Quando dezembro chegou trazendo a esperança de que as festas privadas de Réveillon poderiam acontecer, ainda mais considerando que São Luís é a capital do país com menor índices de letalidade pela Covid-19, produtores não mediram esforços para realizar o evento da entrada do novo ano. 

Operários foram contratados para a implantação de cenários caríssimos e criativos. Custo alto com sistemas de luz, som e palcos, além das suítes para abrigarem melhor os participantes. Confecção de ingressos e gastos com empresas de divulgação e influencer digitais.

Fora disto, as contratações de bandas nacionais com cachês não menos que R$ 150 mil cada, além dos cantores da terra. Tudo pago 50% no ato da assinatura do acordo. Ainda teve o aluguel de espaços privados, pagos antecipadamente. Em tempos de crise, o jeito foi tomar empréstimos, alguns até com agiotas.

Mas o que dava aos produtores a certeza de que teríamos as festas liberadas? As manifestações políticas realizadas entre outubro e 15 de novembro, como comícios, carreatas e passeatas com até 15 mil participantes sem máscaras nos bairros de São Luís, por cada dos quatro principais candidatos ao cargo de prefeito.

Mais que isto: pelo silêncio e proteção do Executivo aos eventos políticos, tendo em um  deles para mais de 8 mil pessoas a presença do secretário de Saúde, Carlos Lula, sem o uso da máscara. Tudo acontecia diante dos olhares fechados do Ministério Público. Sem contar que tivemos na ilha um festival de música em várias etapas, cada uma com público mínimo de 1.500 pessoas.

Faltando uma semana para a festa, eis que o MP abre os olhos e pede ao Executivo medidas rigorosas contra os eventos. Por causa de uma festa que acontece uma vez por ano, diferente dos comícios que eram realizados todos os dias. Aí veio o pior: formação de uma força-tarefa com membros do MP, Vigilância Sanitária e Polícia Militar para interditar as festas e prender seus responsáveis.

Ingressos estavam sendo vendidos e a população, que passou muito tempo em casa, querendo entrar o ano novo em lugar festivo e seguro, também sofreu com a medida. E agora não sabe mais onde ir.

E por qual razão não informaram as medidas drásticas ao menos um mês antes para evitar custos e derrubar sonhos? É preciso que se diga que, apesar dos comícios lotados e sem máscaras, o Maranhão continua em níveis baixos de infecções e mortes.

Mas o Ministério Público, querendo mostrar serviço fora do tempo, criou o novo lockdown no nosso Réveillon e não tem a coragem de interditar praias, exigir regras para as feiras e mercados e muito menos para ruas comerciais ou shoppings.


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