Cobranças sobre ponte fantasma colocam Edivaldo no dilema: roubo ou estelionato?

    Prefeito afirma que não havia verba, mas fez lançamento de obra e ainda colocou placa de construção.

    YURI ALMEIDA

    Atual7

    As cobranças feitas pelo deputado estadual Wellington do Curso (PPS) sobre a falta de transparência e o destino de recursos públicos para a construção da ponte fantasma sobre o Rio Gangan, a Pai Inácio, mostram que o prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT) entrou num dilema que deve custar o seu projeto de reeleição: Edivaldo roubou dinheiro público ou cometeu estelionato eleitoral?

    Placa colocada por Edivaldo Holanda Júnior em 2013 mostra que havia, sim, recursos para a construção da ponte Pai InácioCADÊ O DINHEIRO QUE ESTAVA AQUI? Placa colocada por Edivaldo Holanda Júnior em 2013 mostra que havia, sim, recursos para a construção da ponte Pai Inácio

    “Na semana passada, demos entrada em três requerimentos, solicitando informações ao Ministério das Cidades, Tribunal de Contas da União e Prefeitura de São Luís que solicitava informações sobre a aplicação do crédito de R$ 7.981.898, 60. Após tal solicitação, na tentativa de justificar o descaso para com o bem público municipal, a prefeitura afirmou que os quase oito milhões destinados pelo governo federal para a revitalização do Rio Gangan não contemplavam a construção da ponte.

    Ora, se o crédito não ‘contemplava’ a obra, por que realizou-se o hipotético lançamento de construção da Ponte?  Se o recurso não era para a Ponte por que que, no dia 14 de outubro de 2013, realizou-se o lançamento da construção da obra?”, indagou o parlamentar.A situação do prefeito de São Luís, que deve agora responder para a população qual das duas ações praticou, ficou mais complicada nessa terça-feira 1, quando Wellington, único dos 42 parlamentares da Casa que tem se atentado para o caso, solicitou ao Executivo municipal informações da obra sobre a obra fantasma,

    Flávio Dino usa interbairros para esconder ponte fantasma de R$ 1 milhão de Edivaldo. O entendimento preciso do parlamentar é simples: se Edivaldo Júnior afirmou que os quase oito milhões destinados pelo Ministério das Cidades para a revitalização do Rio Gangan não contemplavam a construção da ponte, e não havia verba municipal para a obra, o pedetista precisa explicar então porque colocou uma placa no local e afirmou que as obras já estavam sendo encaminhadas.

    Placa da ponte fantasma de Edivaldo Holanda Júnior, já no chão. Já o dinheiro que a própria placa informa ser do tesouro municipal, ninguém sabe onde caiuCADÊ O DINHEIRO QUE ESTAVA AQUI? Placa da ponte fantasma de Edivaldo Holanda Júnior, já no chão. Já o dinheiro que a própria placa informa ser do tesouro municipal, ninguém sabe onde caiu
    HILTON FRANCO CADÊ O DINHEIRO QUE ESTAVA AQUI? Placa da ponte fantasma de Edivaldo Ho

    Embora faça parte da base do governador Flávio Dino (PCdoB) na Assembleia, ao se pronunciar sobre novos pedidos de informações públicas, Wellington questionou também sobre os processos licitatórios e verbas para a construção da ponte sobre o Rio Gangan, que já se iniciou, mesmo sem ter havido processos legais obrigatórios, como o ambiental e de licitação.

    “Se não havia recurso para a construção, por que divulgar o lançamento da referida ponte? Embora os fatos venham a convergir para a possibilidade de estelionato eleitoral, eu insisto em solicitar informações.

    Por isso, protocolamos mais dois requerimentos na manhã de hoje: um para a Caixa Econômica Federal e outro para a Prefeitura. Se não havia recurso, como a gestão municipal alegou, como explicar o fato do prefeito de São Luís ir, no último dia 24, lançar a ponte novamente? Ante isso, eu pergunto: a obra foi iniciada agora, em agosto, com qual verba? Com qual processo licitatório? Onde está o procedimento de licitação da obra cuja ordem de serviço foi lançada no dia 24? Qual o valor total dessa obra? E os projetos? Sabe-se que, para licitar uma obra, é necessário, no mínimo, um projeto básico. Cadê o projeto básico? Qual origem dos recursos para pagamento desse contrato?”, questionou.

    Diante dos questionamentos de Wellington do Curso, o prefeito Edivaldo Holanda Júnior precisa explicar para a população – antes mesmo de ter de se explicar para a polícia: afinal, se havia dinheiro e a ponte não foi construída, esse dinheiro foi desviado? Ou, se não havia destinação de verba, e mesmo assim ele prometeu em outubro de 2013 a construção da ponte Pai Inácio e ainda colocou placa de construção no local, ele admite que enganou a população e cometeu estelionato eleitoral?

