Aplicativo WhatsApp está fora do ar

    Logo WhatsApp – Dado Ruvic / Reuters

    Um dos principais serviços de mensagem instantânea, o WhatsApp acaba de sair do ar em grande parte do mundo. Desde o início da tarde da tarde de hoje, usuários do aplicativo tem relatado dificuldades para utilizá-lo.

    Os países que já confirmaram que estão sofrendo com este problema são o Brasil, México, Peru, Itália, Alemanha. O assunto tornou-se o mais comentado nas redes sociais.

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    ONU pede “fim de todo tipo de repressão contra jornalistas”, mas aqui no Maranhão…

    Hoje, 3 de maio, é o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa. Em alguns países ela de fato existe, enquanto em outros nem sonhar. Aqui no Maranhão quando denúncias atingem empresários ou políticos logo surgem processos civis e criminais. Um direito de cada ofendido, embora ampla maioria das denúncias seja comprovada.

    Para o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, é necessário o “fim de todo o tipo de repressão contra jornalistas”. Ele pediu que “precisamos que líderes defendam a imprensa livre”.

    “Quando protegemos jornalistas, suas palavras e imagens podem mudar o mundo”, disse o representante da ONU. 

    E citou que “jornalistas vão aos lugares mais perigosos para dar voz aos sem-voz”.

    Ele lembrou que “profissionais de mídia são vítimas de difamação, abuso sexual, detenção, agressões e chegam mesmo a morrer” no exercício da atividade.

    Aqui no Maranhão quem ousa denunciar empresários, notadamente os grandes, e agentes públicos, logo são investigados como praticantes de extorsão sem provas concretas ou execrados como aconteceu recentemente na operação Turing da Polícia Federal.

    Se algum prefeito for denunciado pode fingir ser chantageado e registrar BO contra quem o denunciou e a cadeia é um passo para favorecer o corrupto e cercear a liberdade de imprensa. Conheço vários casos em que a Justiça obrigou jornalistas a recuarem como se estivessem equivocados.

    Eu mesmo já peguei uma condenação criminal por clara decisão corporativista de juiz para juiz e já apelei ao Supremo. Recordo que ganhei uma do governador Flávio Dino no TSE, por decisão da ministra Carmem Lúcia, hoje presidente do STF. No TRE daqui, havia perdido por quase unanimidade.

    Para o ministro Celso de Mello, o exercício da liberdade de imprensa “não é uma concessão das autoridades” mas “um direito inalienável do povo”. O STF não acata pedidos de retiradas de postagens, mas aqui no Maranhão qualquer togado se acha dono de sites.

    Mello entende que o exercício concreto, pelos profissionais da imprensa, da liberdade de expressão, “assegura ao jornalista o direito de expender crítica, ainda que desfavorável e em tom contundente, contra quaisquer pessoas ou autoridades”. Igual a ele pensam os outros ministros.

    Para finalizar, cito aqui as palavras da presidente do Supremo, ministra Carmem Lúcia:  “não há democracia sem uma imprensa livre. Não há democracia sem liberdade. Ninguém é livre sem acesso às informações”.

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    Cerveja Heineken compra a Schin e trará fábrica pro Maranhão

    A Heineken, que é uma das cervejas mais  consumidas hoje no Maranhão por não conter milho e nem carboidrato em seu produto, além de pouco açucar, terá uma fábrica no Maranhão e, assim, o preço reduzido ao consumidor. A fábrica deve ficar em Caxias.

    Ontem, foi revelado que a Heineken acaba de comprar a Brasil Kirin, a fabricante da Schin, que tem uma sede na cidade de Caxias.

    Com a nova aquisição, a cerveja holandesa já saltará para a segunda maior fabricante em nosso país. O valor da transação custou 664 milhões de euros.

    Agora, farão parte do grupo Heineken as marcas Schin, Devassa, Baden Baden e Eisenbahn.

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    Conheça as ‘lendas’ da tecnologia

    Por LF Nerd

    Grant Imahara é um engenheiro eletricista especializado em eletrônica e em controle de rádio, ele  trabalhou no programa ‘Caçadores de Mito’ e nos filmes ‘Star Wars’, ele também é especialista em montar robôs.

    Ymahara, foi um dos palestrantes do Campus Party 2016, e resolveu compartilhar alguns mitos do mundo da tecnologia, histórias  em torno de aplicações e dispositivos, coisas espalhadas na velocidade da internet.

