De O Estado

mancha

A Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema) terá que pagar uma multa no valor de R$ 45 milhões em virtude da poluição causada ao Rio Calhau, constatada dia 12 deste mês por O Estado na praia do Calhau. Segundo informou ontem a Secretaria Municipal do Meio Ambiente de São Luís (Semmam), o valor da sanção financeira foi calculado com base no capital social da empresa (cujos valores não foram revelados).

A Semmam confirmou ainda que a Caema foi notificada sobre a obrigatoriedade do pagamento da multa ainda no dia 13 e que, a partir dessa data, a companhia tem um prazo de 20 dias para recorrer da medida. Além da multa, um laudo técnico deverá ser concluído nos próximos dias para confirmar, com detalhes, quais foram os agentes (sejam eles químicos ou biológicos) responsáveis pela poluição (descrita por biólogos como língua negra).

De acordo com o biólogo da Semmam, Júlio Portela, para a conclusão do laudo técnico falta apenas os resultados dos exames laboratoriais feitos nas universidades Federal e Estadual do Maranhão, com base em amostras colhidas no Rio Calhau, na semana passada. “Tudo leva a crer que estes resultados, que deverão sair em até 10 dias, vão confirmar de forma técnica a poluição daquela importante reserva natural da nossa cidade”, disse.

Análise- As amostras para os exames laboratoriais, ainda segundo a Semmam, foram colhidos em um trecho da avenida dos Holandeses (atrás do Supermercado Maciel), no Cohajap e na Praia do Calhau. “É um procedimento padrão para confirmar que, de fato, danificou a água daquela forma. Até para criar uma solução para despoluição do rio”, explicou Júlio Portela.

A direção da Caema não se pronunciou sobre o assunto. Na terça-feira, dia 11 deste mês, e por meio de nota, a Companhia informou que a poluição do Rio Calhau (que chamou atenção de forma imediata nas redes sociais)  foi causada por uma falha técnica na estação elevatória localizada no bairro do Cohajap.

Solução- Ainda segundo a Caema, ainda no dia 11 o problema na estação teria sido solucionado, o que teria evitado, desta forma, a continuidade no lançamento de dejetos no Rio Calhau. Apesar da informação, foi comprovado que, nos dias subsequentes, o problema ainda persistia, dada a coloração escura que a água ainda apresentava.

A Semman confirmou no dia 12 deste mês que não foi o primeiro problema registrado este ano referente à poluição de um rio na capital maranhense. Segundo a pasta, um condomínio da cidade ( cujo nome não foi revelado pelo poder público)  também já foi multado este ano por lançar  “dejetos” diretamente no mar.

Mais

De acordo com a Semman, além de ser um dano à orla, a língua negra também se caracteriza por ser prejudicial ao bioma da região já que, nas marges do rio Calhau, é possível ver a existência de manguezais que, sem a fonte necessária de energia estão condenados.


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