Irmã de prefeito recebe pelo Bolsa Família no Maranhão

    A jovem Amanda Carvalho de Barros, irmã mais nova do prefeito de Benedito Leite, Ramon Barros, tem o nome entre os beneficiários do programa federal Bolsa Família, conforme consta no Portal da Transparência do Governo. Como se observa abaixo, ela recebeu de dezembro de 2018 a março deste ano o total de R$ 716,00 sendo quatro parcelas mensais de R$ 179,00.

    Além de não ter necessidade de receber a quantia, a irmã do prefeito tira a oportunidade de quem realmente precisa ganhar pelo programa. Porém, a escolha dos que irão ser beneficiados pelo Bolsa Família passa pelo crivo da Prefeitura de Benedito Leite naquele município. O Ministério Público, ao que parece, deve tomar providências que o caso requer.

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    Abre o olho, população de Paço do Lumiar! MP mostra esquema de corrupção de Dutra e Núbia

    Obrigação de devolver recursos pagos para instituto de forma irregular, assinaturas fraudulentas, pagamentos incorretos, mostram que a Promotoria de Paço do Luminar chegou ao esquema montado pelo casal Domingos e Núbia Dutra, que comandam a prefeitura daquele município abandonado. Confira abaixo a fraude que se revelou a gestão do político que só vive processando jornalistas e blogueiros em publicação do Atual7:

    A 1ª Promotoria de Justiça de Paço do Lumiar ingressou, em 19 de fevereiro, com uma ação civil pública por ato de improbidade administrativa contra o prefeito do município, Domingos Dutra (PCdoB), secretários e ex-secretários municipais, servidores da administração municipal e uma empresa envolvida em contratos supostamente ilegais com a gestão comunista.

    De acordo com a assessoria do Ministério Público, que divulgou a informação, figuram na ação a ex-secretária municipal de Administração e Finanças, Neusilene Núbia Feitosa Dutra, que é mulher do prefeito; o ex-secretário municipal de Saúde, Raimundo Nonato Martins Cutrim; o ex-secretário municipal de Educação, Fábio Rondon Pereira Campos; e o titular da pasta de Desenvolvimento Social, Nauber Braga Meneses.

    Também foram acionados Daniele Duarte Santos Sousa Aguiar, Anna Karina Cunha Gomes, Ana Cláudia Passos de Sousa Belfort, Antonio Mário Fonseca Gomes, Antonio Cláudio da Silva do Nascimento e o Instituto Interamericano de Desenvolvimento Humano – Bem Brasil.

    Investigações

    O Ministério Público do Maranhão recebeu, em abril de 2017, uma representação que apontava irregularidades na contratação do Instituto Bem Brasil, em caráter emergencial, mediante dispensa de licitação, para o fornecimento de mão de obra terceirizada à Prefeitura de Paço do Lumiar. A instauração do inquérito para apurar o caso foi mostrada pelo ATUAL7, logo depois.

    As investigações apontaram que a contratação, realizada em 31 de março de 2017, com valor global pouco superior a R$ 5,42 milhões, teve como base no Decreto de Emergência n° 3.096, de 11 de janeiro de 2017. Esse valor corresponde aos contratos firmados junto às secretarias municipais de Administração e Finanças, Educação, Desenvolvimento Social e Saúde para contratação de auxiliares operacionais de serviços diversos e agentes de portaria diurnos e noturnos durante 90 dias.

    O decreto de emergência só foi publicado e, consequentemente, passou a vigorar, em 30 de janeiro de 2017. O processo administrativo que levou à dispensa de licitação, no entanto, foi iniciado pela secretária municipal de Planejamento e Articulação Governamental, Núbia Dutra, em 20 de janeiro, antes da vigência do decreto que serviria de base.

    A promotora de justiça Gabriela Brandão da Costa Tavernard observa que o decreto de emergência descreve a invasão e saque de inúmeros prédios públicos por vândalos, incluindo escolas municipais. No entanto, nenhum Boletim de Ocorrência ou relatório dos eventos criminosos alegados foram apresentados.

    Outro problema é o fato de que os contratos foram prorrogados por mais 90 dias, por meio de termo aditivo, com acréscimo nos valores. A legislação prevê que contratos emergenciais não podem ser prorrogados.

