João Melo e Sousa Bentivi

Em política os gestos valem muito e falam muito mais. Nessa semana, um fato relevante foram as visitas que a deputada Elisiane Gama fez a Universidade Ceuma, UFMA, Hospital Dutra e ao BIL.

Inicialmente, gosto muito da jovem deputada e acompanho a sua brilhante trajetória desde os bancos da amada Assembleia de Deus, até aos píncaros da glória do Congresso Nacional.

Mas não deixa de causar um espanto, quando a deputada convida esses entes citados a participarem da construção do seu programa de governo. Confesso que fiquei atônito e preocupado.

Imaginem a UFMA assumindo o programa de Elisiane, o coronel com a bandeira da deputada no quepe e o hospital com uma faixa de Elisiane na entrada. Exagero? Nunca. Pois se alguém faz o ato maior – formular um plano de governo para um candidato – as coisas menores serão previsíveis, como, por exemplo, os veículos do Exercito Brasileiro e as ambulâncias do Dutra, com faixas, na carreata política da deputada.

O que mais me chamou a atenção não foi o pedido da parlamenta, mas o silêncio e sorriso complacentes das autoridades. Deveriam, em respeito aos preceitos republicanos, o coronel e os diretores colocar as coisas nos seus devidos lugares. Dizer prontamente que hospital, universidade e quartel estão proibidos de participar de campanha eleitoral, de quem quer que seja, deputado ou não. Em algum local, que por desejo próprio não quero recordar onde, existe uma proibição para funcionário público que deixa de praticar ato de ofício para satisfazer interesse ou sentimento pessoal. Dizer a verdade para a deputada era ato de ofício!!!

O BIL, o Dutra, a Universidade Ceuma e a UFMA podem participar da campanha eleitoral, desde que não carreguem nenhum candidato debaixo do sovaco. Chamem todos para o debate, juntos ou separados, e estarão contribuindo com a democracia e com a comunidade. O que não podem é servir de moldura a um só candidato e participar da formulação de políticas de uma só pessoa. O silêncio dessa turma rima com confissão de culpa.

Outro fato que me chamou a atenção foi a COMISSÃO DE NOTÁVEIS: Natalino, Marlon e Nagib.

Os três possuem qualidades de sobra e são, independentes de suas origens, agora, perfeitos representantes da classe dominante. São tops, vips, masters, etc. etc.

Pode parecer, de plano, algo lógico nessa postulação da deputada!

Entretanto esse fato, que se parece tão simples, mostra a diferença abissal de visão de mundo entre a candidatura da deputada e a pré-candidatura do PHS, leia-se João Bentivi.

Começamos a nossa pré-campanha ouvindo as comunidades carentes do Itaqui-Bacanga. Os ricos e afamados dependem muito pouco da prefeitura, os pobres e necessitados dependem demais da prefeitura. Portanto a esses devemos primeiramente e primordialmente ouvir. O que os notáveis de São Luís sabem sobre Tauá-Mirim ou Vila Cascavel?

O meu currículo, a minha vida pessoal e profissional me colocam como “notável” em qualquer lugar do Brasil, mas o que mais me orgulha é recordar o menino que fui, no Alto de São José, em Pedreiras, filho de um açougueiro e uma dona de casa analfabeta; o camelô da feira do João Paulo, morador na casa simples na rua dos Tapajós, 09, nos Barés; o aluno da escola pública que chegou a Faculdade de Medicina. O resto de minha vida foi mera consequência e a mão de Deus operando.

Quando inicio uma caminhada pelo Anjo da Guarda é para dizer a mim mesmo, agora “notável”, que tenho que aprender e reaprender com o povo. E como tenho aprendido!

Na nossa caminhada haverá notáveis, sim. Mas os notáveis só serão notáveis, se antes ouvirem o povo; se antes sentirem o que o povo sente; se antes pensarem como o povo pensa.

Em respeito a esse povo sofrido, o lema do PHS, tanto do pré-candidato a prefeito, quanto dos pré-candidatos a vereador é: falar o que pensa, para fazer o que fala.

Falar a verdade é falar a linguagem do povo.

Quase finalizando essa matéria, os blogs alinhados a a deputada Elisiane (com o consentimento dela, é claro) informavam que ela era a candidata do Aécio Neves. Pensei: grande apoio. Mas ao ler a notícia tive que sorri. Um acordo político dessa envergadura não pode ocorrer em

recepção de comes e bebes, tampouco em momentos de descontração. A política pode até ter bandidos, mas os acordos políticos são sérios. Foi somente uma brincadeira com raias de infantilismo e o futuro de São Luís é tão incerto que não admite brincadeiras.

O deputado Neto Evangelista colocou as coisas nos devidos lugares: o PSDB tem candidato. A deputada não precisa dizer nada. Tudo foi dito.

No mais, boa campanha eleitoral a todos os pré-candidatos, de maneira especial aos amigos Wellington do Curso, Fabio Câmara e Rose Sales.


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