fabook de Antonio e Wemetériofabook de Antonio e Wemetério

Pagar funcionários particulares com dinheiro público é comum entre políticos de todo o país. Apesar de irregular, a prática corre solta e no Maranhão não é diferente. Um exemplo recente é do deputado Hemetério Weba (PV) que pagou o seu caseiro com dinheiro da Assembleia Legislativa.

Em 2011, Hemetério nomeou por 4 anos em seu gabinete, o caseiro de sua residência, Antônio Flávio Barbosa Chaves, para o cargo de técnico parlamentar especial símbolo isolado, o maior salario do Poder Legislativo, quase R$ 15.000,00. Desse valor o funcionário receberia apenas um pequena parte, exatamente o salario pago para a função de caseiro, em geral pouco mais de R$ 1 mil (veja o contracheque abaixo).

Outra prática comum é usar as nomeações desses “laranjas” para contrair altos empréstimos. Por via de regra, o empréstimo vai direto para o bolso dos parlamentares No contracheque obtido pelo blog, aparece um empréstimo que já vem descontado no contracheque do caseiro no valor de R$ 4.310,00 cada parcela. Pelo documento, restam 11 parcelas do mesmo valor, restando ainda quase R$ 48 mil para serem descontados.

Geralmente parlamentares são flagrados nessa situação quando colocam em nome de seus motoristas os cargos de ISO, acima de R$ 14 mil, mas o cartão do banco fica sempre com o chefe de gabinete ou com a secretária do deputado e os profissionais do volante ficam com apenas R$ 1,5 mil no total.

Além de caseiro na capital, Antônio Flávio também presta serviços à família do parlamentar no município de Nova Olinda do Maranhão. O parlamentar também não pode alegar que seu caseiro trabalhou como motorista, pois conforme se observa no Diário da Assembleia daquela época o cargo de motorista era exercido por outra pessoa.

Hemetério Weba é deputado ficha suja e sustenta sua vaga através de uma liminar que desde 2012 vem mantendo o mesmo no cargo. Esse é apenas mais um dos muitos casos escandalosos envolvendo o parlamentar.

Em outras épocas os pedidos de empréstimo em nome de funcionários de deputado eram também escandalosos. O capataz do deputado Stênio Resende tirou um empréstimo acima de R$ 100 mil e o dinheiro foi parar no bolso do parlamentar. O capataz morreu e o banco ficou com o prejuízo.

São vários os parlamentares que estão tirando empréstimos em nomes de funcionários de seus gabinetes para pagamento e débitos campanha. O blog já teve acesso a, pelo menos, 14 casos. Aguardem!


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