    Também é questionada na ACP a contratação de agentes de portaria noturnos. Esses profissionais exerciam, na verdade, o trabalho de vigias noturnos, cargo existente no organograma do Município e que deveria ser exercido por profissionais previamente aprovados em concurso público

    Ouvido pela Promotoria, o representante legal da presidente do Instituto Bem Brasil, Antonio Mário Fonseca Gomes, afirmou que a proposta para disponibilização de 700 terceirizados partiu da própria empresa, após a divulgação pela imprensa da retirada de uma cooperativa que prestava esses serviços, com base em uma decisão judicial. Não houve, portanto, qualquer solicitação da Prefeitura de Paço do Lumiar.

    A proposta inicial do Instituto Bem Brasil teria valor mensal de R$ 2 milhões. Após negociações com a então secretária de Administração, foi apresentada nova proposta, com valor de R$ 1.806.000,00 mensais. Para isso, foram retirados encargos de custeio de aviso prévio, multa rescisória e vale-transporte.

    “Verifica-se que o processo administrativo n° 483/2017 não passou de mera formalidade a conferir aparência de regularidade ao processo de contratação mediante dispensa de licitação, uma vez que todos os seus termos já haviam sido discutidos direta e previamente com a então secretária municipal de Administração, Neusilene Núbia Dutra Feitosa, que resultou, inclusive, na redução dos valores da proposta inicial do Instituto Bem Brasil, com o decote dos valores dos encargos de custeio com aviso prévio, multa rescisória e vale-transporte, os mesmos itens que, posteriormente, foram incluídos na proposta para celebração dos aditivos aos contratos iniciais”, explica, na Ação, a promotora Gabriela Tavernard.

    De acordo com cópias de notas fiscais fornecidas pelo próprio Instituto Bem Brasil, foram recebidos R$ 11.335.893,44 do Município de Paço do Lumiar. Documentos, como ordens de pagamento, notas de empenho e comprovantes de transferências bancárias, embora solicitados pelo Ministério Público, não foram apresentados.

    Assinaturas

    No Termo de Referência que embasou a dispensa de licitação, consta o nome de Sâmila Emanuelle Diniz Siqueira, que exerceu o cargo comissionado de coordenadora na Secretaria Municipal de Planejamento e Articulação. A assinatura disposta, no entanto, é de Ana Cláudia Sousa Belfort. Ouvida pelo MP-MA, Sâmila Siqueira afirmou ter trabalhado na Prefeitura de Paço do Lumiar até 31 de março de 2017, quando pediu exoneração e mudou-se para o estado do Ceará.

    Por volta de maio ou junho do mesmo ano, teria recebido mensagens de Núbia Dutra para que comparecesse à secretaria e assinasse documentos que seriam entregues à Promotoria de Justiça. A ex-servidora negou-se a assinar os documentos, mesmo diante da pressão da ex-secretária e da proposta para que a documentação fosse encaminhada por e-mail.

    Ana Cláudia Belfort afirmou à 1ª Promotoria de Justiça de Paço do Lumiar que trabalhou na Secretaria Municipal de Administração, elaborando folha de pagamentos e preparando portarias de nomeação e exoneração de servidores, nunca tendo trabalhado na Comissão Permanente de Licitação (CPL), não ter conhecimento sobre licitação e nem ter elaborado termos de referência.

    Sobre o documento em questão, ela afirma ter assinado por medo de ser exonerada, após ser questionada pela secretária Núbia Dutra se poderia fazê-lo. Ana Cláudia Belfort afirma, ainda, ter assinado a última folha do termo de referência (a única à qual teve acesso) em março ou abril de 2017, e não em 24 de janeiro, conforme consta no documento.

    Sobre a portaria n° 65/2017 que a designava como substituta de Sâmila Siqueira, Ana Cláudia Belfort afirmou que o documento foi fabricado posteriormente. As duas ex-servidoras apresentaram cópias da portaria n° 65/2017 original, na qual não consta tal designação.

    O representante da Terceiriza Locação de Mão de Obra Ltda., uma das empresas que teriam enviado cotações de preços para embasar o processo de dispensa de licitação, Fábio Roberto Souza, afirma que recebeu o pedido de cotação via telefone e não por documento. Quando lhe foi mostrada a solicitação da cotação, Fábio Souza não reconheceu a assinatura ou o carimbo que seriam seus, tratando-se de documento fraudulento.