    Engenheiro Grant Imahara, trabalhou no programa de TV 'Caçadores de mito' e nos filmes da saga 'Star Wars'. (Foto: Arquivo pessoa/Grant Imahara)Engenheiro Grant Imahara, trabalhou no programa de TV ‘Caçadores de mito’ e nos filmes da saga ‘Star Wars’. (Foto: Arquivo pessoa/Grant Imahara)

    Veja abaixo alguns MITOS do mundo da tecnologia: 
    1- SMARTPHONES CAUSAM CÂNCER NO CÉREBRO?

    Muitos estudos tentam ligar as ondas emitidas por smartphone ao surgimento de câncer, mas nenhum deles teve êxito. A Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (Iarc, na sigla em inglês), braço da Organização Mundial de Saúde (OMS), conduziu uma pesquisa infrutífera em 2010. No ano seguinte, classificou as radiações eletromagnéticas de um celular como “possivelmente carcinogênico para humanos”.

    Ainda assim, a Iarc ressalta que não há nenhum caso registrado. Já o Instituto Nacional de Câncer dos Estados Unidos foi conclusivo em 2013 ao afastar as emissões como uma dos fatores geradores. “Pesquisas com células de animais e pessoas mostraram que a energia de radiofrequência não causa câncer”, confirma a instituição.

    Continue lendo aqui no LF Nerd

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    Vocalista do Psirico assume ser gay

    Vocalista Márcio Vitor e o suposto amigoMárcio Vitor, vocalista da banda Psrico revelou ser homossexual, após uma foto intima sua vazar na internet. Seus fãs, sempre acreditaram na sua heterossexualidade devido ao teor lírico e letras de suas músicas.

    O cantor, por exemplo, é o autor da música “Xenhenhem” que foi sucesso no carnaval de 2015, sendo gravada por vários artistas.  Assim, como a música “Lepo Lepo” que estourou no carnaval da Bahia em 2014.

    O vocalista da banda utilizou seu perfil no instagram, para fazer o desabafo:

    “Temos que escolher bem as pessoas que convidamos para entrar no nosso lar sagrado que se chama casa, infelismente confio muito nas pessoas e fui vitima de um falso amigo que registrou um momento intímo dentro da minha casa. Nunca revelei minha opção sexual pra ninguém em respeito ao meu público mas vejo que tenho que dar satisfação aos meus fãs assumindo que sou gay. Segue o fluxo!“, revelou o cantor.

    Abaixo os registros;

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    Vereadores em Balsas querem CPI para apurar denuncias de desvio de dinheiro da Saúde

    A maioria dos vereadores de Balsas apoia a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar  denúncias de um medico de que houve desvio de recursos da Saúde daquele município.

    O dono da construtora contratada para realizar obras no setor, e nada fez até agora, garante que o prefeito não lhe repassou o dinheiro. O construtor é pai do presidente da Câmara Municipal, Tião Saraiva que, é lógico, contra a CPI.

    A sessão de instalação da CPI será realizada hoje e, apesar de toda movimentação do prefeito Rocha Filho, deve ser criada com o apoio da ampla maioria dos vereadores.

    Veha abaixo a matéria do Jornal da Mirante que levou a maioria os vereadores a apurar a denúncias de desvio de recursos:

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    Livro expõe vida luxuosa de traficantes brasileiros na Indonésia

    Da BBC

    A escritora australiana conheceu Rodrigo Gularte (à esquerda) e Marco Archer no 'corredor da morte' na Indonésia (Foto: BBC)A escritora australiana conheceu Rodrigo Gularte (à esquerda) e Marco Archer no ‘corredor da morte’ na Indonésia (Foto: BBC)

    Nevando em Bali, livro que expõe em detalhes o submundo das drogas na mais famosa ilha do arquipélago que forma a Indonésia, chama a atenção não apenas pela descrição da mistura de crime e hedonismo no paraíso turístico que recebe mais de 2 milhões de visitantes por ano.

    Muitos dos traficantes entrevistados pela escritora e jornalista australiana Kathryn Bonella para o livro eram brasileiros. Entre eles, Marco Archer, que no último sábado se tornou o primeiro brasileiro executado no exterior.

    Para Bonella, no entanto, o mais significativo foi o fato de Archer ter sido também o primeiro ocidental a receber a pena de morte na Indonésia.

