. A obscuridade abre espaço muito fértil à prática de ilicitudes.

    O sr. é forte candidato na corrida pela sucessão do procurador-geral da República. Como será sua campanha?

    O universo do MP é de mil procuradores num país de dimensão continental, mas minha intenção é estabelecer o máximo de interlocução para apresentar programa e o que penso, além do meu histórico de atuação na carreira em várias áreas: indígena, meio ambiente, combate à corrupção, consumidor.

    *Seu irmão é alvo de suspeitas na Lava Jato por causa da delação da Odebrecht. Isso atrapalha? [Um delator disse que a empresa deu R$ 400 mil para a campanha de 2010 do então deputado federal Flávio Dino (PC do B-MA) para o governo do Maranhão. Dino perdeu a disputa de 2010, mas foi eleito governador em 2014]*

    Os valores que eu defendo me acompanham desde que eu ingressei na vida pública como procurador da República. Por outro lado, nesta mesma toada, somos pessoas diferentes e com identidades diferentes. Tenho dito que nado não apenas em raias diferentes, mas em piscinas diferentes. Minha vida pública como procurador da República em nada interfere na vida dele como político e vice-versa. Não vejo como misturar essas estações.

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