    Pedidos

    Na ação, o Ministério Público do Maranhão requereu, em medida liminar, a indisponibilidade dos bens dos envolvidos, além da condenação de Domingos Francisco Dutra Filho, Neusilene Núbia Feitosa Dutra, Raimundo Nonato Martins Cutrim, Fábio Rondon Pereira Campos, Nauber Braga Meneses, Daniele Duarte Santos Sousa Aguiar, Anna Karina Cunha Gomes, Ana Cláudia Passos de Sousa Belfort, Antonio Mário Fonseca Gomes, Antonio Cláudio da Silva do Nascimento e do Instituto Interamericano de Desenvolvimento Humano – Bem Brasil por improbidade administrativa.

    Entre as penalidades previstas estão o ressarcimento integral do dano, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos, pagamento de multa de até duas vezes o valor do dano e proibição de contratar ou receber benefícios do Poder Público pelo prazo de cinco anos.

    Outro lado

    Em nota, a prefeitura de Paço do Lumiar alegou que a contratação do Instituto Bem Brasil ocorreu em razão da Coopmar, empresa que prestava serviços para o município, haver sido alvo de operação da Polícia Federal e por isso ter o seu contrato rompido pela atual gestão.

    “Para que escolas, hospitais e outros espaços geridos pela administração pública municipal não ficassem desabastecidos de serviços gerais, como limpeza e vigilância, a Prefeitura de Paço Lumiar contratou, em caráter emergencial, o Instituto Bem Brasil”, argumenta.

    Ainda segunda a prefeitura, a contratação do Instituto seguiu todos os parâmetros determinados pela legislação vigente.

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    Riachão paga milhões por transporte escolar e ainda usa “pau de arara”, com licitações forjadas

    A Prefeitura de Riachão contratou por R$ 3.381.272,00 uma empresa de construção civil para transporte escolar, mas ainda usa “pau de arara” para levar e buscar alunos.

    A prática adotada pelo prefeito Joab Santos (foto acima) desafia o Ministério Público do Estado do Maranhão, que lançou recentemente a campanha “Pau de Arara Nunca Mais”. Abaixo foto de um dos carros que transportam alunos em Riachão:

    Apesar do valor milionário de um contrato mais sujo do que pau de galinheiro por causa dos vícios que favorecem uma empresa, a prefeitura ainda fez um auditivo, causando prejuízos para os cofres municipais.

    Em 2017, dois contrato para transporte escolar foram feitos com a Miraneide Bastos Medeiros, com sede em Carolina, totalizando R$ 3.381.272,00. Para espanto de quem já conhecia a empresa, que tem como atividade construção civil, foi acrescentado a exploração de serviços de locação e transporte.

    Confira abaixo o extrato de contrato:

    Para burlar os órgãos fiscalizadores e as concorrentes no processo licitatório, a empresa Miraneide ainda deu um atestado de que havia prestado serviços de transporte escolar para a prefeitura da vizinha cidade de Carolina, o que nunca foi verdade.  E o prefeito “ingenuamente” aceitou. Confira abaixo:

    Para desmascarar a Prefeitura de Riachão e a empresa protegida, abaixo o contrato que mostra a verdadeira contratada em Carolina para a mesma atividade, a N.B. Gama Empreendimentos:

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    Improbidade na Câmara Legislativa de Barra do Corda

    Blog da Riquinha

    Na cidade de Barra do Corda-MA está acontecendo um fato curioso: O Vereador/Professor Jaile é beneficiado com o acúmulo de funções, em desacordo ao que preceitua a Constituição Federal em seu Artigo 37-incisos XVI e XVII e a câmara é consente com tudo.

    No caso específico do Vereador Jaile Lopes, essa legislação foi reforçada pela decisão do TCE-MA – Tribunal de Contas do Estado do Maranhão o qual entendeu que, “o mandato eletivo de vereador só é acumulável com mais um cargo, emprego ou função, desde que haja compatibilidade de horários”.

    Jaile Lopes é servidor do Governo do Estado exercendo dois cargos com duas matrículas distintas, um cargo na administração municipal de Barra do Corda, o cargo de vereador na cidade, além de ocupar a função de Presidente do SIMPROESEMMA local.