    ‘Bolha’

    Kathryn Bonella: "Os brasileiros que conheci em Bali tinham um perfil bem diferente de 'mulas' e traficavam para manter estilo de vida" (Foto: BBC)Kathryn Bonella: “Os brasileiros que conheci em
    Bali tinham um perfil bem diferente de ‘mulas’ e
    traficavam para manter estilo de vida” (Foto: BBC)

    Para a australiana, a morte estourou o que ela chama de “bolha da fantasia” para os brasileiros envolvidos com o tráfico no país.

    “A morte de Marco foi decididamente o que se pode chamar do fim de uma fase. Sempre se soube que o tráfico na Indonésia é punido com a pena de morte, mas as autoridades indonésias jamais tinham ido até o fim na punição a ocidentais”, afirma Bonella, em entrevista à BBC Brasil.

    “Ao mesmo tempo que isso não vai acabar com o tráfico em Bali, eu imagino que muitos brasileiros vão pensar duas vezes diante da próxima oportunidade de contrabandear drogas para a Indonésia. Mas duvido que isso vá durar para sempre. Há uma grande demanda por drogas em Bali, é um lugar para onde turistas do mundo inteiro vão para se divertir sem os mesmos limites vistos na maioria dos lugares do mundo.”

    “Rafael”, um dos traficantes brasileiros mais ativos em Bali, tinha uma mansão que contava com um trampolim para pular do quarto à piscina

    Para Bonella, a frequência com que encontrou brasileiros envolvidos com o tráfico na Indonésia – de transportadores de droga a ricos intermediários entre os grandes barões – é explicada pelo perfil da maioria dos viajantes do país para o arquipélago.

    “Os brasileiros que encontrei tinham basicamente o mesmo perfil. Eram surfistas que viram no tráfico, em especial de cocaína, uma chance de se manter em Bali e viver uma vida de fantasia, pegando ondas, indo a festas e encontrando belas mulheres. A proximidade do Brasil com os mercados produtores de cocaína na América do Sul ajuda no acesso à droga. E, ao contrário dos habitantes de muitos países, os brasileiros viajam normalmente pelo mundo”, argumenta Bonella.

    Perfil diferenciado

    "Rafael", um dos traficantes brasileiros mais ativos em Bali, tinha uma mansão que contava com um trampolim para pular do quarto à piscina (Foto: BBC)“Rafael”, um dos traficantes brasileiros mais ativos em Bali, tinha uma mansão que contava com um trampolim para pular do quarto à piscina (Foto: BBC)

    Outro fator que diferencia os traficantes brasileiros que a australiana encontrou na Indonésia é o perfil social.

    “Eles eram todos de classe média, com escolaridade e conhecimento razoável de inglês. Entraram no tráfico pela curtição, não por uma necessidade econômica. Queriam viver tendo do bom e do melhor. Bem diferentes das ‘mulas’ (transportadores de droga), que recebem pouco dinheiro para muito risco. Um dos brasileiros que conheci em Bali podia ganhar uma fortuna com uma viagem bem-sucedida”, conta a australiana.

    Um dos grandes exemplos foi um carioca conhecido como “Rafael”, um surfista que durante anos foi uma das principais engrenagens no tráfico de cocaína em Bali e que não fazia muita questão de esconder seus lucros: dava festas homéricas em sua mansão à beira-mar, onde uma das atrações era um trampolim do qual ele saltava de seu quarto diretamente para a piscina.

    A pena capital para o tráfico não impediu a Indonésia de concentrar a circulação e o uso de drogas no Sudeste Asiático

    Bonella esteve na Indonésia no fim de semana e acompanhou através da mídia e de relatos de contatos a execução de Marco Archer. Embora faça questão de criticar a opção do brasileiro pelo tráfico, a australiana disse ter ficado chocada com o desfecho de um dos personagens mais citados em Nevando em Bali – numa das passagens, Bonella conta que Archer dominava o fornecimento de maconha em Bali e tinha até registrado a marca de um tipo de erva que vendia, a Lemon Juice.

    “Visitei Marco na prisão durante a pesquisa para o livro. Sabia o que ele estava fazendo e de maneira nenhuma endosso o tráfico. Mas ele era carismático e até cozinhou na prisão para mim, e parecia ter muitos amigos na Indonésia, pois recebi uma série de mensagens lamentando sua morte. Sou pessoalmente contra a pena capital, em especial a tortura psicológica que foi Marco ter vivido mais de dez anos com a possibilidade de execução pairando sobre sua cabeça.”

