A Prefeitura de São Luís está com 330 agentes de saúde nas ruas da capital realizando diretamente o trabalho de combate à dengue. A estratégia, que visa impedir a proliferação do mosquito Aedes aegypti durante o período chuvoso, tem agora uma nova preocupação: a prevenção contra o Chikungunya, novo vírus que também é transmitido pelo mosquito Aedes aegypiti, provocando sintomas ainda mais intensos no organismo humano.

As ações de prevenção e combate à dengue e a febre Chikungunya, executadas pela Secretaria Municipal de Saúde (Semus), visam a obter este ano resultados satisfatórios como os do ano passado, quando conseguiu reduzir em 17% os casos de Dengue e em 66% o índice de registros graves da doença, somente nos primeiros dez meses de 2014.

Segundo o coordenador do Programa de Combate à Dengue na capital, Pedro Tavares, os números da última tomada de dados sobre dengue em São Luís já constatam uma redução nos casos notificados. Ele informa que de janeiro a meados de março deste ano, foram registrados 67 casos da doença. Já no mesmo período do ano passado, o número de casos notificados chegou a 192. “Analisando esses dados, já podemos verificar que houve uma diminuição significativa nas ocorrências”, disse Tavares.

O compromisso da Prefeitura em combater a doença habilitou São Luís a ser oficializada pelo Ministério da Saúde como uma das 10 cidades brasileiras que serão referência no Plano de Contingência de Estudo para o Controle da Dengue. De acordo com Pedro Tavares, a capital maranhense já registrou em anos passados índices de infestação predial do mosquito Aedes aegypiti chegando a 12%. Hoje, esse número é 1%, conforme relatório do Ministério da Saúde, um patamar de médio risco considerado satisfatório pelo MS. (de 0 a 0,9 é baixo risco; de 0,1 a 3,9 é médio risco; acima de 3,9 o índice indica alto risco de infestação).

“Mesmo com essa significativa redução, não baixamos a guarda e a nossa meta é reduzir ainda mais o índice de infestação”, enfatizou o coordenador.

A vigilância permanente é uma determinação do prefeito Edivaldo, para que sejam mantidas as ações positivas que deram resultados satisfatórios no ano passado, quanto ao controle da dengue na cidade, e incentivar à comunidade a tomar os cuidados necessários, como a remoção de objetos sem utilidade dos quintais.

Uma das ações que fazem parte da estratégia de controle da doença em São Luís é a Operação “Bota Fora”, que consiste no recolhimento de volumosos acumulados em fundos de quintais, materiais sem serventia potenciais criadouros do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da doença. Além disso, os agentes visitam locais que apresentem possíveis focos, fazendo o tratamento focal e levando orientações à população. A ação é realizada em parceria com a Secretaria de Obras e Serviços Públicos (Semosp).

A programação do Bota Fora segue um cronograma de cobertura para atender todos os bairros da capital. Nesta sexta-feira (13), a ação aconteceu nas vilas Alexandra Tavares e Cotia. Nos próximos dias, a Operação Bota Fora chega aos bairros Pontal da Ilha (17); São Cristovão (18 e 19); Vila Funil (24); Vila Itamar (25); Recanto Verde (26); Vila Esperança (31); Vila Sarney, Vila Industrial e Primavera (01/04); Jaracati (07/04); São Francisco de Cima (08/04); São Francisco de Baixo (09/04); Ilhinha e Ana Jansen (14/04); Sacavém (15/04); Bom Jesus (16 e 17/04); Vila Conceição/Coroadinho(22/04); Coroadinho (23 e 24/04); Coheb Sacavém(28/04).

Outra importante ação executada pela Semus é a vistoria em cemitérios, sucatas, ferros velhos e borracharias, onde são avaliadas as condições de armazenamento dos pneus. O carro-fumacê também segue programação regular de borrifação de inseticida nos bairros da capital.

As visitas domiciliares são o grande carro-chefe do programa de combate à doença em São Luís, para detecção de focos e criadouros do Aedes Aegypti, orientação aos moradores e a prevenção do problema. São realizadas em média de 800 a mil visitas por mês a residências, onde também são repassadas informações sobre as formas de prevenção da doença.

Além das operações específicas de combate à proliferação do mosquito, a Semus desenvolve ainda o Programa de Educação em Saúde, nas escolas públicas e particulares, por meio de palestras para conscientização dos alunos a respeito das formas de prevenção e como cada um pode fazer a sua parte para evitar o problema.

A residência da dona de casa, Elizângela Mafra dos Santos, 41 anos, foi uma das que foram visitadas nesta sexta-feira pelos agentes de saúde, no bairro João Paulo. “Eu sempre recebo bem os agentes porque sei que é um trabalho muito importante para evitarmos essa doença”, disse.

O almoxarife Guilherme Mendes, 32 anos, compartilha da opinião. “É importante permitir a entrada dos agentes, porque quem resiste ao trabalho dos profissionais no combate à dengue não está prejudicando apenas a si mesmo, mas a todos os moradores a sua volta”, disse ele.

Para a técnica de enfermagem, Léia Azevedo, 42 anos, o trabalho de combate a dengue feito nos domicílios ajudou sua família a compreender melhor como evitar o problema. “Eu sigo agora todas as orientações dos agentes. Meu quintal está sempre limpo e sem recipientes que possam acumular água parada”, relatou.

DIA D DE MOBILIZAÇÃO

No início de fevereiro, a Prefeitura realizou o Dia D de mobilização para controle da Dengue e Febre Chikungunya, conforme orientação do Ministério da Saúde. O evento teve concentração na Praça Deodoro e na Cidade Olímpica, além de atividades nos sete distritos da cidade (Centro, Coroadinho, Cohab, Bequimão,Tirirical, Vila Esperança e Itaqui-Bacanga).

Além de visita de agentes a residências para identificar possíveis criadouros do mosquito, fizeram parte das ações panfletagem nos Terminais de Integração e orientação sobre a prevenção da dengue e da febre chikungunya.

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Operação “Bota Fora”


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