Definitivamente o candidato Eduardo Braide não sabe conviver com o contraditório e nem permite ser alvo de críticas, sob pena de processos. Esse comportamento não cabe mais nos regimes democráticos. Depois de incentivar médicos a processarem blogueiros e mentir que vem ganhando todas as causas contra os blogues, o candidato anunciou ter entrado com uma ação contra a TV Difusora por achar que a emissora o persegue e ainda denunciou ao SBT nacional o uso político da TV pelos novos arrendatários.

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Ora, Braide é um homem público e como tal deve ser elogiado ou criticado. Na sua gestão à frente da Caema, segundo o líder sindical Marcos Silva, trabalhadores andavam em cima das carrocerias de caminhões e não ganhavam nem o mínimo nacional. E qual a razão do Dr. esconder tal fato? O atual presidente da Caema, Davi Telles, afirmou que na gestão de Braide não foi colocado um metro de cano e nem ligações foram feitas. E por que ele não processa Telles.

O Ministério Público Federal do Maranhão, após receber relatório da Prefeitura de São Luís dando conta da falta de condições de balneabilidade das nossas praias, sentenciou a Caema a fazer o trabalho de esgotamento sanitário, em 2005, na gestão de Braide. E em 2006, após a saída dele, condenou a companhia. Ele nega. Então que processe o MPF. Ou não tem coragem?

Braide se diz independente e não aceita acordos com os que fazem a velha política. Agora ele se comporta assim, mas no primeiro turno da campanha procurou apoio de Roseana Sarney, João Alberto, deputado Adriano Sarney, além do suplente de senador garantir que Braide sempre pertenceu ao grupo Sarney. Ele admite ter conversado com os políticos, depois que a máscara caiu, mas não tem coragem de processar nenhum deles por calúnia ou difamação.

Então, qual a razão de partir pra cima dos profissionais da imprensa e agora dos veículos de comunicação? Somos nós os que ecoamos as reclamações das comunidades, a vozes das angústias das ruas e, na ampla maioria, quem obriga os gestores a equacionar os problemas.

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Se apenas como candidato, o deputado Eduardo Braide quer calar a imprensa da nossa terra, imaginem se for eleito prefeito.

Então, amigo leitor, como poderemos denunciar a situação de uma rua esburacada, de um hospital municipal sem atendimento, de escolas fechadas, numa gestão ditatorial que vive processando jornalistas, blogueiros e agora até os próprios veículos de comunicação?

Isto é um fato inédito em todo o Brasil. E vem acontecendo exatamente em São Luís, a capital do Maranhão. Não há liberdade sem a livre manifestação de expressão.

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Celso de Mello afirma que o exercício da liberdade de imprensa “não é uma concessão das autoridades” e sim “um direito inalienável do povo”.

O decano do STF,  lembrou que o exercício da profissão, “assegura ao jornalista o direito de expender crítica, ainda que desfavorável e em tom contundente, contra quaisquer pessoas ou autoridades”.  E que, “nenhuma autoridade, mesmo a autoridade judiciária, pode estabelecer padrões de conduta cuja observância implique restrição aos meios de divulgação do pensamento”.


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