    Surfistas brasileiros, segundo Bonella, usaram o tráfico como forma de manter um estilo de vida confortável na Indonésia

    Numa das visitas, Bonella foi apresentada a Rodrigo Gularte, o outro brasileiro condenado à morte e cuja execução poderá ocorrer ainda este ano. Foi no livro da australiana que veio à tona uma suposta tentativa de suicídio do brasileiro após o anúncio da sentença, em 2005.

    “Não pude comprovar, mas me pareceu claro que Rodrigo tinha sido afetado de maneira bem diferente de Marco”, disse.

    ‘Mais perigoso’

    A pena capital para o tráfico não impediu a Indonésia de concentrar a circulação e o uso de drogas no Sudeste Asiático (Foto: BBC)A pena capital para o tráfico não impediu a Indonésia de concentrar a circulação e o uso de drogas no Sudeste Asiático (Foto: BBC)

    A australiana disse não acreditar que a pressão internacional sofrida pela Indonésia nos últimos dias, inclusive com a retirada dos embaixadores de Brasil e Holanda (que também teve um cidadão executado no fim de semana), poderá mudar o destino do brasileiro e dois australianos também no corredor da morte.

    “Não me parece que os protestos vão alterar a política de Joko Widodo (o presidente da Indonésia). Há um forte sentimento antidrogas entre a população local”, avalia.

    “Os traficantes devem estar assustados, mas o tráfico não vai parar. Há muita demanda, até porque a Indonésia é usada como centro de distribuição das drogas para outros países asiáticos e mesmo a Austrália. Só que agora os envolvidos sabem que a situação ficou ainda mais perigosa”, opina Bonella.

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    Deputado apoia morte de brasileiro na Indonésia

    O deputado federal mais votado no Rio de Janeiro, Jair Bolsonaro (PP), eleito para seu seu sétimo mandato na Câmara, mostrou todo seu apoio ao presidente da Indonésia por ter mantido a pena de morte do traficante carioca Marco Archer Cardoso Moreira. Ele foi fuzilado no último sábado (17), por sentença da Justiça do país muçulmano, depois de passar 11 anos na cadeia por tráfico de drogas.

    Como político polêmico e oponente do governo, Bolsonaro, entre outras causas, é a favor da pena de morte, da redução da maioridade penal, e é contra a legalização da maconha e a política de cotas nas universidades.

    Abaixo você confere uma Moção de Congratulação e apoio que o deputado encaminhou em 2006 ao presidente da Indonésia Susilo Bambang Yudhoyono enaltecendo a Justiça aplicada no referido país. O brasileiro Marco Archer foi condenado em 2005.

    Na carta, Bolsonaro se desculpa pelo ‘vergonho’ pedido de clemência feito pela presidente Dilma Rousseff para tentar livrar o brasileiro Marco Archer da execução. Veja!

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    Jornalista entrevistou brasileiro fuzilado na Indonésia quando estava na prisão

    Do Diário do Centro do Mundo

    O repórter Renan Antunes de Oliveira entrevistou Marco Archer numa prisão na Indonésia em 2005, ano em que recebeu a sentença de morte.

    Abaixo, o relato:

    Em 2005, logo depois de receber a sentença de morte num tribunal em JacartaEm 2005, logo depois de receber a sentença de morte num tribunal em Jacarta

    O carioca Marco Archer Cardoso Moreira viveu 17 anos em Ipanema, 25 traficando drogas pelo mundo e 11 em cadeias da Indonésia, até morrer fuzilado, aos 53, neste sábado (17), por sentença da Justiça deste país muçulmano.

    Durante quatro dias de entrevista em Tangerang, em 2005, ele se abriu para mim: “Sou traficante, traficante e traficante, só traficante”.

    Demonstrou até uma ponta de orgulho: “Nunca tive um emprego diferente na vida”. Contou que tomou “todo tipo de droga que existe”.

    Naquela hora estava desafiante, parecia acreditar que conseguiria reverter a sentença de morte.

    Marco sabia as regras do país quando foi preso no aeroporto da capital Jakarta, em 2003, com 13,4 quilos de cocaína escondidos dentro dos tubos de sua asa delta. Ele morou na ilha indonésia de Bali por 15 anos, falava bem a língua bahasa e sentiu que a parada seria dura.