    Cabe então ao Ministério Público Estadual abrir investigação e, se for o caso, adotar as providências cabíveis quanto a essa situação, visto que a Câmara de vereadores acha normal essa situação.

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    Quadrilha é presa acusada de desviar R$ 12,9 milhões da Prefeitura de Paço do Lumiar

    Na manhã desta quarta-feira, 31, foi deflagrada a segunda fase da Operação Cooperare, que investiga irregularidades na contratação da Cooperativa Maranhense de Trabalho e Prestação de Serviços (COOPMAR) pela Prefeitura de Paço do Lumiar.

    A ação foi realizada pelo Ministério Público do Maranhão, por meio da 1a Promotoria de Justiça de Paço do Lumiar e do Grupo de Atuação Especial no Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), em parceria com a Polícia Civil e Controladoria Geral da União (CGU), a operação cumpriu mandados de prisão preventiva de Gleydson de Jesus Gomes Araújo, Marcelo Antônio Muniz Medeiros, Raildson Diniz Silva, Marben Costa Bezerra, Hilda Helena Rodrigues da Silva, Carlos Alex Araújo Prazeres, Artur Costa Gomes, Peterson Brito Santos, Lucas do Nascimento e Aislan Denny Barros Alves da Silva. Os acusados foram denunciados por lavagem de dinheiro, organização criminosa e peculato.

    INVESTIGAÇÃO

    A primeira fase da Operação Cooperare aconteceu em 2016. Durante as investigações, foi apurado que a COOPMAR, ao longo de três anos, recebeu repasses de 17 prefeituras e também da Federação das Administrações Municipais do Estado do Maranhão (Famem), da ordem de R$ 230 milhões.

    Desse total, R$ 12.929.170,11 foram creditados pelo Município de Paço do Lumiar.

    Relatórios técnicos da Assessoria Técnica do Ministério Público e da CGU constataram que a COOPMAR não possuía os requisitos necessários para ser classificada como cooperativa de trabalho, funcionando, na prática, como uma empresa privada.

    Na época, foram cumpridos mandados de busca, apreensão e de bloqueio de bens, autorizados pela juíza Jaqueline Caracas, da 1ª Vara de Paço do Lumiar.

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    Presos donos do Biosaúde, instituto que deu calote de R$ 40 milhões em funcionários no MA

    O biosaúde, contratado pela estadual Emserh, vinha dando calote em 7 mil funcionários da Saúde que ficaram com salários atrasados e sem receber as obrigações trabalhistas no Maranhão. Os donos foram presos (foto abaixo).

    Desde 2017, quando o instituto picareta foi contratado pela Emserh para substituir o ICN e Corpore, que os 7 mil funcionários já experimentaram o gosto amargo do calote.

    Nunca receberam os salários atrasados, nem as rescisões contratuais, apesar das reclamações que chegavam ao secretário de Saúde, Carlos Lula, e ao governador Flávio Dino. Ambos faziam fazia de surdos e mudos.

    Além de tudo, o Biosaúde impôs redução de salários aos trabalhadores como forma de não atrasar os salários, mas de nada adiantou, pois os pagamentos eram sempre feitos com muito atraso.

    A Biosaúde deu o golpe maior quando foi embora do Maranhão  e deixou todo mundo na mão. Foi preciso uma decisão da Justiça maranhense, através da Vara de Interesses Difusos bloquear parcela dsos R$ 40 milhões pagos para o instituto que eram para quitar os salários atrasados dos funcionários e outras obrigações.

    Em matéria do portal G1 Mogi das Cruzes, foi divulgado os fatos e as prisões dos caloteiros; confira abaixo:

    Os presos foram apontados como responsáveis por empresa suspeita de desviar verbas trabalhistas de funcionários da saúde do Maranhão.

    Por Natan Lira, G1 Mogi das Cruzes e Suzano

    Uma operação da Polícia Civil do Maranhão, por meio da Superintendência Estadual de Prevenção e Combate à Corrupção (Seccor), prendeu quatro suspeitos em Mogi das Cruzes responsáveis por uma empresa suspeita de desviar R$ 40 milhões em prejuízo da Empresa Pública Maranhense de Serviços Hospitalares (EMSERH).

