A morte do vigilante Yul Brinner Almeida Araújo (foto) credita-se inicialmente às pessoas que imbecil e covardemente acham que fizeram Justiça com as próprias mãos, mas também tem que se levar em conta a negligência médica.

Da forma como foi espancado na cabeça, não era uma caso de atendimento rápido e superficial na Unidade Mista de Saúde do bairro Bequimão e depois entregue para policiais que levaram o rapaz de 25 anos para a Delegacia do Bequimão, onde teve fortes convulsões e de lá saiu para a morte, no Socorrão II.    

image

Há três anos e meio, o jovem Yul Brinner deixou sua cidade natal, Pedreiras, para morar e estudar aqui em São Luís. Deixou lá em filho de oito anos e um casamento desfeito.

Aqui trabalhava como vigilante, que era a profissão que mais gostava. Mas o convívio com as drogas mudaram completamente sua vida, mas nada que apontasse para assaltos, roubos, ou outras prática criminosas.

Ele vinha fazendo tratamento contra o vício, mas no natal passado teve uma recaída. No dia cinco deste mês bebeu todas e usou drogas, além de Diazepan. Amanheceu o dia 6 completamente transtornado, segundo os familiares. Saiu do apartamento onde residia, na Alameda V Condomínio Atlântico, no Bequimão.

Tomou um ônibus e ainda na área do Bequimão arrancou das mãos de uma passageira um celular, embora tenha um aparelho novo dado pela irmã em dezembro. Estava irreconhecível por causa da droga ainda do dia anterior. Estava indo buscar remédio no Caps do Monte Castelo para aliviar os sintomas das drogas, antes de surtar.

Assim que desceu do coletivo correndo,  próximo de uma borracharia foi alcançado por três irmãos que acompanhados por outros iniciaram a sessão de linchamento, com chutes na cabeça. Como estava muito drogado, não pode fazer nenhuma reação, como mostra o vídeo publicado ontem aqui e retirado depois do episódio relatado por uma das irmãs.

Muitas pessoas gritavam para parar com o espancamento e até um rapaz tentou apaziguar, mas quase foi espancando também. Ele, então, foi chamar uma viatura que levou Brinner para a Unidade Mista do Bequimão. Lá não existe prontuário em nome da vítima e o atendimento foi rápido e superficial, sem levar em conta as pancadas recebidas na cabeça e relatada pelos policiais militares.

Foi o jeito, então, levar o rapaz para a Delegacia do Bequimão, onde teve fortes convulsões e foi encaminhado para o Socorrão II. Na delegacia os familiares estiveram no local, mas não foi possível olhar o parente. Ele ficou preso das 10h30 até às 13h30. No Socorrão foi a mesma coisa. Ninguém teve acesso a vítima. Já pela manhã foi pedido um documento do rapaz e informaram que ele veio a óbito 4h30 do dia 7 deste, mas a família foi informada por funcionários conhecidos que a morte foi bem antes, tanto que não havia mais circulação para a colocação de formol por causa do tempo.

A partir de amanhã a família começa a percorrer os caminhos do Ministério Público e da Justiça para que sejam esclarecidos quais os culpados pela morte de Yul Brinner de Almeida Araújo.

IMG-20160110-WA0059


ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Neto Ferreira A deputada estadual Mical Damasceno (PSD) reagiu mal ao tomar conhecimento da nota do ...
Blog O Estado O empresário e pré-candidato a prefeito de Paço do Lumiar Fred Campos bloqueou ...
Ato, organizado pela Fetaema, em ação conjunta com todos os 214 sindicatos filiados à entidade, contou ...
Mandado de busca e apreensão foi cumprido na cidade de Grajaú/MA; Grajaú/MA. A Polícia Federal deflagrou, na ...
O fato é triste e preocupante, mas São Luís tem dois dias sem vacina para a ...

Acompanhe o Blog do Luis Cardoso também pelo Twitter™ e pelo Facebook.