    Tanto sabia que fugiu do flagrante. Mas acabou recapturado 15 dias depois, quando tentava escapar para o Timor do Leste. Foi processado, condenado, se disse arrependido. Pediu clemência através de Lula, Dilma, Anistia Internacional e até do papa Francisco, sem sucesso. O fuzilamento como punição para crimes é apoiado por quase 70% do povo de lá.

    Na mídia brasileira, Marco foi alternadamente apresentado como “um garoto carioca” (apesar dos 42 anos no momento da prisão), ou “instrutor de asa delta”, neste caso um hobby transformado na profissão que ele nunca exerceu.

    Para Rodrigo Muxfeldt Gularte, 42, o outro brasileiro condenado por tráfico, que espera fuzilamento para fevereiro, companheiro de cela dele em Tangerang, “Marco teve uma vida que merece ser filmada”.

    Rodrigo até ofereceu um roteiro sobre o amigo à cineasta curitibana Laurinha Dalcanale, exaltando: “Ele fez coisas extraordinárias, incríveis.”

    O repórter pediu um exemplo: “Viajou pelo mundo todo, teve um monte de mulheres, foi nos lugares mais finos, comeu nos melhores restaurantes, tudo só no glamour, nunca usou uma arma, o cara é demais.”

    Para amigos em liberdade que trabalharam para soltá-lo, o que aconteceu teria sido “apenas um erro” do qual ele estaria arrependido.

    Na versão mais nobre, seria a tentativa desesperada de obter dinheiro para pagar uma conta de hospital pendurada em Cingapura – Marco estaria preocupado em não deixar o nome sujo naquele país. A conta derivou de uma longa temporada no hospital depois de um acidente de asa delta. Ter sobrevivido deu a ele, segundo os amigos, um incrível sentimento de invulnerabilidade.

    Ele jamais se livrou das sequelas. Cheio de pinos nas pernas, andava com dificuldade, o que não o impediu de fugir espetacularmente no aeroporto quando os policiais descobriram cocaína em sua asa delta.

    Arriscou tudo ali. Um alerta de bomba reforçara a vigilância no aeroporto. Ele chegou a pensar em largar no aeroporto a cocaína que transportava e ir embora, mas decidiu correr o risco.

    O momento em que ele recebeu, nesta semana, a confirmação da data do fuzilamentoO momento em que ele recebeu, nesta semana, a confirmação da data do fuzilamento

    Com sua ficha corrida, a campanha pela sua liberdade nunca decolou das redes sociais. A mãe dele, dona Carolina, conseguiu o apoio inicial de Fernando Gabeira, na Câmara Federal, com voto contra de Jair Bolsonaro.

    O Itamaraty e a presidência se mexeram cada vez que alguma câmera de TV foi ligada, mesmo sabendo da inutilidade do esforço.

    Mesmo aparentemente confiante, ele deixava transparecer que tudo seria inútil, porque falava sempre no passado, em tom resignado: “Não posso me queixar da vida que levei”.

    Marco me contou que começou no tráfico ainda na adolescência, diretamente com os cartéis colombianos, levando coca de Medellín para o Rio de Janeiro. Adulto, era um dos capos de Bali, onde conquistou fama de um sujeito carismático e bem humorado.

    A paradisíaca Bali é um dos principais mercados de cocaína do mundo graças a turistas ocidentais ricos que vão lá em busca de uma vida hedonista: praias deslumbrantes, droga fácil, farta — e cara.

    O quilo da coca nos países produtores, como Peru e Bolívia, custa 1 000 dólares. No Brasil, cerca de 5 000. Em Bali, a mesma coca é negociada a preços que variam entre 20 000 e 90 000 dólares, dependendo da oferta. Numa temporada de escassez, por conta da prisão de vários traficantes, o quilo chegou a 300 000 dólares.

    Por ser um dos destinos prediletos de surfistas e praticantes de asa delta, e pela possibilidade de lucros fabulosos, Bali atrai traficantes como Marco. Eles se passam por pessoas em busca de grandes ondas, e costumam carregar o contrabando no interior das pranchas de surf e das asas deltas. Archer foi pego assim. Tinha à mão, sempre que desembarcava nos aeroportos, um álbum de fotos que o mostrava voando, o que de fato fazia.

    O homem preso por narcotráfico passou a maior parte da entrevista comigo chapado. O consumo de drogas em Tangerang era uma banalidade.

    Pirado, Marco fazia planos mirabolantes – como encomendar de um amigo carioca uma nova asa, para quando saísse da cadeia.