    De acordo com a Polícia Civil, as investigações começaram nos primeiros meses de 2018, quando a própria EMSERH levou o caso ao conhecimento da Polícia Civil maranhense e pediu a apuração.

    No começo de 2017, o Ministério Público orientou que a EMSERH contratasse uma empresa para gerir a saúde no estado. O Instituto Biosaúde foi o vencedor do certame para gerir 60 unidades públicas de saúde.

    No entanto, segundo a polícia, entre abril e dezembro de 2017, a Biosaúde deixou de pagar cerca de R$ 40 milhões destinados à quitação de encargos trabalhistas e previdenciários dos funcionários da área da saúde.

    Foram presos preventivamente e sofreram buscas em suas residências, em Mogi, Luiz Fernando Giazzi Nassri, Carlos Guilherme Giazzi Nassri, Maria Renata Giazzi Nasri e Adriana Bassani Nassri, responsáveis pelo instituto.

    O advogado Eugênio Carlo Balliano Malavasi, que representa Luiz Fernando Giazzi Nassri, informou que vai entrar com o pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça do Maranhão. O G1 tenta localizar os advogados dos outros três suspeitos.

    Ainda segundo a Polícia Civil, o desfalque ocasionou, inclusive, no rompimenro do contrato da EMSERH com o Biosaúde. Na ocasião, segundo a polícia, a EMSERH ainda aplicou à entidade uma multa contratual de 5%.

    A apuração policial constatou ainda que o instituto estava registrado em nome de laranjas e que os sujeitos presos em Mogi, embora não aparecessem nos documentos constitutivos e deliberatórios da entidade, eram efetivamente os seus controladores.

    Nesta quinta-feira (23), os suspeitos permaneciam presos na sede do Deic em São Paulo, mas devem ser encaminhados ao Maranhão pela Polícia Civil, para que fiquem custodiados no sistema prisional maranhense à disposição da 1ª Vara Criminal de São Luis, especializada em crime organizado, responsável pela decretação das medidas cautelares e pela supervisão da investigação.

    Eles devem responder, segundo a polícia, pelos crimes de organização criminosa, peculato, falsidade ideológica e uso de documento falso.

    A Polícia Civil segue no rastro do dinheiro desviado, tendo inclusive solicitado à Justiça, o bloqueio de bens e contas bancárias dos envolvidos, a fim de restituir aos cofres públicos os valores milionários criminosamente desviados.

    O G1 tenta contato com a defesa dos suspeitos presos.

    Acordo

    No último dia 3 de agosto, um acordo garantiu a indenização de mais de 7 mil empregados da Biosaúde. No documento foi firmado que a Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (EMSERH) ficará responsável pelos pagamentos das indenizações referentes aos meses de dezembro de 2017, janeiro, fevereiro e março de 2018.

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    Campanha de Flávio Dino usou banca de mingau como produtora de vídeo e gastou mais de R$ 1 milhão

    Reportagem da revista IstoÉ mostra que a campanha de 2014 do governador Flávio Dino usou R$ 1,3 milhão para produção de vídeo em endereço que funciona até hoje a uma banca de mingau na periferia de São Luís; confira abaixo:

    IstoÉ

    Valquíria dos Santos vende mingau de milho na sua lojinha da periferia de São Luis, mas no seu endereço “funcionava” uma empresa de vídeo fantasma para onde o governador Flávio Dino destinou verbas de R$ 1,3 milhão na campanha de 2014

    Com um discurso centrado no combate à corrupção e privilégios, o candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, vem cortando um dobrado para explicar por que tinha uma funcionária em seu gabinete, Walderice Santos da Conceição, que vende açaí na Vila de Mambucaba, em Angra dos Reis (RJ), na hora do expediente — popularmente conhecida como Wal do Açaí. No Maranhão, ISTOÉ localizou outra Val, que deverá dar dor de cabeça a outro candidato, o governador Flávio Dino (PCdoB), aspirante à reeleição. Valquíria dos Santos é personagem de uma representação contra Dino que tramita na Procuradoria Geral da República (PGR). De acordo com a denúncia, Dino teria utilizado uma empresa de fachada para dissimular a destinação de R$ 1,3 milhão recebidos na sua campanha para governador em 2014. As notas fiscais para justificar o pagamento foram emitidas por uma produtora de vídeo que funcionaria num modesto sobrado de um bairro da periferia de São Luís. No local, não funciona nem nunca funcionou produtora de vídeo. O que lá existe é uma pequena quitanda, que vende alimentos e onde, à noite, Valquíria, a Val de Flávio Dino, vende mingau de milho. De dia, comercializa picolés.

