O deputado estadual Yglésio Moyses (PROS) subiu à tribuna da Assembleia Legislativa, na tarde desta segunda-feira (14), e trouxe informações até então desconhecidas sobre o inquérito do acidente que houve na loja do Mix Mateus da Curva do 90, no dia 02 de outubro deste ano, em São Luís, por volta das 21 horas, tendo como única vítima fatal a jovem Elane de Oliveira Rodrigues, de 21 anos de idade.

Durante o discurso, o parlamentar disse que teve acesso à parte do inquérito e afirmou que houve negligência por parte do Grupo Mateus na montagem das prateleiras. Em vez de uma estrutura desenvolvida por engenheiros, segundo o deputado, o Mateus contratou uma empresa de um único funcionário (o proprietário), especializada em móveis projetados.

“(Elane de Oliveira Rodrigues) 21 anos, foi vítima de acidente de trabalho por negligência dentro da empresa que trabalhava, que optou por contratar um montador de móveis projetados, de MDF, pra fazer plataformas pra segurar toneladas, estrutura de engenharia que deveria ter sido colocada dentro do supermercado!”, exclamou o parlamentar.

Além do exposto acima, o deputado disse que o Grupo Mateus promove ‘uma política de exploração das pessoas em busca do enriquecimento’.

A denúncia do deputado realizada hoje, em meio a um cenário onde nenhuma autoridade e nem o próprio Grupo Mateus tratam do assunto, é grave, já que, há mais de 70 dias desde quando o inquérito teve seu início, bem como as perícias, nenhum resultado foi trazido ao conhecimento do público pelas autoridades e nem pela própria imprensa.

Indenização justa

O deputado Yglésio Moyses pediu que o Grupo Mateus cumpra com o mínimo que, segundo ele, é oferecer uma indenização justa à família da Elane, única vítima fatal do acidente. Cobrou o mesmo às demais vítimas. “A gente espera que os outros, que foram quatro a oito vítimas (…), que sejam todas indenizadas porque ele não tá fazendo favor, ele não tá sendo bonzinho”, disse o deputado.

Censura à imprensa

O parlamentar também denunciou que o Grupo Mateus, usando o poder que possui, estaria ‘censurando a imprensa’, impedindo que informações sobre o caso venha a público, a exemplo das que foram citadas pelo parlamentar após ter tido acesso a uma parte do inquérito. “O recurso que ele tá fazendo, a pressão que ele tá fazendo na imprensa… porque ele é o maior anunciante do Maranhão disparado, aqui… calou a imprensa… E é por isso que a gente tem que chegar aqui, nessa tribuna, e ter coragem, mesmo, de falar porque senão, serão novas tragédias, serão novas pessoas que, trabalhando, correm risco de vida”, concluiu.

A informação dada pelo deputado de que a imprensa foi e está sendo censurada ajuda a explicar o porquê de os meios de comunicação não estarem mais pautando os trâmites do caso, a demora na veiculação das informações.


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