    Nos momentos de consciência, mostrava que estava focado na grande batalha: “Vou fazer de tudo para sair vivo desta”.

    Marco era um traficante tarimbado: “Nunca fiz nada na vida, exceto viver do tráfico.” Gabava-se de não ter servido ao Exército, nem pagar imposto de renda. Nunca teve talão de cheques e ironizava da única vez numa urna: “Minha mãe me pediu para votar no Fernando Collor”.

    A cocaína que ele levava na asa tinha sido comprada em Iquitos, no Peru, por 8 mil dólares o quilo, bancada por um traficante norte-americano, com quem dividiria os lucros se a operação tivesse dado certo: a cotação da época da mercadoria em Bali era de 3,5 milhões de dólares.

    Marco me contou, às gargalhadas, sua “épica jornada” com a asa cheia de drogas pelos rios da Amazônia, misturado com inocentes turistas americanos. “Nenhum suspeitou”. Enfim chegou a Manaus, de onde embarcou para Jakarta: “Sair do Brasil foi moleza, nossa fiscalização era uma piada”.

    Na chegada, com certeza ele viu no aeroporto indonésio um enorme cartaz avisando: “Hukuman berta bagi pembana narkotik’’, a política nacional de punir severamente o narcotráfico.

    “Ora, em todo lugar do mundo existem leis para serem quebradas”, me disse, mostrando sua peculiar maneira de ver as coisas: “Se eu fosse respeitar leis nunca teria vivido o que vivi”.

    Ele desafiou o repórter: “Você não faria a mesma coisa pelos 3,5 milhões de dólares”?

    Para ele, o dinheiro valia o risco: “A venda em Bali iria me deixar bem de vida para sempre” – na ocasião, ele não falou em contas hospitalares penduradas.

    Marco parecia exagerar no número de vezes que cruzou fronteiras pelo mundo como mula de drogas: “Fiz mais de mil gols”. Com o dinheiro fácil manteve apartamentos em Bali, Hawai e Holanda, sempre abertos aos amigos: “Nunca me perguntaram de onde vinha o dinheiro pras nossas baladas”.

    Marco guardava na cadeia uma pasta preta com fotos de lindas mulheres, carrões e dos apartamentos luxuosos, que seriam aqueles onde ele supostamente teria vivido no auge da carreira de traficante.

    Num de seus giros pelo mundo ele fez um cursinho de chef na Suíça, o que foi de utilidade em Tangerang. Às vezes, cozinhava para o comandante da cadeia, em troca de regalias.

    Eu o vi servindo salmão, arroz à piemontesa e leite achocolatado com castanhas para sobremesa. O fornecedor dos alimentos era Dênis, um ex-preso tornado amigão, que trazia os suprimentos fresquinhos do supermercado Hypermart.

    Marco queria contar como era esta vida “fantástica” e se preparou para botar um diário na internet. Queria contratar um videomaker para acompanhar seus dias. Negociava exclusividade na cobertura jornalística, queria escrever um livro com sua experiência – o que mais tarde aconteceu, pela pena de um jornalista de São Paulo. Um amigo prepara um documentário em vídeo para eternizá-lo.

    Foi um dos personagens de destaque de um best-seller da jornalista australiana Kathryn Bonella sobre a vida glamourosa dos traficantes em Bali — orgias, modelos ávidas por festas e drogas depois de sessões de fotos, mansões cinematográficas.

    Diplomatas se mexeram nos bastidores para tentar comprar uma saída honrosa para Marco. Usaram desde a ajuda brasileira às vítimas do tsunami até oferta de incremento no comércio, sem sucesso. Os indonésios fecharam o balcão de negócios.

    As execuções são assim...As execuções são assim…

    O assessor internacional de Dilma, Marco Aurélio Garcia, disse que o fuzilamento deixa “uma sombra” nas relações bilaterais, mas na lateral deles o pessoal não tá nem aí.

    A mãe dele, dona Carolina, funcionária pública estadual no Rio, se empenhou enquanto deu para livrar o ‘garotão’ da enrascada, até morrer de câncer, em 2010.

    As visitas dela em Tangerang eram uma festa para o Staff da prisão, pra quem dava dinheiro e presentes, na tentativa de aliviar a barra para o filhão.

    Com este empurrão da mamãe Marco reinou em Tangerang, nos primeiros anos – até ser transferido para outras cadeias, à espera da execução.