    Com a palavra, se resolver falar a verdade, o prefeito.


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    4 respostas para “Cobranças sobre ponte fantasma colocam Edivaldo no dilema: roubo ou estelionato?”

    1. RAIMUNDO CALCADA disse:

      Tanta coisa fantasma nessa cidade que até os próprios fantasmas ficam apavorados. Rio Gangan… Onde fica isso? Cada uma. KKKK
      Roubo ou estelionato. Não pode ser os dois, não?

    2. RAIMUNDO CALCADA disse:

      Enquanto isso, a farra continua solta na SECMA. Já vão fazer três meses e o São João 2015 não foi pago.
      Apenas os bois chamados “grandes”, que não chegam a 10. E mais 3 tambores de crioula.
      Isso num universo de dezenas de grupos, que ainda não viram a cor do dinheiro, apesar de terem se apresentado. O curioso é que foi registrado um número de 80 danças portuguesas para receber. Onde elas dançaram, não sabemos.
      Só o Boi de Morros receberá do Estado 40 mil reais. Haja dançada. Fora as extras!
      E o Boi do tal Paulo de Aruanda, que era assessor da Estérica, ex-secretária maluquete, vai receber mais de 40 mil. Ele fazia as programações e tascava o grupo dele. Ganhou tanto dinheiro que abriu um terreiro novo.
      O grupo dele dançou diversas vezes no Palácio e em eventos do Estado. Tinha apresentação em que iam somente com 10 pessoas. A que pontos chegamos…
      Fora isso, pagaram logo as empresas contratadas para os serviços de som, iluminação e palco. E deixaram os grupos culturais chupando dedo. Por quê? Não sabemos. Algum esquema por trás dos panos. Ainda tem gente na SECMA que ganha por fora.
      Sem falar num tal restaurante, cujas despesas entraram nas contas do São João. E não houve licitação pra nada disso.
      No Governo Roseana, os grupos, bandas e cantores eram pagos com 50% antes das apresentações e 50% logo após, mas sempre no mês de junho. No mais tardar, julho.
      Ano passado, os pagamentos deram-se em julho. Tudo de uma vez só.
      Em 2015, só pra bagunçar de vez, o negócio desandou de uma tal forma… Além de não pagar, ficam a iludir os coitados. Inicialmente, saiu uma lista com apenas pouquíssimos grupos. Não deram 15, Prometeram outra lista na semana passada, mas não saiu. Agora, talvez dia 10.
      A SECMA alega que já repassou o dinheiro todo. A Federação Folclórica do Parque da Vila Palmeira, que é quem deveria repassar o dinheiro, responde que não.
      Curioso é que quem assumiu os pagamentos foi a Associação Maranhense de Blocos Carnavalescos (AMBC). Tudo por que a Federação está irregular e não pode pagar ninguém. É muita esculhambação pra pouco barraco.
      No puxa-puxa/encolhe-encolhe, a SECMA diz que quem é responsável pela lista é a Federação. A Federação empurra pra AMBC. Essa diz que a lista parte da SECMA.
      Ninguém sabe nada. Ninguém entende nada e desconhece a quem recorrer. Advogados estão sendo acionados. Fala-se em fazer protestos, passeatas, fechar a Avenida Beira-mar ou se amarrar às portas da SECMA, na Rua Portugal, Praia Grande. Alguns deram a ideia de entupir a entrada da secretaria com bois, chapéus, roupas de índias e instrumentos musicais.
      Agora que a SECMA pegou o gostinho do calote ou de pagar bem atrasado, comendo juros, quem garante que não será esse o procedimento do “Governo da Mudança”? Mas, ao assinarem os contratos, os grupos não concordaram com pagamentos tão atrasados. Caso soubessem, dificilmente aceitariam se apresentar sob tais condições. Isso pode dar motivos a centenas de processos.
      Por outro lado, a FUNC vai entrar no terceiro mês sem pagar o São João. Ao menos, ainda está dentro do edital. Prazo que termina agora em setembro. Ou seja, vão torrar uma grana com shows toscos no aniversário da maltratada São Luís, Depois, vão pensar no assunto.

    3. Antonio Magno disse:

      O deputado diz que o povo está querendo explicacão…está mais preocupado em derrubar o prefeito e fica com essa de que o povo deseja saber…aff

    4. Andre Souza disse:

      Enquanto isso o tempo vai passando e propostas para o povo que é bom ele não mostra, isso aí é desculpa pra não fazer nada isso sim.

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