    O MINGAU DA VAL Val tem um comércio humilde em São Luis (MA), onde vende mingau de milho (Crédito:Divulgação)

    Produtora fantasma

    A representação foi movida por um blogueiro do Maranhão, Caio Hostílio, ligado ao grupo de José Sarney, cuja filha, Roseana, disputa com Dino as eleições. Poderia ser mera querela política local se não houvesse de fato elementos que apontam para irregularidades na prestação de contas do governador. Na campanha de 2014, Dino apresentou à Justiça Eleitoral duas notas para a empresa Aldo Oberdan Pinheiro Montenegro–ME, um empreendimento com capital social de R$ 30 mil —, para justificar o gasto de R$ 1,3 milhão feito junto à suposta produtora de vídeo.

    Segundo a representação, no dia 9 de julho de 2014 o Comitê Estadual do PCdoB recebeu créditos da ordem de R$ 1,3 milhão. No mesmo dia, o Comitê de campanha de Dino repassou igual valor à empresa Aldo Oberdan por meio do pagamento de duas notas fiscais, uma de R$ 800 mil e outra de R$ 500 mil. Como endereço da empresa, constava o sobrado amarelo no bairro Tirirical, na periferia de São Luis.

    ISTOÉ esteve no local. Ali moram pessoas humildes, e nenhuma delas sabe operar uma câmera de vídeo. Em vez de produtora, o que existe ali é um pequeno comércio, que vende apenas produtos enlatados, itens de limpeza, picolés baratos e água mineral. À noite, Valquíria dos Santos, de 31 anos, a Val de Flávio Dino, a dona do comércio, aumenta sua renda vendendo mingau de milho. Quando dá tempo, ela também faz churrasquinhos.

    Val é conhecida na região. Não como comunicadora, mas pelo sabor de seu mingau. Ela mora no sobrado desde criança. Viu a localidade crescer e hoje está desempregada, motivo pelo qual resolveu criar a pequena lojinha que toca com a mãe. Campanha política? Val nunca fez. “Só vejo pela TV”, disse Val. Obviamente, ela não tem a menor ideia do destino dos R$ 1,3 milhão que tinham como endereço uma firma “instalada” na sua casa. “Se tivesse pelo menos uma parte desse dinheiro, eu não estaria aqui com este comércio. Estaria em um spa, cuidando da beleza”, brincou Val, em conversa com ISTOÉ.

    Aldo Oberdan, pelo menos, é alguém que existe, de fato. É funcionário do governo do Maranhão. Na época da suposta contratação do serviço, recebia da Secretaria de Saúde do Maranhão um salário de R$ 2,7 mil. Oberdan até faz vídeos para complementar sua renda. Não para campanhas, mas de festas de aniversário e casamentos, por valores irrisórios. Em sua defesa, Oberdan afirmou que, na realidade, emprestou o CNPJ de sua empresa para outra pessoa, Carlos Miranda, empresário do meio de comunicação que também já fez serviços para o governo maranhense. “Eu não sabia que na época da campanha, eles (PCdoB) tinham feito um depósito no nome da empresa”, explicou Aldo ao MP. “Não dei autorização para que meu nome fosse usado dessa forma”, complementou.

    O comitê estadual do PcdoB destacou que o episódio “é mais um, dentre tantos outros, patrocinados pelo grupo político que dominou por mais de 50 anos o Maranhão e que tenta macular o processo eleitoral, em face da iminente derrota”. Pode até ser que o caso tenha sido explorado pela família Sarney, mas está cada vez mais difícil para Flávio Dino explicar por que a produtora da campanha foi parar na casa da Val, a moça do mingau do bairro Tirirical.