    Eu o vi sendo atendido por presos pobres que lhe serviam de garçons, pedicures, faxineiros. Sua cela tinha TV, vídeo, som, ventilador, bonsais e, melhor ainda, portas abertas para um jardim onde ele mantinha peixes num laguinho. Quando ia lá, dona Carola dormia na cama do filho.

    A namorada, uma presa conhecida por Dragão de KomodoA namorada, uma presa conhecida por Dragão de Komodo

    Marco bebia cerveja geladinha fornecida por chefões locais que estavam noutro pavilhão. Namorava uma bonita presa conhecida por Dragão de Komodo. Como ela vinha da ala feminina, os dois usavam a sala do comandante para se encontrar.

    A malandragem carioca ajudou enquanto ele teve dinheiro. Ele fazia sua parte esbanjando bom humor. Por todos os relatos de diplomatas, familiares e jornalistas que o viram na cadeia de tempos em tempos, Marco, apelidado Curumim em Ipanema, sempre se mostrou para cima. E mantinha a forma malhando muito.

    Para ele, a balada era permanente. Nos últimos anos teve várias mordomias, como celular e até acesso à internet, onde postou algumas cenas.

    Um clip dele circulou nos últimos dias – sempre sereno, dizendo-se arrependido, pedindo a segunda chance: “Acho que não mereço ser fuzilado”.

    Marco chegou ao último dia de vida com boa aparência, pelo menos conforme as imagens exibidas no Jornal Hoje, da Globo. Mas tinha perdido quase todos os dentes em sua temporada na prisão, como relatou a jornalista e escritora australiana. No Facebook, ela disse guardar boas recordações de Archer, e criticou a “barbárie” do fuzilamento.

    Numa gravação por telefone, ele ainda dava conselhos aos mais jovens, avisando que drogas só podem levar à morte ou à prisão.

    Sua voz estava firme, parecia esperar um milagre, mesmo faltando apenas 120 minutos pra enfrentar o pelotão de fuzilamento – a se confirmar, deixou esta vida com o bom humor intacto, resignado.

    Sabe-se que ele pediu uma garrafa de uísque Chivas Regal na última refeição e que uma tia teria lhe levado um pote de doce-de-leite.

    O arrependimento manifestado nas últimas horas pode ser o reflexo de 11 anos encarcerado. Afinal, as pessoas mudam. Ou pode ter sido encenação. Só ele poderia responder.

    Para mim, o homem só disse que estava arrependido de uma única coisa: de ter embalado mal a droga, permitindo a descoberta pela polícia no aeroporto.

    “Tava tudo pronto pra ser a viagem da minha vida”, começou, ao relatar seu infortúnio.

    Foi assim: no desembarque em Jakarta, meteu o equipamento no raio x. A asa dele tinha cinco tubos, três de alumínio e dois de carbono. Este é mais rijo e impermeável aos raios: “Meu mundo caiu por causa de um guardinha desgraçado”, reclamou.

    “O cara perguntou ‘por que a foto do tubo saía preta’? Eu respondi que era da natureza do carbono. Aí ele puxou um canivete, bateu no alumínio, fez tim tim, bateu no carbono, fez tom tom”.

    O som revelou que o tubo estava carregado, encerrando a bem-sucedida carreira de 25 anos no narcotráfico.

    Marco ainda conseguiu dar um drible nos guardas. Enquanto eles buscavam as ferramentas, ele se esgueirou para fora do aeroporto, pegou um prosaico táxi e sumiu. Depois de 15 dias pulando de ilha em ilha no arquipélago indonésio passou sua última noite em liberdade num barraco de pescador, em Lombok, a poucas braçadas de mar da liberdade.

    Acordou cercado por vários policiais, de armas apontadas. Suplicou em bahasa que tivessem misericórdia dele.

    No sábado, enfrentou pela última vez a mesma polícia, mas desta vez o pessoal estava cumprindo ordens de atirar para matar.

    Foi o fim do Curumim.

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    Condenado por tráfico na Indonésia, brasileiro Marco Archer é executado

    Marco Archer dentro da cadeia na Indonésia (Foto: Rogério Paez / Arquivo pessoal)Marco Archer dentro da cadeia na Indonésia (Foto: Rogério Paez / Arquivo pessoal)

    O brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, de 53 anos, foi executado na madrugada deste domingo (18) na Indonésia– 15h31 deste sábado (17), pelo horário de Brasília. O método de execução de condenados à pena de morte no país é o fuzilamento.

    O instrutor de voo livre havia sido preso em 2004, ao tentar entrar na Indonésia com 13 quilos de cocaína escondidos nos tubos de uma asa delta. A droga foi descoberta pelo raio-x, no Aeroporto Internacional de Jacarta. Archer conseguiu fugir do aeroporto, mas duas semanas depois acabou preso novamente. A Indonésia pune o tráfico de drogas com pena de morte.

    Além do brasileiro, foram executados na ilha de Nusakambangan, Ang Kiem Soe, um cidadão holandês; Namaona Denis, um residente do Malawi; Daniel Enemuo, nigeriano, e uma cidadã indonésia, Rani Andriani. Outra vietnamita, Tran Thi Bich Hanh, foi executada em Boyolali, na Ilha de Java.

    A presidente Dilma Rousseff divulgou nota em que disse estar “consternada e indignada” com a execução do brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira na Indonésia. O embaixador do Brasil em Jacarta, segundo a nota, será chamado para consultas.

    Na linguagem diplomática, chamar um embaixador para consultas representa uma espécie de agravo ao país no qual está o embaixador. Na sexta-feira, a presidente Dilma fez um apelo por telefone ao governante da Indonésia, Joko Widodo, para poupar a vida de Archer, mas não foi atendida. Widodo respondeu que não poderia reverter a sentença de morte imposta a Archer, “pois todos os trâmites jurídicos foram seguidos conforme a lei indonésia e aos brasileiros foi garantido o devido processo legal”, segundo nota da Presidência.

    O secretário-geral do Itamaraty, Sérgio Danese, reuniu-se, em Brasília, com o embaixador da Indonésia no Brasil, Toto Riyanto, para manifestar a “profunda inconformidade” com o fuzilamento. O Itamaraty voltou a dizer que o cumprimento da sentença de morte representa uma “sombra” nas relações entre os países.

    Antes da execução, em entrevista à GloboNews, o ex-cônsul do Brasil em Bali Renato Vianna explicou que Archer e os demais condenados à morte seriam transferidos para um lugar próximo à penitenciária e depois fuzilados por 12 atiradores.

    Questionado sobre outros brasileiros anteriormente condenados pelo mesmo motivo na Indonésia e que conseguiram se livrar da pena de morte, Vianna destacou que, no período, as penas não eram tão rígidas com relação às drogas. Explicou ainda que a legislação foi mudada há uns 15 anos.

    “A Indonésia é um país tranquilo, bem aberto, mas eles são muito restritos com relação às drogas. Se a pessoa for pega com um cigarro de maconha, ela vai ser presa e está arriscada a passar até oito anos na cadeia”, afirmou. Ele acrescentou que há 138 pessoas para serem executadas – metade são estrangeiras.

    As leis da Indonésia contra crimes relacionados a drogas estão entre as mais rígidas do mundo e contam com o apoio da população. “Com isso [as execuções], mandamos uma mensagem clara para os membros dos cartéis do narcotráfico. Não há clemência para os traficantes”, relatou à imprensa local Muhammad Prasetyo, procurador-geral da Indonésia.

    Além de Marco Archer, outro brasileiro aguarda no corredor da morte da Indonésia, o paranaense Rodrigo Muxfeldt Gularte, também por tráfico de cocaína.

    Do G1, São Paulo

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    Forbes: Dilma despenca de 20ª para 31ª pessoa mais poderosa do mundo

    A revista Forbes divulgou hoje (5) a lista das pessoas mais poderosas do planeta em 2014. No topo se mantiveram, nesta ordem, os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, dos Estados Unidos, Barack Obama, da China, Xi Jinping e, em quinto lugar, a chanceler alemã, Angela Merkel. O único “intruso entre os políticos é o papa Francisco (4º).

    A presidenta Dilma despencou da 20ª para 31ª posição e deixou de ser a segunda mulher mais poderosa do mundo. Ela foi ultrapassada pela diretora do Federal Reserve (BC dos EUA), Janet Yellen.

    Dilma viu seu prestígio e credibilidade declinarem ao ponto de ter logo à sua frente o chinês Jack Ma, criador do site de importação Alibaba. Ma costuma dar declarações polêmicas como “se você tem 35 anos e ainda é pobre, a culpa é sua. Outro que ultrapassou a presidenta do Brasil foi o criador do Facebook, Mark Zuckerberg, que agora aparece em 22º.

    Diário do Poder

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