    A “laranja” do governador

    > A empresa de Oberdan fazia vídeos de casamentos, mas nesse dia emitiu duas notas fiscais para o comitê de campanha do PCdoB-MA: uma de R$ 800 mil e outra de R$ 500 mil. Nas notas fiscais, o valor era referente ao pagamento de “produção de material audiovisual para veiculação no horário eleitoral gratuito n rádio e TV”

    > À Receita, a empresa disse funcionar no bairro Tirirical, periferia de São Luis, mas na verdade lá funcionava e ainda funciona um mercadinho que vende mingau à noite e sorvete e outros mantimentos de dia, pertencente à Valquíria dos Santos, a Val de Flávio Dino

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    Dinheiro de emenda de ex-deputado para Esperantinópolis tomou Doril e sumiu; confira a denuncia

    A deputada Ana do Gás ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa, na semana passada, para denunciar o sumiço da verba de R$ 500 mil de uma emenda do ex-deputado Raimundo Louro, que em 2014 informou a destinação do recurso para um povoado de Esperantinópolis. Mesmo com notícias publicadas sobre obras, ficou constatado que apenas dez carradas de barro foram colocadas em uma estrada de 2 km. O dinheiro sumiu, mas restou o silêncio de Raimundo Louro e do Filho Vinícius Louro. 

    Para piorar a situação, o então prefeito Raimundinho, aliado de Raimundo Louro e Vinícius Louro, à época, não conseguiu prestar contas do recursos e, por isso, o município entrou para o clube dos inadimplentes.

    Ana do Gás aproveitou para mostrar os documentos que comprovam suas emendas levando recursos para Esperantinópolis, assim com as do deputado Pedro Fernandes.

    Confira abaixo a denúncia oferecida pela deputada:

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    Bomba! Irmão de deputado é citado na carta deixada por Mariano por desvio na saúde

    Um irmão de um deputado estadual do Médio Mearim foi citado na carta feita por Mariano Santos (foto abaixo), que recorreu ao suicídio em Teresina em 12 de abril deste, como um dos integrantes da máfia que desviou recursos de um hospital daquela região maranhense.

    A carta, que encontra-se em poder da Polícia Civil do Piauí, não foi revelada na sua totalidade por causa do segredo de Justiça.

    Porém, o Blog do Luis Cardoso obteve informações seguras de que em um dos trechos, o irmão do parlamentar é citado por desvio de fabulosas quantias, mas não foi arrolado na operação “Pegadores” da  Polícia Federal que levou à prisão funcionários influentes da Secretaria de Saúde, como Mariano Santos e Rosângela Curado, além de vários outros.

    O médico citado tem empresa de pagamentos de colegas que trabalham no estabelecimento regional, assim como posses elevadas não condizentes ao seu salário.

    Além disso, o cirurgião plástico acumula funções em outras hospitais do interior do Maranhão.

    Estranho suicídio hoje de médico operador do esquema que desvio R$ 18 milhões da Saúde do Maranhão

    “A culpa não pode ficar só comigo”, diz em carta médico que recorreu ao suicídio ontem

    Desvio de dinheiro da Saúde: veja a relação das pessoas e empresas que tiveram as contas e os valores bloqueados

    Operação da PF apurou desvio de recursos da Saúde do Maranhão em R$ 18 milhões

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    Perícia confirma suicídio do médico Mariano e a autoria da carta deixada por ele

    A Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa do Piauí divulgou hoje o resultado da perícia que confirmou o suicídio cometido pelo médico Mariano de Castro, cometido no dia 12 de abril deste ano, em um apartamento na cidade de Teresina. O delegado Francisco Baretta, titular da DHPP, informou também que os exames comprovaram também que a carta encontrada ao lado do corpo do médico é de autoria dele, o que deve causar insônia em alguns agentes públicos da Secretaria de Estado de Saúde do Maranhão.

    O médico, segundo o delegado, recorreu ao suicídio preocupado com as investigações federais sobre o desvio de R$ 18 milhões da Saúde do Maranhão, da qual ele era o principal acusado. As investigações, que correm sob sigilo, apontam a participação de diversos funcionários da Saúde, inclusive alguns mais graúdos.

    Baretta informou que, com a morte do médico, a preocupação agora será transferida para os que participaram da corrupção com o dinheiro público no Maranhão. “Esse país não comporta mais corrupção e, por isso, os culpados devem ser investigados e punidos como determina a lei”, avisou.

    Aguardem novas informações.

    Desvio de dinheiro da Saúde: veja a relação das pessoas e empresas que tiveram as contas e os valores bloqueados

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    Prefeito Sidney enrolado em mais um esquema de corrupção em Anajatuba

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    Presos ex-prefeito, ex-primeira-dama, ex-secretário, pregoeira, e vereador em operação em São Luís e interior

    A operação de buscas, apreensões e prisões levadas a efeito pelo Geaco, aconteceram em São Luís e Santa Quitéria. Um vereador, a pregoeira, ex-prefeito, ex-primeira dama e ex-secretário foram presos hoje de manhã aqui na capital em em Santa Quitéria. Eles são acusados de fraudes em licitações.

    Operação foi realizada na manhã de hoje

    O Ministério Público do Estado do Maranhão (MPMA) e a Superintendência Estadual de Prevenção e Combate à Corrupção (Seccor), realizaram na manhã desta quinta-feira, 19, uma operação conjunta para cumprir mandados de busca e apreensão e de prisão temporária. A ação aconteceu simultaneamente nos municípios de São Luís e Santa Quitéria. Os mandados foram expedidos pelo juiz da 1a Vara Criminal de São Luís.

    Documentos foram apreendidos

    A Promotoria de Justiça de Santa Quitéria, a 2ª Promotoria de Justiça Criminal de São Luís e o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) requereram as medidas cautelares. Segundo o promotor de justiça Luiz Eduardo Braga Lacerda, “há indícios da existência de uma organização criminosa estruturada, com divisão específica e ordenada de tarefas, objetivando a prática de crimes relacionados a fraudes em processos licitatórios, desvio e apropriação de verbas públicas na gestão do ex-prefeito Sebastião de Araújo Moreira. Tudo com a participação de agentes públicos e particulares do município”.

    Computadores também foram apreendidos

    O Procedimento Investigatório Criminal apurou que o município de Santa Quitéria realizou procedimentos licitatórios para a contratação de serviços de manutenção veicular e de locação de veículos. A licitação teria sido direcionada para beneficiar a empresa Translumar- Limpeza Urbana e Transporte Maranhense. As irregularidades foram cometidas na gestão do ex-prefeito Sebastião Araújo Moreira.

    Durante as investigações, foi constatado que a Translumar não exercia suas atividades no endereço indicado como sua sede, não possuía veículos cadastrados em seu nome e que tivessem as especificações contidas no Edital e não possuía funcionários registrados. Foi identificado, ainda, que o município de Santa Quitéria realizou pagamento em favor da empresa no valor aproximado de R$3.255.000,00 (três milhões duzentos e cinquenta e cinco mil reais). Luiz Eduardo Braga Lacerda explicou que “o pagamento foi feito sem a prestação dos serviços e com ausência de empenho prévio, representando efetivo dano ao erário municipal.”

    Muitos documentos foram apreendidos

    Foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas residências dos investigados Sebastião de Araújo Moreira (ex-prefeito), Dalila Pereira Gomes (ex-primeira-dama), Keller Bernardo Aquino da Silva (ex- secretário municipal de Educação e Administração), Eliza dos Santos Araújo Lima (ex-pregoeira), Osmar de Jesus Costa Leal (ex-prefeito e liderança política na região) e Luís Henrique Almeida Lopes (sócio da empresa TRANSLUMAR – Limpeza Urbana e Transporte Maranhense).

    Durante a operação, Dalila Pereira Gomes, Keller Bernardo Aquino da Silva, Eliza dos Santos Araujo Lima, João Francisco Amorim Moreira foram presos. O vereador Francisco das Chagas Silva, conhecido como “Chico Motorista”, foi preso em flagrante por posse de arma de fogo. O contador Osmar de Jesus foi preso por posse de arma de fogo e usurpação de documentos públicos. Ele estava de posse de processos licitatórios completos. Luís Henrique Almeida Lopes está sendo procurado.

    O promotor de justiça Marco Aurélio Cordeiro Rodrigues, membro do Gaeco, detalhou que “a operação foi realizada para apreender documentos, computadores e outros objetos relacionados à possível conduta delituosa, e para identificar outros integrantes da organização criminosa. Diante das evidências da prática do crime de lavagem de dinheiro, queremos saber a destinação dos valores desviados, e entender o papel desempenhado por cada um dos agentes da organização.”

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